Bispo Diocesano Celebra Missa e Crisma na Paróquia de Santa Ana em Soledade-PB
Mais uma vez, o Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, visitou a Paróquia de Santa Ana, em Soledade, neste sábado, 24, para
presidir a Missa e de Crisma 152 jovens e adultos. Devido ao grande número de
crismandos, o bispo tem celebrado as cerimônias semanalmente para atender a
todos.
Recebido fraternalmente pelo Pároco, Padre Bosco, e pelo
diácono Divaldo, Dom Dulcênio rezou a Missa com a liturgia do 21º Domingo do
Tempo Comum. Durante a celebração, o bispo expressou sua gratidão pelo
acolhimento e pela oportunidade de administrar o sacramento da Crisma.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio para o 21º Domingo do Tempo Comum
aborda a questão crucial das escolhas que fazemos em nossas vidas. O Prelado
destacou a importância de manter um coração aberto à graça divina e de seguir a
Cristo com firmeza e alegria.
Inicialmente Dom Dulcênio apontou que a vida é feita de
escolhas e que, como crentes, cada escolha reflete nossa relação com Deus.
Quando escolhemos erradamente, caímos no pecado, seja ao buscar nossa
autossuficiência ou ao criar ídolos, seja no poder e riqueza externos ou em
nossa própria autoadoração. Esta reflexão serve para nos lembrar que as nossas
escolhas devem sempre buscar a vontade de Deus e não nossos próprios desejos
egoístas.
“Às vezes, esses ‘deuses’ que idolatramos estão fora de nós e
se caracterizam pelo ter e pelo poder. Porém, em tantos outros momentos, esses
divos são o nosso ser: idolatramos-nos. E, lógico, todas as vezes em que temos
a pretensão de sermos absolutos, esquecemo-nos de Deus, abandonando-O”,
refletiu.
No Evangelho deste domingo, Jesus faz uma declaração profunda
sobre ser o "Pão da Vida". Ele revela que oferecerá Sua carne para a
salvação do mundo, uma afirmação que escandaliza alguns discípulos, levando-os
a abandonar o seguimento. Outros, como São Pedro, permanecem fiéis,
reconhecendo Jesus como o "Santo de Deus" e proclamando que só Ele
tem "palavras de vida eterna". Esta dualidade de reações mostra a
importância de discernir nossa resposta à mensagem de Cristo e a necessidade de
estar aberto às moções do Espírito Santo.
“Mas, por que destas duas reações? O próprio Senhor vai dizer
o porquê: “Ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”
(Jo 6,65). Ora, o Pai quer a todos, por isso atrai indistintamente a todos. O
que nos cabe é deixar o coração aberto às moções de fé do Espírito Santo, que
vivifica o nosso espírito e vida, e, desta forma, fielmente, abrir-nos à ação
de Deus, que, por sua vez, não é invasivo, mas respeita a decisão de cada um”,
disse.
Prosseguindo com a sua explicação, Dom Dulcênio ao explicar a
primeira leitura, disse que Josué convoca o povo de Israel a uma decisão sobre
a quem servir. Ele lembra o povo das maravilhas e bênçãos que Deus realizou em
sua história, desde a saída do Egito até o presente momento. Josué declara sua
própria decisão de servir ao Senhor, e o povo, movido pelo reconhecimento das
obras de Deus, também promete servi-Lo.
“Enquanto Josué serve ao Senhor Deus de coração livre, o povo
segui-lo-á por conta do que Ele operou em seu meio. Se Israel continuasse no
seguimento, ainda que fosse com esta motivação das maravilhas operadas, seria
um seguimento válido e, portanto, um caminho de realização, de felicidade”,
pregou.
E concluiu: “Servi o Senhor com alegria (Sl 99,2)”, eis o que
nos propõe os Salmos. Serviço a Deus é seguimento e vice-versa. Neste intuito,
trilhemos a nossa vida. Somente no serviço e no seguimento haveremos de provar
e ver a suavidade do Senhor, tal como nos propõe o Salmo Responsorial da
Liturgia deste domingo em seu refrão: “Provai e vede quão suave é o Senhor!”
(Sl 33,9a).
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial