Dom Dulcênio preside Missa no Santuário de N. Sra do Perpétuo Socorro, em Taguatinga, Distrito Federal

Atualizado em 13/10/24 às 17:085 minutos de leitura91 views


Neste 28º Domingo do Tempo Comum, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu Santa Missa dominical no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizado em Taguatinga, DF, sede dos Claretianos na região. A celebração foi dedicada à catequese e às famílias, reunindo a comunidade em um momento de fé e reflexão.

O bispo foi acolhido pelo Padre Fausto, CMF, Pároco do Santuário, que deu boas-vindas aos fiéis presentes. A reflexão do bispo enfatizou a relevância da mensagem de Jesus nos dias de hoje, destacando que a indicação divina para dar significado à vida continua viva no século XXI.

A homilia de Dom Dulcênio Fontes de Matos para este XXVIII Domingo do Tempo Comum, apresentou uma reflexão profunda sobre a busca pela verdadeira felicidade em Cristo. A ideia central é que a verdadeira felicidade não se encontra em bens materiais ou efêmeros, mas na graça divina, que já nos é concedida.

Dom Dulcênio inicia questionando o que é necessário para o homem viver bem e feliz, respondendo que os "tesouros celestes" são essenciais. Esses tesouros não são apenas para a eternidade, mas são uma realidade acessível aqui e agora. Conforme pregou, o homem deve buscar as "realidades verdadeiras", pois estas são eternas e não se limitam ao momento presente.

“O que é necessário para que o homem viva bem e feliz? Os tesouros celestes, que não nos serão entregues na eternidade; e sim, que, pela graça divina, já temos posse. Se, com toda a avidez do seu interior, buscasse o homem as realidades verdadeiras, porque são eternas - numa eternidade que já começa aqui e agora -, e não as coisas banais e passageiras, lutaríamos mais por conseguir a graça divina, sem jamais descuidarmos em perdê-la”, refletiu.

Dom Dulcênio também abordou que a sabedoria e a prudência que vêm da graça divina, mencionando a Primeira Leitura e o Salmo Responsorial são virtudes essenciais para a atuação do ser humano em sua vida diária, guiando suas ações e decisões. A figura do "jovem rico" no Evangelho traz um ensinamento provocador. Apesar de ser um homem de caráter, ele não compreendia que o verdadeiro valor não estava em seus bens, mas em se entregar a Deus. A resposta de Jesus — que o convida a vender tudo e seguir a Ele — revela que a felicidade plena é encontrada na doação e no desprendimento, uma ideia que incomoda tanto o jovem quanto os discípulos.

“Aquele homem não era ruim; tinha caráter. Faltava-lhe apenas uma coisa: ter a concepção consigo de que o Céu não se compra com os bens, mas é dom para um coração que quer ser dom. “Jesus olhou para ele com amor, e disse: ‘Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!’” (Mc 10,21). Por que Jesus olha para o seu interlocutor “com amor”? Porque o homem não se basta. O seu valor está unicamente em Deus, e o pecado - inclusive, os apegos - nos tolhe em nossa dignidade. Repito: aquele homem fazia as coisas confiando apenas em si, no que detinha em si e ao próprio alcance; quando só Deus é bastante, tal como nos diz a Doutora da Igreja, Santa Teresa D'Ávila”, pregou.

Ao aprofundar a sua reflexão, o bispo analisou a resposta de Pedro, que expressou a inquietação dos discípulos em relação ao sacrifício. Jesus, ao assegurar que aqueles que abandonam tudo por amor a Ele receberão recompensas nesta vida e na eternidade, reafirma a fidelidade de Deus e a certeza de que seguir a Cristo é um caminho de plenitude.

Por fim, Dom Dulcênio conclui que Cristo, como a Palavra e a Graça Encarnada, é a verdadeira riqueza que devemos buscar. Essa busca não é apenas uma atividade intelectual ou espiritual, mas um envolvimento profundo e transformador com a própria vida de Cristo.

“A Palavra de Deus, dizia-lhes no XXVI Domingo do Tempo Comum, é uma Pessoa, a de Jesus Cristo, o Verbo Encarnado. Por isso que, na Segunda Leitura, o autor da Carta aos Hebreus (cf. Hb 4,12-13), vai adjetivar a Palavra como viva, eficaz, perscrutante, exigente, elucidativa… Se, ao mesmo tempo Cristo é a Palavra Encarnada, também é a Graça Encarnada. Logo, Cristo é a riqueza suprema para o coração do homem, pelo qual devemos nos esforçar para O possuirmos e, por Ele, sermos possuídos. Pensemos nisso, e lucremos a vida do Senhor na nossa”, findou.

Por: Ascom
Fotos: PASCOM DO SANTUÁRIO, tiradas por Flávio Eduardo

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