Paróquia de Nossa Senhora da Guia segue festejando à sua Padroeira
A Paróquia de Nossa Senhora da Guia, situada na cidade de
Queimadas-PB, está em plena celebração dos louvores em honra à sua excelsa
padroeira, marcando um ano muito especial: o 80º aniversário de sua fundação.
Com grande solenidade, a comunidade tem celebrado este marco histórico junto ao
povo de Deus.
Neste terceiro dia das festividades, dia 17, a Paróquia teve a honra
de receber o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos.
Ele foi acolhido pelo Pároco, Padre Francisco, pelo Vigário, Padre Rômulo, e
pelo diácono Castro. Também esteve presente o Diácono Adriel, filho natural de
Queimadas, que contribuiu com seus serviços litúrgicos.
A homilia do bispo nesta missa em preparação à Festa de Nossa
Senhora da Guia abordou a temática do amor, da compaixão e a centralidade de
Cristo na vida cristã. O líder religioso ao explicar a metáfora do corpo e os
ensinamentos de São Paulo reforçou a importância da união com Cristo e a
prática do amor em todas as ações.
Dom Dulcênio inicia sua homilia expressando alegria pela
celebração e pelo preparo para a Festa de Nossa Senhora da Guia. Ele destaca
que, embora a festa seja em louvor à Mãe de Deus, Jesus é o centro e o desejo
de Maria é sempre apresentar seu Filho, que veio ao mundo para a salvação da
humanidade.
Ao aprofundar a sua homilia, explicou primeiramente, a
leitura da 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios, que diz respeito a ideia de que
os cristãos são membros do Corpo de Cristo. A imagem do corpo sugere que,
independentemente das diferenças individuais, todos têm um papel a desempenhar
e são essenciais para o funcionamento da comunidade cristã. O Prelado enfatizou
ainda que qualquer dom deve ser exercido com amor, pois sem amor, o trabalho na
comunidade não é edificante.
“Nós somos a Igreja, ela, a comunidade, é o Corpo de Cristo e
nós somos seus membros. Essa imagem tem um significado muito especial porque
nos coloca interagindo com Cristo, independentemente de quem somos e dos dons
que temos. Qualquer que seja o dom que temos, é preciso que ele seja desempenhado
com amor. Sem amor, nenhum trabalho na comunidade pode ser edificante”, pregou.
O Pastor Diocesano falou acerca da relação entre amor e
compaixão. Ele questiona se o amor gera compaixão ou vice-versa e propõe que
ambos são interdependentes. A compaixão é descrita como um sentimento divino
que nos permite compartilhar o sofrimento do outro. Este conceito é
exemplificado pelo episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim, onde
Jesus demonstra uma profunda compaixão, ressuscitando o filho sem qualquer
pedido ou intervenção da viúva.
O ponto central do episódio de Naim é a iniciativa de Jesus
em ressuscitar o filho da viúva sem qualquer pedido. Isso demonstra a infinita
capacidade de compaixão de Cristo, que age por amor, antecipando a necessidade
do outro. O líder religioso destacou que, mesmo em momentos de sofrimento e
dificuldade, a compaixão de Cristo está presente e ativa.
“Nosso Senhor Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima
Trindade, compadeceu-se dos que permaneciam envolto nas trevas e na sombra da
morte (Lc 1, 79) e tomou a iniciativa de encarnar-se, sofre a Paixão e a morte
de Cruz, para triunfar na Ressurreição, a fim de ressuscitar o corpo inerte da
humanidade pecadora. O ponto que mais deve atrair nossa atenção, ao considerar
esta passagem do Evangelho, é o fato de o próprio Cristo haver tomado a
iniciativa de operar aquela ressurreição, sem que a viúva lhe houvesse pedido
ou alguém intercedesse em favor dela. Ele quis realizar um milagre estupendo,
passando por cima de todas as regras, por haver sentido compaixão”, disse.
E prosseguiu: “Em Jesus, a capacidade de compadecer-se das
misérias e das necessidades dos outros é insuperável, inefável e até
inimaginável por qualquer mente humana, pois é infinita e provém de um Coração
arrebatado de amor pelo Pai e, portanto, de amor aos homens, em Deus. Esse
Coração, por ser humano, é também sensível. Ele ama a frágil natureza de suas
criaturas, que Ele mesmo assumiu ao vir ao mundo, e quer acumula-la de bens,
para fazê-la reinar consigo na eternidade”.
Dom Dulcênio concluiu sua homilia encorajado os fiéis a não
se alarmarem com as dificuldades, lembrando que Cristo, com um Coração de Pai
compassivo, está sempre ao lado deles. Essa mensagem é um chamado para confiar
na presença constante e no poder de Deus para livrar os fiéis das tribulações e
manter a esperança.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial