Paróquia de Alcantil-PB celebra à sua Co-Padroeira Nossa Senhora da Assunção

Postado em 15/08/24 às 23:216 minutos de leitura126 views


Na noite desta quinta-feira, 15 de agosto, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu uma Missa em preparação para a Festa da Co-Padroeira da Paróquia de São José, Nossa Senhora da Assunção, em Alcantil. As festividades tiveram início no dia 14 e se estendem até o dia 18, com procissão e missas.

Durante a celebração, Dom Dulcênio também ministrou o Sacramento da Crisma para 60 pessoas, marcando um momento de grande importância e alegria para toda a comunidade local, que compareceu em grande número.

O Bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre José de Arimatéa, que o recebeu de forma calorosa e expressou sua gratidão pela presença pastoral e pelo reforço na fé dos membros da paróquia.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio, proferida durante as festividades da Copadroeira de Alcantil-PB, nos convida a refletir profundamente sobre a importância do perdão e da caridade na vida cristã. Ao iniciar sua reflexão, Dom Dulcênio destaca que Deus, em sua infinita bondade, constantemente nos oferece sinais e ensinamentos para guiar nosso caminho. No entanto, muitas vezes somos insensíveis a esses sinais e resistimos ao perdão, o que nos leva a situações de sofrimento, como ilustrado pelo exílio mencionado na primeira leitura.

O exílio – conforme ensinou – é um símbolo de sofrimento e perda de liberdade, representando a consequência da rebeldia do povo de Israel. O profeta Ezequiel, ao adotar o comportamento de um exilado, tentava demonstrar a gravidade da situação para o povo, que, ainda assim, não compreendeu a mensagem e continuou em sua obstinação. Essa rebeldia resultou em consequências dolorosas para o próprio povo, ilustrando a importância de reconhecer e seguir os sinais de Deus.

“Deus havia alertado, mas, o povo não o obedeceu. Desse mesmo modo, pode ocorrer conosco, quando não conseguimos perceber os sinais de Deus e não ouvimos o que os profetas de nossos tempos têm a nos dizer. A rebeldia de um povo resulta em consequências para ele mesmo. Para deixar de lado a rebeldia, temos que perdoar e pedir perdão”, pregou.

Ao voltar-se para o Evangelho, onde Pedro pergunta a Jesus sobre o número de vezes que deve perdoar alguém que peca contra ele. Dom Dulcênio destaca que, enquanto Pedro sugere um limite para o perdão, Jesus rejeita qualquer limitação. A caridade e o perdão devem ser ilimitados, assim como o perdão de Deus para conosco é infinito. A mensagem é clara: perdoar é uma condição essencial para quem se considera cristão, e a generosidade de Deus deve ser o nosso modelo.

“Jesus rejeita essas limitações. É preciso perdoar! Perdoar sempre e de todo coração! A caridade não reconhece limites, nem diminuições ou atenuantes. Ama-se e ama-se realmente e, portanto, ama-se sempre! A mensagem de Jesus é clara: Deus perdoa de forma incalculável, excedendo toda medida. Ele é assim, age por amor e gratuidade. A Deus não se compra, Deus é gratuito, é gratuidade. Não podemos retribuir-lhe, mas quando perdoamos o irmão ou a irmã, o imitamos. Perdoar não é uma boa ação que se pode fazer ou não: PERDOAR É UMA CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUEM É CRISTÃO”, disse.

Jesus usa a parábola do servo cruel para contrastar a generosidade divina com a falta de misericórdia humana. A mensagem é inequívoca: se queremos receber o perdão de Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos. A caridade, segundo os ensinamentos do Senhor Bispo, é inerente à natureza humana, e sem ela, nossas ações não têm valor. A falta de perdão pode fechar nosso coração para a presença de Deus.

“O Evangelho é claro: Deus não perdoará nossas graves e inúmeras ofensas para com Ele, se não perdoar os nossos irmãos, e as ofensas que eles nos fizeram. A caridade, meus irmãos, é inerente ao homem. Dizia Paulo: - Se não tiver caridade, de nada vale!”, pontuou.

Dom Dulcênio encerra sua homilia pedindo a intercessão de Maria, Mãe da Misericórdia, para que possamos acolher a graça de Deus e praticar o perdão em nossas vidas, sendo assim, um convite à introspecção e à transformação pessoal, lembrando-nos de que o perdão é não apenas uma boa ação, mas uma condição fundamental da vida cristã.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial 

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