Nossa Senhora das Dores é festejada em Paróquias do Cariri

Atualizado em 15/09/24 às 22:128 minutos de leitura125 views


Neste domingo, 15 de setembro, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, celebrou com grande devoção a Solenidade de Nossa Senhora das Dores em duas paróquias da Diocese. Pela manhã, ele participou das festividades em Monteiro-PB, onde foi carinhosamente recebido pelos fiéis e pelos padres da Paróquia, Padre Isaías, Padre Maurício e Padre Arthur. A cidade, conhecida por sua profunda devoção a Nossa Senhora das Dores, reuniu uma multidão de participantes na celebração.

À tarde, Dom Dulcênio dirigiu-se à cidade vizinha de Zabelê-PB, pertencente à Paróquia de São Sebastião do Umbuzeiro. Em Zabelê, a padroeira também é Nossa Senhora das Dores. Lá, o Bispo foi recebido pelo Administrador Paroquial, Padre Helton Moura. A missa campal na cidade reuniu centenas de fiéis, marcando mais um momento significativo de fé e devoção, após a Missa o bispo participou de uma bonita procissão pelas ruas da cidade.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio sobre a Festa de Nossa Senhora das Dores, destaca a fé e o papel de Maria como Mãe Dolorosa e intercessora. Através da reflexão sobre a dor e a fé de Maria, somos incentivados a imitar sua confiança em Deus, a reconhecer seu papel como nossa Mãe espiritual, e a buscar sua intercessão para fortalecer nossa própria fé e esperança.

O Senhor Bispo destacou a fé inabalável de Maria enquanto ela esteve aos pés da cruz. A atitude de Maria, descrita como impávida e de pé diante do sofrimento, serve como um exemplo de fé firme e perseverante. Sua presença ao pé da cruz, mesmo em meio à dor extrema, não é apenas um testemunho de sua devoção como mãe, mas também um reflexo de sua confiança absoluta em Deus. Maria não se abala com o escândalo da cruz, evidenciando que sua fé é pura e resiliente.

Dom Dulcênio afirma que esta intercessão de Maria, a “onipotência suplicante”, é um reflexo da sua confiança e devoção a Deus. Ela nos acolhe e intercede por nós, não como uma barganha, mas como um dom recebido, e sua intercessão é uma resposta ao nosso fraquejar e à nossa necessidade de apoio espiritual.

“Se Jesus verbaliza a nossa entrega a Sua Mãe - que se torna doravante também nossa -, Maria, em seu silêncio ensurdecedor, corresponde com a sua atitude de acolhimento. E o Senhor, pendente, percebendo que o sustentáculo da fé de Maria seria um exemplo e um auxílio para os seus, extenuado de dores, num ultimar de suspiros, intermedeia uma troca: de Si pela humanidade, numa permuta mais que descompensada: “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe” (Jo 19,26-27)”, pregou.

No decorrer da pregação do Bispo, outro ponto foi abordado, como o Modelo de perseverança e fidelidade de Maria. Em Atos dos Apóstolos (At 1,14), Maria está presente com os discípulos em oração, mostrando seu contínuo papel como uma figura de apoio e fé na nascente Igreja. Sua fé constante, desde o “FIAT” na Anunciação até seu papel na comunidade cristã primitiva, revela uma devoção que transcende o tempo e o sofrimento. Ela representa uma imagem de fidelidade e esperança, encorajando todos os cristãos a perseverarem em suas próprias jornadas espirituais.

“Maria, no seu exemplo de fé, é aquela que nos anima na fidelidade diante dos nossos medos, preocupações e aparentes desventuras, ensinando-nos, além da confiança, a resignação à vontade de Deus, fazendo-nos conformes ao Seu mistério de amor, pelo qual perpassa a Sua inefável providência. A esperança de Maria conjuga-se à sua fé. Por tal motivo, ela é modelo para todos nós, de todos os tempos e lugares. A recompensa por sua confiança outra não foi, porque, imaculada, é gloriosa; pura de coração, não lhe atingiu a preocupação momentânea, fazendo-a titubear, muito embora, pelos seus sofrimentos, a chamamos “Rainha dos Mártires”. O seu gozo na eternidade é único, pois acima de si, está somente Deus”, destacou.

Por fim, Dom Dulcênio conclui com um convite para reconhecer e buscar a intercessão de Maria, o Pastor Diocesano ensinou que todos são chamados a recorrer à sua intercessão com confiança.

“Voltando os nossos olhos da nossa alma para a imagem da Virgem Maria aos pés da Cruz, filialmente, recordemos também do trecho daquele antiquíssimo hino “Ave, do mar Estrela”, quando diz: “Ostenta que és mãe, fazendo / que os rogos do povo seu / ouça aquele que, nascendo / por nós, quis ser filho teu”. E, assim, ao contemplarmos a fé de Maria, como nascedouro de suas outras virtudes, no ardente desejo de imitá-la, peçamos o seu auxílio intercessor: “Mostrai ser nossa Mãe pela fé, ó Virgem Maria. Vós que sois a Mãe de Deus segundo a carne, sois a nossa segundo a fé. Amparai-nos, socorrei-nos nesta ou naquela necessidade. Mas, sobretudo, auxiliai-nos com o vosso exemplo de confiança, pois o que crê nunca se cansa. Amém.”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial de Monteiro e Pascom Paroquial de Zabelê

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