Missa e Crisma são realizadas na Capela de Nossa Senhora Aparecida na Paróquia da Sagrada Família
Nesta sexta-feira, 11, feriado municipal em Campina Grande, a
Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro das Malvinas, vivenciando
as festividades da sua Padroeira, recebeu com grande alegria a visita de Dom
Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, para a celebração
da missa festiva em honra à Padroeira do Brasil.
A missa que reuniu dezenas de fiéis, foi realizada na capela
recentemente reformada, um projeto liderado pelo Padre Francisco Tomaz, que
também concelebrou a missa ao lado do bispo. Durante a celebração, Dom Dulcênio
crismou 70 jovens e adultos.
A reflexão trazida na homilia de Dom Dulcênio, disse respeito
a fé do povo brasileiro e a importância de Maria como intercessora. O bispo
destacou como a celebração é um testemunho da devoção à Mãe de Deus, que é
vista como a medianeira da Nova Aliança.
“Em todo o país erguem-se louvores à Mãe de Deus sob tal
invocação. De norte a sul, de leste a oeste, cantamos e escutamos: “Viva a Mãe
de Deus e nossa sem pecado concebida, viva a Virgem Imaculada a Senhora
Aparecida”. A solenidade que hora celebramos é uma manifestação viva e singular
da fé do Povo de Deus por meio de Maria, que, em sua imagem escura e pequenina,
visita o Brasil”, introduziu.
Dom Dulcênio evocou a história do encontro da imagem de Nossa
Senhora Aparecida e a presença constante de Maria na vida dos fiéis,
ressaltando seu papel maternal e intercessor. Ele traça um paralelo entre Maria
e a rainha Ester, enfatizando a disposição de ambas em interceder pelo povo. A
homilia também faz referências bíblicas, como a passagem em que Maria se
preocupa com a falta de vinho nas bodas de Caná, simbolizando a nova aliança
trazida por Cristo.
“Vislumbramos a presença maternal de Maria Santíssima junto
daqueles que o Unigênito, Jesus Cristo, no altar da obediência, ou seja, no
madeiro da Sua cruz, concedeu como filhos na pessoa de João, o discípulo amado,
quando lhes outorgou: “Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua Mãe!” Eis:
a presença da Virgem Maria na vida de tantos! Neste solo brasileiro, quantos
testemunhos!”, pregou.
“Como Ester, Maria sente a necessidade de recordar a
escravidão avassaladora que os seus estava passando; como Ester, que é sua
figura, Maria implora, destemidamente, ao Rei, ela que é partícipe desta mesma
humanidade; ela que foi, em vista dos méritos de seu Filho, redimida antes que
nós ao ser concebida sem o pecado original. Eis a ordem da Mãe do Senhor:
“Fazei o que ele vos disser”, explicou.
Ao explicar o Evangelho, o Pastor Diocesano mostrou como a
presença de Maria é crucial na manifestação dos milagres de Jesus, ilustrando
que ela é a porta de entrada para a nova criação. A mensagem central é a fé
inquebrantável que devemos cultivar, pedindo à Nossa Senhora que nos ajude em
nossas necessidades e desafios, tanto pessoais quanto sociais.
“Vê-se Maria em Caná que intercede, contempla-se Maria na
soledade da cruz do seu Filho, veneramos Maria participante na Glória Eterna de
Seu Jesus. Eis a Hora! Celebrando a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, peçamos a sua maternal mediação, para,
não obstante os acontecimentos transitórios, fincarmos uma fé inquebrantável
como ela que é a primeira dentre os crentes”, disse.
Ao final, Dom Dulcênio pediu aos fiéis que sempre recorram à
proteção e a intercessão da Senhora Aparecida para que a paz e a justiça
prevaleçam no Brasil, reforçando a ligação entre a espiritualidade mariana e as
questões sociais.
“Peçamos-lhe que interceda por nossas necessidades materiais,
sociais, políticas. Que, a partir da nossa redenção, a Imaculada Senhora
Aparecida não deixe faltar Cristo-Vinho no coração dos homens, inclusive dos
que nos governam, para que a escassez promovida pelo pecado e por tudo quanto
provém dele, não nos advenha. Que a Senhora Aparecida livre o Brasil da
desumanidade promovida por tantos que estão a serviço do dragão”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana