Bispo celebra Festa de Nossa Senhora das Mercês, em Cuité-PB

Atualizado em 24/09/24 às 23:006 minutos de leitura113 views


Cuité se encheu de alegria e fé neste 24 de setembro ao celebrar sua Padroeira, Nossa Senhora das Mercês. O feriado municipal permitiu que a população participasse ativamente da programação deste grande dia, que começou às 5h30 com um animado giro da Banda Filarmônica Udijagra. Às 6h, foi realizado o Ofício de Nossa Senhora, seguido pela Solene Concelebração Eucarística às 10h, presidida pelo padre Joselito Ferreira, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Serra Branca-PB.

O encerramento da festa ocorreu às 16h30, com a celebração do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos, que foi acolhido pelo Pároco Padre João Paulo e pelo Vigário Padre Fabiano Cruz. O Diácono Humberto Carneiro serviu na Assistência Litúrgica, presença também dos Padres Arimatea Junior, Rogério Epifânio e Thiago Félix, e dos Freis Fernando e Michel, ambos Mercedários, da província de Piauí. 

Em seguida, a tradicional procissão de Nossa Senhora das Mercês reuniu uma multidão de fiéis que pelas ruas da cidade entoaram louvores à Padroeira de Cuité. 

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio, destacou a importância das mulheres na história da salvação. A figura de Judite no Antigo Testamento é evocada como um símbolo de força e fé, fazendo um paralelo com Maria, a mãe de Jesus.

Dom Dulcênio inicia sua reflexão exaltando a alegria da cidade de Cuité em homenagear sua padroeira e, ao fazer isso, exalta o papel das mulheres na Bíblia. Ele enfatiza que tanto Judite quanto Maria são instrumentos de Deus, mostrando que a verdadeira grandeza está em servir ao Senhor com humildade.

“Assim como a oração de Judite é de louvor e ação de graças, de reconhecimento às maravilhas concedidas por Deus a seu povo, também nós, filhos da Virgem Santíssima, agradecemos a Deus pelo seu Filho que foi enviado para salvar a humanidade do pecado, tendo como instrumento, a escolhida entre todas as mulheres para ser Sua Mãe e nossa Mãe”, disse.

Ao aprofundar a sua pregação, o bispo, convidou os fiéis a realizarem uma “viagem no tempo”, colocando no tempo da vinda do Senhor, assim descreveu a escolha de Maria como a mãe de Jesus, enfatizando sua humildade e pureza, características essenciais aos olhos de Deus.

Dom Dulcênio também destaca a importância da saudação do Anjo Gabriel a Maria, sublinhando a devoção dos fiéis ao recitar a “Ave-Maria”. Ele reafirma que, através de Maria, os fiéis podem receber as graças necessárias para sua salvação. A aceitação de Maria em dar à luz o Salvador é vista como um ato de coragem e fé que abriu as portas da salvação para a humanidade.

“Ao filho de Deus era preciso uma pátria – procura uma terra sem glórias; era preciso um lar, escolhe-o uma aldeia sem prestígio; era preciso uma mãe... a quem se dirige? Ei-la a eleita do Senhor: Maria – uma donzela humilde, modesta, desconhecida do mundo. Era, porém, a mais piedosa, a mais humana, a mais humilde, a mais pura dentre todas as mulheres. É que o verdadeiro merecimento aos olhos de Deus constitui-se assim”, pregou.

E prosseguiu: “Filhos e filhas de Nossa Senhora, não é verdade que encontramos nessa mensagem do Céu a súmula e a garantia de todos os bens? Se, em Maria, a graça é “plena”, é para que Ela no-la distribua; se o Senhor está com Ela, é para que Ela nos seja dada; se Deus a exalta acima de todas as criaturas, é para que nos possamos elevar, com Ela, até Deus. Como é rica e bela a “Ave-Maria!...”

“Maria, tranquilizada, ouve do Anjo a profecia das grandezas do Salvador que vai nascer. “Seria grande, e chamar-se-á Filho do Altíssimo”. Vai ser Rei dos reis. Para reinar sobre nós é que o Filho de Deus virá; e a verdadeira grandeza de um homem consistirá em reconhece-lo como soberano. Reafirmemos nossa fé cristã; nossos protestos de submissão. Ofereçamo-nos a Ele, pela mediação de Maria”, instruiu.

A homilia termina com um convite à reflexão sobre a vida e o serviço, lembrando que todos são chamados a seguir o exemplo de Maria, servindo a Deus e aos outros. Dom Dulcênio exorta à comunidade a consagrar suas vidas a Deus e a manter a Virgem das Mercês como guia na jornada espiritual.

“Esta festa de Nossa Senhora das Mercês, cuja a liturgia nos faz refletir a Anunciação, e este trecho admirável do Evangelho e escolhido, não deixam de constituir feliz coincidência do amor desse povo de Cuité e redondezas a vocação da existência humana de amar e servir como Maria Santíssima. Consagremos nossa vida a Deus, que Maria, a Virgem das Mercês continue como Mãe de Deus e nossa, a nos apontar o Caminho do Seu Filho Jesus”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom paroquial

Imagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notícia

Comentários (0)