Na Comunidade de São Pio X, Bispo Preside Missa festiva e crisma adultos
A Comunidade de São Pio X, celebrou na noite deste dia 21 com
grande alegria o seu padroeiro em uma festividade marcada pela presença de
dezenas de fiéis. A missa realizada na capela da comunidade, localizada no
centro de Campina Grande, foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio
Fontes de Matos, e contou com a presença do Vigário Geral e Pároco da Catedral,
Padre Luciano Guedes, do Vigário da Catedral, Padre Mércio, que se uniram à celebração. O Diácono Ricardo junto com aos
Seminaristas, participaram ativamente, servindo à Liturgia.
Durante a missa, Dom Dulcênio conferiu o sacramento da Crisma
a 25 adultos, fortalecendo sua integração na vida da Igreja. Além disso, outro momento especial registrado nessa noite, foi a posse de todo o Conselho da Associação privada de fiéis "Fraternidade Viver em Cristo"; Gustavo Lucena foi oficialmente empossado como Moderador Geral da Comunidade,
junto com todo o Conselho Geral, marcando um novo ciclo de liderança e
compromisso espiritual para a comunidade.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio na Missa festiva de São Pio X, ao
refletir sobre a figura do Bom Pastor e a responsabilidade pastoral, fala da
importância de uma liderança que verdadeiramente serve o rebanho, em
alinhamento com a vontade de Deus e a doutrina da Igreja.
Ao iniciar a sua homilia, o bispo destacou a mensagem de
esperança e renovação trazida pelo profeta Ezequiel aos cativos da Babilônia.
Ele enfatiza que, após a queda de Jerusalém e o subsequente exílio, Deus
promete cuidar diretamente de Seu povo, contrastando com a falha dos líderes
israelitas que, ao invés de proteger e guiar o rebanho, abusaram de seu poder
para benefício próprio. Este é um chamado à reflexão sobre a verdadeira
essência da liderança pastoral e o zelo necessário para com o povo de Deus.
Dom Dulcênio prosseguiu abordando a crítica profética aos
líderes de Israel, que, segundo Ezequiel, falharam em sua missão de cuidar do
rebanho, levando ao juízo divino. O bispo aplica essa crítica ao presente,
lembrando que os pastores devem servir com altruísmo, em vez de se aproveitar
das ovelhas que lhes foram confiadas. O profeta, e posteriormente Jesus, são
apresentados como exemplos perfeitos de liderança que priorizam o bem-estar do
rebanho sobre interesses pessoais.
“O salmista vai nos recordar de que “O Senhor é o pastor que
me conduz, não me falta coisa alguma” a fim de me guiar por boas e belas pastagens.
Ou seja, o verdadeiro pastor é aquele que além de cuidar, guia seu rebanho aos
melhores caminhos, para nas águas repousantes restaurar as nossas forças”,
pregou.
Continuou: “E como um bom pastor, Jesus, na parábola contada,
avisa ao povo de Israel, o primeiro a ser chamado, para que se alegre com o
surpreendente uso que o Senhor faz da liberdade em relação aos “últimos”, os
pagãos, os publicanos, os pecadores. Mas, é também um aviso a nós, cristãos de
hoje, para que nos convertamos aos critérios de Deus. Não são os ricos e
poderosos que entram, ou têm precedência no reino de Deus, mas, os pobres e
fracos. O reino de Deus não se conquista por méritos próprios, senão pelo dom
gratuito, a acolher com humildade e gratidão”.
Dom Dulcênio também utiliza a parábola dos trabalhadores na
vinha para ilustrar a lógica do Reino de Deus, que frequentemente desafia a
compreensão humana. Ele destaca a generosidade de Deus e a necessidade de
superar a justiça meramente humana para acolher a bondade divina. A homilia
termina com uma referência a São Pio X, celebrando seu papel em combater o
modernismo e preservar a integridade da fé católica.
“A Igreja celebra hoje a memória do Papa S. Pio X, que, como
Pastor e Pessoa de Pedro aqui na terra, se dispôs cuidar do seu aprisco;
apascentando-as de tal modo, que se encontro no rol dos santos da Igreja. Pio X
nos é caro porque combateu o conjunto de heresias que ficaram conhecidas como
modernismo, despidas de sua origem e índole sobrenaturais e reduzidas, ao fim e
ao cabo, à condição “de certa interpretação de fatos religiosos que a mente
humana elaborou para si com laborioso esforço” (Decreto “Lamentabili”, de 3
jul. 1907, n. 22). O modernismo, sempre pretendeu diluir o sagrado no profano,
a graça na natureza, a fé na simples razão, apregoando um cristianismo de
caráter não dogmático, ou seja, “um protestantismo amplo e liberal”. Disse.
O Papa São Pio X é apresentado como um modelo de pastoral
fiel, que se esforçou para manter a pureza da doutrina e proteger a Igreja de tendências
que poderiam diluir sua essência. Dom Dulcênio conclui sua homilia com um
chamado à fidelidade à fé e à intercessão de São Pio X, para que os católicos
possam viver e transmitir a verdadeira mensagem do Evangelho.
“Como autêntico Pastor, imagem das leituras de hoje, São Pio
X, deixou um sinal indelével na história da Igreja e caracterizou-se por um
notável esforço em busca da identidade da Igreja, vista em seu próprio lema
“Renovar tudo em Cristo”, onde seduzir homens e mulheres para Cristo era sua
função. Contra tão perigoso erro do eclipse de Deus; de matar Deus; do
aparecimento de deuses; que permanece vivo como nunca, peçamos a intercessão de
S. Pio X e aprendamos dele que, como católicos, é nossa missão preservar
íntegra e incorrupta a santa fé católica e transmiti-la, sem acréscimos nem
adulterações, a quantos ainda jazem na sombra do erro e da morte, e claro:
escutando a voz do Pastor”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Comunidade de São Pio X