Neste domingo, 18 de agosto, a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, contou dois momentos significativos. Pela manhã, às 10h, foi realizada a tradicional Missa do Lar, presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, com a concelebração do Padre Luciano Guedes e a presença de diáconos e seminaristas.

Neste dia, a Igreja em todo o Brasil, contemplou as vocações religiosas, dentro desse mês vocacional, bem celebrou a Solenidade da Assunção da Virgem Maria, um momento de reflexão sobre a glória e dignidade de Maria e a esperança da união de todos os fiéis a Deus, conforme a homilia do bispo, que teve como tema "A Virgem Assunta e Pressurosa".

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio para a Solenidade da Assunção de Maria convidou os fiéis a imitarem a pressa de Maria em servir a Deus e aos outros, reconhecendo que essa prontidão é uma expressão da verdadeira espiritualidade. Conforme pregou, ao contemplar a Assunção de Maria, somos chamados a refletir sobre nossa própria vida e a buscar viver com a mesma dedicação e humildade que Ela demonstrou.

O Evangelho de Lucas (Lc 1,39-56) relata que Maria partiu "apressadamente" para a região montanhosa para visitar Isabel. Dom Dulcênio destacou que essa pressa não deve ser vista apenas como uma característica temporal, mas como um reflexo da espiritualidade de Maria.

Ao explicar, disse que a pressa de Maria simboliza a urgência e a prontidão com que ela vivia sua fé e seu compromisso com os propósitos de Deus. Essa prontidão é uma forma de expressar a intensidade de sua dedicação a Deus e aos outros, mostrando que a espiritualidade de Maria não era passiva, mas ativa e imediata.

“Sabemos que a Virgem sempre conservou a Palavra de Deus em Seu coração imaculado. Esta conservação também A fez esperar pela promessa divina da salvação da humanidade. E peregrinando na esperança, nutria pela fé esta certeza: seremos libertados. Maria não sabia, em minúcias, do que Deus estava preparando, inclusive por ela mesma. Entretanto, sempre rumou a colocar-Se diante dos propósitos de Deus de maneira prioritária, porque o que é de Deus não pode esperar. Isso que reflito engloba até mesmo a sua prontidão em dizer a Deus pelo Anjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra””, disse.

Ao falar sobre a Assunção, o bispo catequizou o seu povo e disse que a referida graça dada à Maria, ao ser assunta ao céu, é vista como a recompensa divina por sua vida de serviço e obediência. Dom Dulcênio refletiu sobre as palavras de São Pascásio Radberto, que descreve a Assunção como a culminação de uma vida de virtude e humildade. Maria, que viveu em completa fidelidade a Deus, é exaltada em corpo e alma, servindo como um modelo para todos os fiéis. Sua elevação não é apenas um evento glorioso, mas um exemplo de que a verdadeira grandeza vem da fidelidade e do serviço a Deus.

“Hoje celebramos a Sua assunção, é porque, antes da glorificação de Maria em corpo e alma no céu, Ela Se permitiu guiar por Deus, permitindo que a graça sempre a elevasse nos sentimentos, pressurosa”, disse.

Encerramento da Semana Nacional da Família

À tarde, na catedral, mais uma missa foi realizada por Dom Dulcênio, marcando o encerramento da Semana Nacional da Família. O evento reuniu milhares de fiéis, que participaram de uma caminhada com suas famílias, vinda da Paróquia da Santíssima Trindade, passando pelo Instituto São Vicente de Paulo e la realizando um gesto concreto. Em parceria com o Setor Juventude, a Comissão Vida e Família, destinou o valor da venda das águas para ajudar a Casa de Caridade. 

Na missa, Dom Dulcênio Fontes de Matos, falou sobre o significado a Solenidade da Assunção de Maria e refletiu sobre a importância da devoção à Virgem Maria como um caminho para a fidelidade a Deus. Ele pregou que Maria, como modelo de obediência e protetora nas dificuldades, é essencial para a vida espiritual dos cristãos, oferecendo um exemplo de perseverança e confiança em Deus.

Dom Dulcênio inicia sua homilia destacando a importância da devoção a Maria como um caminho para a fidelidade a Deus. Ele cita a famosa frase "Um servo de Maria jamais perecerá" para ilustrar que a devoção à Virgem Maria está intrinsicamente ligada à obediência e amor a Deus. A citação do Evangelho de João (Jo 2,5), onde Maria diz aos servos das bodas de Caná: "Fazei tudo o que Ele vos disser", reforça a ideia de que seguir Maria é um meio de cumprir a vontade de Deus.

Também falou sobre a devoção mariana que é apresentada como um caminho para a perfeição cristã. Dom Dulcênio refere-se ao "Faça-se" de Maria (Lc 1,38) como um modelo supremo de obediência a Deus. Ele cita o Santo jesuíta João Berchmans para enfatizar a certeza de perseverança e obtenção de graças que advém do amor a Maria. Este amor é visto como uma fonte de fidelidade e de proximidade com Deus.

“A devoção a Maria é caminho de perfeição. Assim, Deus põe no coração e na vida dos cristãos a grande espiritualidade aconselhada pelo Apóstolo da Virgem, São Luís Maria Grignion de Montfort: “Se estabelecermos, portanto, a sólida devoção à Santíssima Virgem, teremos contribuído para estabelecer com mais perfeição a devoção a Jesus Cristo, teremos proporcionado um meio fácil e seguro de achar Jesus Cristo”, citou.

Sobre as Famílias

O bispo destacou na homilia a importância da Semana Nacional da Família e o tema deste ano, “Família e Amizade”, que reflete o espírito da Campanha da Fraternidade 2024. Ele sublinhou que esta semana é uma oportunidade para fortalecer os laços familiares e cultivar a amizade à luz do Evangelho. O lema “Amizade, uma forma de vida com sabor do Evangelho” nos convoca a viver o mandamento do amor de forma prática, apoiando-nos mutuamente dentro e fora do núcleo familiar.

“O tema “Família e Amizade” nos chama a atenção para a importância de cultivar relações saudáveis e genuínas dentro e fora do ambiente familiar (núcleo social). A amizade, vista como uma forma de vida com sabor do Evangelho, é um convite a viver o mandamento do amor de maneira concreta, partilhando, apoiando e caminhando juntos na fé e na vida. Por isso, tocará muito no assunto das redes sociais, das “amizades fantasmas ou virtuais”, que, de certo modo, sufocam o ambiente familiar, deixando-o estéril”, apontou.

Por fim, o Bispo pediu ao povo que reflitam sobre nossas próprias práticas de amizade e comprometimento com a família, aproveitando esta semana para renovar e aprofundar esses relacionamentos com base no amor e na convivência autêntica.

Por: Ascom
Fotos: Pascom da Catedral (Missa a Manhã) e Pascom Diocesana (Caminhada e Missa da tarde)