Na Solenidade da Assunção de Maria, Bispo celebra Missa e Crisma na Paróquia de Santa Ana, em Soledade
Na noite deste sábado, 17 de agosto, o Bispo Diocesano de
Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu Missa e Crisma na
Paróquia de Santa Ana, em Soledade-PB. Foram crismados 162 jovens e adultos,
marcando um momento de grande importância para a vida da comunidade paroquial.
Dom Dulcênio foi acolhido pelo Pároco, Padre Bosco, pelo
Diácono Divaldo, pelos catequistas e por toda a comunidade de fé. Na
celebração, o Bispo presidiu a Liturgia Solene da Assunção da Bem-Aventurada
Virgem Maria, destacando as grandezas de Maria e seu grande legado para todo o
gênero humano.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio para a Solenidade da Assunção de
Nossa Senhora é uma reflexão em torno da vida e da virtude de Maria, destacando
o seu papel como modelo para os cristãos. Ao celebrar a Assunção, a Igreja não
só lembra o glorioso destino final de Maria, mas também a sua vida de virtude e
obediência a Deus.
O primeiro ponto abordado por Dom Dulcênio disse respeito a
Glória de Maria e a Vontade de Deus; conforme pregou, a celebração da Assunção
de Maria não é apenas um reconhecimento do seu fim glorioso, mas uma
contemplação do coroamento de uma vida dedicada a cumprir a vontade de Deus.
Ele remete à resposta de Maria ao Arcanjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Este momento destaca a entrega
total de Maria à vontade divina, servindo como um exemplo fundamental para os
cristãos.
A Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, citada por
Dom Dulcênio, reforça que Maria, apesar de ser cheia de graça e imaculada, não
foi isenta das dificuldades e sofrimentos da vida terrena. Isso ressalta a
realidade de que, mesmo sem o pecado original, Maria enfrentou desafios que
testaram sua fé e virtude. Essa perspectiva humana e realista de Maria inspira
os fiéis a ver nela um modelo de perseverança e fidelidade.
“A Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, sobre a
Assunção de Nossa Senhora, o Santo Padre Pio XII, definindo o dogma de que a
Santíssima Virgem foi elevada em corpo e alma ao céu, retrata este nosso
pensamento: “Os fiéis, guiados e instruídos pelos Pastores, souberam por meio
da Sagrada Escritura que a Virgem Maria, durante a Sua peregrinação terrestre,
levou vida cheia de cuidados, angústias e sofrimentos” (n. 14). Por estas
palavras pronunciadas pelo Romano Pontífice, vemos que Maria como todo homem;
e, mesmo sendo cheia de graça e imaculada já em sua conceição, não tendo o pecado
original e nem o habitual, teve de conviver com diversos contratempos que a
experimentavam na fé, e faziam-na responder a seu Deus e Filho de maneira
positiva por uma santidade singular, que não independia do seu esforço
constante”, Catequizou.
Ao continuar sua pregação, destacou que celebrar a Assunção da
Santíssima Virgem é um chamado à prática das virtudes que Maria exemplifica.
Ele menciona a Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II,
que orienta os fiéis a uma devoção que não é meramente emocional, mas baseada
na fé e na imitação das virtudes de Maria. Essa devoção verdadeira leva os
cristãos a conformarem-se mais plenamente com Cristo, vencedor do pecado e da
morte.
Também exortou à assembleia, ao fazer referência a São Luís
Maria Grignion de Montfort, que adverte sobre os perigos da falsa devoção. Ele
enumera vários tipos de devoções que são superficiais ou enganadoras, como a
devoção crítica, exterior, presunçosa, inconstante, hipócrita e interesseira.
Estas advertências são um chamado à autenticidade na devoção a Maria, evitando
práticas que não promovam uma verdadeira transformação espiritual.
Dom Dulcênio conclui a homilia com uma exortação para imitar
Maria em nosso proceder diário. Ele destaca que, ao buscar as coisas do Alto e
viver as virtudes, os cristãos se preparam para a glorificação prometida por
Deus. A vida de Maria serve como um protótipo do que os fiéis devem almejar,
culminando na esperança de receber a coroa da justiça e participar do Reino de
Cristo, que é também o Reino de Maria.
“Imitando Maria em todo o nosso proceder, Deus nos coroará
com a Sua infinita glória como coroou a Sua Mãe e nossa no mistério que, pela
Sagrada Liturgia, hoje celebramos. Imitar Maria é estar atentos às coisas do
Alto. E, vendo-nos na Gloriosa e Imaculada Mãe como protótipo do que seremos, não
nos esqueceremos, tampouco descuidaremos, de coroarmos a nossa vida com as
virtudes para sermos laureados com a incorruptível coroa da justiça (cf. 1Cor
9,25; 2Tm 4,8), concedida pelo justo Juiz, quando do nosso trânsito para às
sumas alturas, onde resplandece, para nós, a Virgem”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial