Nossa Senhora das Dores é festejada em Paróquias do Cariri
Neste domingo, 15 de setembro, o Bispo Diocesano de Campina
Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, celebrou com grande devoção a Solenidade
de Nossa Senhora das Dores em duas paróquias da Diocese. Pela manhã, ele
participou das festividades em Monteiro-PB, onde foi carinhosamente recebido
pelos fiéis e pelos padres da Paróquia, Padre Isaías, Padre Maurício e Padre
Arthur. A cidade, conhecida por sua profunda devoção a Nossa Senhora das Dores,
reuniu uma multidão de participantes na celebração.
À tarde, Dom Dulcênio dirigiu-se à cidade vizinha de
Zabelê-PB, pertencente à Paróquia de São Sebastião do Umbuzeiro. Em Zabelê, a
padroeira também é Nossa Senhora das Dores. Lá, o Bispo foi recebido pelo
Administrador Paroquial, Padre Helton Moura. A missa campal na cidade reuniu
centenas de fiéis, marcando mais um momento significativo de fé e devoção, após
a Missa o bispo participou de uma bonita procissão pelas ruas da cidade.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio sobre a Festa de Nossa Senhora das
Dores, destaca a fé e o papel de Maria como Mãe Dolorosa e intercessora.
Através da reflexão sobre a dor e a fé de Maria, somos incentivados a imitar
sua confiança em Deus, a reconhecer seu papel como nossa Mãe espiritual, e a
buscar sua intercessão para fortalecer nossa própria fé e esperança.
O Senhor Bispo destacou a fé inabalável de Maria enquanto ela
esteve aos pés da cruz. A atitude de Maria, descrita como impávida e de pé
diante do sofrimento, serve como um exemplo de fé firme e perseverante. Sua
presença ao pé da cruz, mesmo em meio à dor extrema, não é apenas um testemunho
de sua devoção como mãe, mas também um reflexo de sua confiança absoluta em
Deus. Maria não se abala com o escândalo da cruz, evidenciando que sua fé é
pura e resiliente.
Dom Dulcênio afirma que esta intercessão de Maria, a
“onipotência suplicante”, é um reflexo da sua confiança e devoção a Deus. Ela
nos acolhe e intercede por nós, não como uma barganha, mas como um dom
recebido, e sua intercessão é uma resposta ao nosso fraquejar e à nossa
necessidade de apoio espiritual.
“Se Jesus verbaliza a nossa entrega a Sua Mãe - que se torna
doravante também nossa -, Maria, em seu silêncio ensurdecedor, corresponde com
a sua atitude de acolhimento. E o Senhor, pendente, percebendo que o
sustentáculo da fé de Maria seria um exemplo e um auxílio para os seus,
extenuado de dores, num ultimar de suspiros, intermedeia uma troca: de Si pela
humanidade, numa permuta mais que descompensada: “Quando Jesus viu sua mãe e
perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe” (Jo 19,26-27)”, pregou.
No decorrer da pregação do Bispo, outro ponto foi abordado,
como o Modelo de perseverança e fidelidade de Maria. Em Atos dos Apóstolos (At
1,14), Maria está presente com os discípulos em oração, mostrando seu contínuo
papel como uma figura de apoio e fé na nascente Igreja. Sua fé constante, desde
o “FIAT” na Anunciação até seu papel na comunidade cristã primitiva, revela uma
devoção que transcende o tempo e o sofrimento. Ela representa uma imagem de
fidelidade e esperança, encorajando todos os cristãos a perseverarem em suas
próprias jornadas espirituais.
“Maria, no seu exemplo de fé, é aquela que nos anima na
fidelidade diante dos nossos medos, preocupações e aparentes desventuras,
ensinando-nos, além da confiança, a resignação à vontade de Deus, fazendo-nos
conformes ao Seu mistério de amor, pelo qual perpassa a Sua inefável
providência. A esperança de Maria conjuga-se à sua fé. Por tal motivo, ela é
modelo para todos nós, de todos os tempos e lugares. A recompensa por sua
confiança outra não foi, porque, imaculada, é gloriosa; pura de coração, não
lhe atingiu a preocupação momentânea, fazendo-a titubear, muito embora, pelos
seus sofrimentos, a chamamos “Rainha dos Mártires”. O seu gozo na eternidade é
único, pois acima de si, está somente Deus”, destacou.
Por fim, Dom Dulcênio conclui com um convite para reconhecer
e buscar a intercessão de Maria, o Pastor Diocesano ensinou que todos são
chamados a recorrer à sua intercessão com confiança.
“Voltando os nossos olhos da nossa alma para a imagem da
Virgem Maria aos pés da Cruz, filialmente, recordemos também do trecho daquele
antiquíssimo hino “Ave, do mar Estrela”, quando diz: “Ostenta que és mãe,
fazendo / que os rogos do povo seu / ouça aquele que, nascendo / por nós, quis
ser filho teu”. E, assim, ao contemplarmos a fé de Maria, como nascedouro de
suas outras virtudes, no ardente desejo de imitá-la, peçamos o seu auxílio
intercessor: “Mostrai ser nossa Mãe pela fé, ó Virgem Maria. Vós que sois a Mãe
de Deus segundo a carne, sois a nossa segundo a fé. Amparai-nos, socorrei-nos
nesta ou naquela necessidade. Mas, sobretudo, auxiliai-nos com o vosso exemplo
de confiança, pois o que crê nunca se cansa. Amém.”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial de Monteiro e Pascom Paroquial de Zabelê