Santa Missa do Lar na Catedral e Missa e Crisma em Soledade

Postado em 01/09/24 às 22:1611 minutos de leitura104 views


Na manhã deste domingo, 1º de setembro, o Bispo Diocesano de Campina Grande presidiu a Santa Missa do lar na Catedral de Nossa Senhora da Conceição. A celebração contou com a concelebração do Padre Luciano Guedes, Vigário Geral da Diocese, além da presença do Diácono Anderson e dos seminaristas. Durante a missa, o Bispo ofereceu uma reflexão profunda sobre a importância de viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, destacando a necessidade de uma vida coerente que vai além da mera aparência.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio para o XXII Domingo do Tempo Comum destaca a vocação do povo brasileiro à luz da fé cristã, especialmente no contexto da Semana da Pátria. O bispo explora a importância de viver segundo os preceitos divinos e reflete sobre o impacto da fé cristã na identidade e nos valores da nação.

Dom Dulcênio inicia sua homilia com uma citação do Salmo 33,12, pontuando a bênção de ter Deus como Senhor e a importância de reconhecer esta herança divina na vida da nação. Ele faz uma conexão entre a fé cristã e a prosperidade e felicidade do Brasil desde a sua formação, sublinhando a responsabilidade que vem com o sentimento de que “Deus é brasileiro”.

“Dizem que Deus é brasileiro. Este adjetivo, carinhosamente dado ao Senhor, vai muito mais do que um símbolo internacionalmente reconhecido: é um sentimento religioso de um povo que expressa pertença, e que nunca deve ser esquecido. Utilizar-nos deste dito também nos responsabiliza, pois devemos expressar todo o procedimento cristão que deve eivar as nossas atitudes de cidadãos”, disse.

O bispo adverte a crescente secularização observada em países europeus, como a França, que, segundo ele, está se afastando das raízes cristãs. Este afastamento, diz ele, resulta em uma sociedade que valoriza mais o relativismo e o ateísmo do que a fé. Dom Dulcênio também adverte que o Brasil não deve seguir esse caminho de negligência religiosa, mas sim preservar e valorizar suas origens cristãs.

Ele lembra aos brasileiros, especialmente aos cristãos, a importância de viver de acordo com os mandamentos de Deus. Citando o Deuteronômio 4,6, o bispo destaca que a observância das leis divinas traz sabedoria e inteligência, servindo como um testemunho positivo diante das outras nações. Para ele, o verdadeiro progresso e ordem, que são ideais presentes na bandeira nacional, devem estar enraizados no Evangelho de Cristo, não em filosofias humanas que desconsideram a presença de Deus.

“Cumprir a vontade de Deus é, verdadeiramente, buscar a “ordem e o progresso”, tal como divisa a nossa flâmula. O perfeito ideal para os brasileiros não deve ser o que disse o positivismo de Auguste Comte, autor francês que inspirou os proclamadores da República: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”, mas o Evangelho de Cristo, que sempre nos iluminou, orientando-nos, não para um amor desregrado da ausência de Deus, não para uma justiça enceguecido e pessimamente exemplificada por muitos dos que nos governam, nos legislam e julgam, e sim para a proximidade de Deus, que nos chama a Si, e que nos ofereceu a Pátria celeste”, refletiu.

 O bispo encerra com uma exortação a permanecer fiel aos preceitos imutáveis de Deus e a rejeitar leis que contradigam esses preceitos, chamando todos a agir com responsabilidade e consciência.

Missa e Crisma em Soledade

Ainda neste domingo, o Bispo Dom Dulcênio deu continuidade às Crismas na Paróquia de Santa Ana, em Soledade-PB. Dom Dulcênio crismou uma nova turma de 157 jovens e adultos, marcando mais um importante momento para a vida da comunidade paroquial. O Bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre Bosco, pelo Diácono Divaldo e demais membros da comunidade.

Junto ao povo de Deus da Paróquia de Soledade, o bispo falou sobre a atualidade dos mandamentos do Senhor, chamando os fiéis a uma vivência autêntica dos mandamentos, que deve ser marcada pela caridade, humildade e um compromisso genuíno com a Palavra de Deus, em contraste com a mera observância ritual e a distorção dos preceitos divinos.

Dom Dulcênio começa pregando sobre a crescente marginalização da Igreja e de seus ensinamentos na sociedade moderna, onde a voz da Igreja é muitas vezes vista como incômoda e desconsiderada. Ele afirma que, se o mundo seguisse verdadeiramente a proposta de Deus, os males e injustiças que observamos seriam significativamente reduzidos.

“Nos mandamentos de Deus estão a vida, porque cumpri-los no espírito de amor e humildade nos trazem a salvação, ou seja, aquela vida divina a ser vivida em nossa história pessoal como uma proposta da parte do próprio Deus, que nos ama”, pregou.

Na Primeira Leitura, Moisés é destacado como o porta-voz de Deus, encorajando o cumprimento dos mandamentos que trazem a verdadeira sabedoria celestial. Dom Dulcênio conecta esta sabedoria com a descrição de São Tiago, que fala sobre uma sabedoria "do Alto", caracterizada pela pureza, paz e misericórdia.

“No cumprimento dos mandamentos faz-se necessário ter como meio a caridade. E, tendo-a em tal conta, a teremos como fim, porque este é Deus, que “é amor” (cf. 1Jo 4,16). E, seguindo o que nos disse São Tiago na Segunda Leitura, tal como dom, os preceitos do Senhor “descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1,17). Mas para que esta dádiva vem à nós? O Apóstolo nos responderá: para que, pela Palavra a nós concedida, sejamos salvos. Praticando-a com verdade e humildade, praticaremos o cerne da verdadeira religião, que é o amor a Deus e ao próximo”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Pascom de Soledade

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