Penúltimo dia da Visita Pastoral Canônica é marcado por encontros e Santa Missa

Postado em 21/09/24 às 23:3010 minutos de leitura84 views


A Visita Pastoral Canônica à Paróquia do Bairro da Catingueira segue em um clima de tranquilidade, união e bênçãos. Neste sábado, 21, o bispo se reuniu com representantes da Cáritas, Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa e membros do Sopão Solidário. Durante esses encontros, Dom Dulcênio expressou seu agradecimento pelo empenho de cada grupo, encorajando-os a continuar sua missão de apresentar e vivenciar Cristo por meio da caridade, ao final foi servido um café comunitário para todos.

À tarde, Dom Dulcênio teve um importante diálogo com o Conselho Paroquial Pastoral, onde ofereceu orientações sobre a vida da paróquia; sua orientação foi em torno do empenho que todos precisam ter com as comunidades em geral, unirem esforços para construírem e zelarem as capelas.

Estiveram presentes também, membros da Pastoral do Dízimo e animadores da Obra das Vocações Sacerdotais (OVS). O bispo enfatizou a relevância da ajuda material e espiritual à OVS, agradecendo o trabalho realizado e destacando que a dimensão missionária da igreja depende da generosidade de muitos.

Durante sua fala, Dom Dulcênio lembrou os objetivos principais da OVS e a importância de comunicá-los ao povo de Deus, além de ressaltar os investimentos feitos a partir das colaborações recebidas. Ele concluiu sua fala com um agradecimento e um apelo por mais força e perseverança.

À noite, o bispo presidiu a Santa Missa na Comunidade de Santo Antônio, em Catolé de Zé Ferreira e junto à esta comunidade, rendeu graças a Deus pelo aniversário natalício do Padre Rogério, o Pároco, que concelebrou com o bispo; presente na assistência litúrgica, os diáconos Paulo e Adriel. Na homilia, o bispo pregou sobre a dicotomia entre pequenez e opulência no contexto do ensinamento de Jesus. Ao relembrar a predição da paixão, morte e ressurreição de Cristo, o bispo destacou a falta de entendimento dos discípulos, que, em vez de absorver a profundidade da mensagem, se distraem com disputas de poder e grandeza.

“No que pensavam os discípulos enquanto Jesus lhes dava tão grave ensinamento? Como estavam a aproveitar aquela profundíssima e magnânima aula? Estavam os discípulos a fazer justiça à sua condição de aprendizes do Divino Mestre? Claro que não, porque estavam, na rivalidade, a discutir sobre quem dentre eles seria o maior, o mais opulente”, refletiu.

Ao aprofundar a sua reflexão, o Prelado lembrou que a rivalidade entre os apóstolos revela um aspecto humano que todos podemos reconhecer: a tendência de buscar status e reconhecimento, muitas vezes em detrimento do verdadeiro ensinamento de Jesus sobre a humildade e o serviço. A referência a São Tiago, que mais tarde reconhece as desordens geradas pela inveja, sublinha a importância da humildade como um caminho para a verdadeira comunhão e paz na comunidade de fé.

Dom Dulcênio convidou a refletir sobre a origem da rivalidade, apontando que ela surge da vaidade e do orgulho. O chamado de Jesus para acolher as crianças simboliza a simplicidade e a pureza necessárias para viver a fé. A exortação de Jesus para que quem deseja ser grande se torne servo ressoa profundamente na mensagem cristã: a verdadeira grandeza se encontra na disposição de servir aos outros.

“De onde vêm a inveja e a rivalidade? Com certeza, da nossa vaidade, da soberba, da arrogância e prepotência… enfim, das filhas do orgulho que, tantas vezes, o homem nutre no seu coração. Saibamos sempre que Jesus chamou discípulos, para aprenderem o caminho da santidade, e não santos já prontos. Isto lembro para que nos aventuremos a aprender de Cristo o caminho da inocência, da pequenez, da humildade e da servidão a Deus e aos irmãos, tal como o Senhor nos aponta quando, chamando uma criança para o meio daqueles que encrencavam por status meramente humanos, dizia-lhes: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher está acolhendo não a mim, mas àquele que me enviou” (Mc 9,37)”, refletiu.

Dom Dulcênio enfatizou também que, apesar das dificuldades e da marginalização que a mensagem cristã pode enfrentar, ela é, em essência, um convite esperançoso para amar ao próximo. Assim, somos chamados a uma vida de sacrifício e desapego, que é a verdadeira fonte de alento para aqueles que buscam viver a fé de maneira autêntica.

“A lógica do cristianismo contrasta-se – e muito – com a do mundo. O que ensinam por aí a fora é o diferente da escola de Jesus: busca-se um sucesso para esta vida, com os seus atrativos e interesses; esquece-se de não fomos criados para esta realidade terrena, onde tudo é passageiro e banal, pois apenas passamos por ela. Por isso é que o cristianismo é odiado e marginalizado com a sua linguagem de renúncia, de desapego e de sacrifício. Por isso ainda é que os “deformadores de opinião” põe a doutrina cristã como ultrapassada ou falida. Por isso, enfim, que o cristianismo, em Cristo Jesus, é indefectível, dando alento verdadeiro – porque verdadeiro é o que prega – ao coração de quem busca vivê-lo autenticamente”, findou.

Por: Ascom, com apoio do Diácono Adriel e da Pascom Paroquial
Fotos: Diác. Adriel e Pascom Paroquial

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