Paróquia de Alcantil-PB celebra à sua Co-Padroeira Nossa Senhora da Assunção
Na noite desta quinta-feira, 15 de agosto, o Bispo Diocesano
de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu uma Missa em
preparação para a Festa da Co-Padroeira da Paróquia de São José, Nossa Senhora
da Assunção, em Alcantil. As festividades tiveram início no dia 14 e se
estendem até o dia 18, com procissão e missas.
Durante a celebração, Dom Dulcênio também ministrou o
Sacramento da Crisma para 60 pessoas, marcando um momento de grande importância
e alegria para toda a comunidade local, que compareceu em grande número.
O Bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre José de Arimatéa, que
o recebeu de forma calorosa e expressou sua gratidão pela presença pastoral e
pelo reforço na fé dos membros da paróquia.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio, proferida durante as festividades
da Copadroeira de Alcantil-PB, nos convida a refletir profundamente sobre a
importância do perdão e da caridade na vida cristã. Ao iniciar sua reflexão,
Dom Dulcênio destaca que Deus, em sua infinita bondade, constantemente nos
oferece sinais e ensinamentos para guiar nosso caminho. No entanto, muitas
vezes somos insensíveis a esses sinais e resistimos ao perdão, o que nos leva a
situações de sofrimento, como ilustrado pelo exílio mencionado na primeira
leitura.
O exílio – conforme ensinou – é um símbolo de sofrimento e
perda de liberdade, representando a consequência da rebeldia do povo de Israel.
O profeta Ezequiel, ao adotar o comportamento de um exilado, tentava demonstrar
a gravidade da situação para o povo, que, ainda assim, não compreendeu a
mensagem e continuou em sua obstinação. Essa rebeldia resultou em consequências
dolorosas para o próprio povo, ilustrando a importância de reconhecer e seguir
os sinais de Deus.
“Deus havia alertado, mas, o povo não o obedeceu. Desse mesmo
modo, pode ocorrer conosco, quando não conseguimos perceber os sinais de Deus e
não ouvimos o que os profetas de nossos tempos têm a nos dizer. A rebeldia de
um povo resulta em consequências para ele mesmo. Para deixar de lado a
rebeldia, temos que perdoar e pedir perdão”, pregou.
Ao voltar-se para o Evangelho, onde Pedro pergunta a Jesus
sobre o número de vezes que deve perdoar alguém que peca contra ele. Dom
Dulcênio destaca que, enquanto Pedro sugere um limite para o perdão, Jesus
rejeita qualquer limitação. A caridade e o perdão devem ser ilimitados, assim
como o perdão de Deus para conosco é infinito. A mensagem é clara: perdoar é
uma condição essencial para quem se considera cristão, e a generosidade de Deus
deve ser o nosso modelo.
“Jesus rejeita essas limitações. É preciso perdoar! Perdoar
sempre e de todo coração! A caridade não reconhece limites, nem diminuições ou
atenuantes. Ama-se e ama-se realmente e, portanto, ama-se sempre! A mensagem de
Jesus é clara: Deus perdoa de forma incalculável, excedendo toda medida. Ele é
assim, age por amor e gratuidade. A Deus não se compra, Deus é gratuito, é
gratuidade. Não podemos retribuir-lhe, mas quando perdoamos o irmão ou a irmã,
o imitamos. Perdoar não é uma boa ação que se pode fazer ou não: PERDOAR É UMA
CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA QUEM É CRISTÃO”, disse.
Jesus usa a parábola do servo cruel para contrastar a generosidade
divina com a falta de misericórdia humana. A mensagem é inequívoca: se queremos
receber o perdão de Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos. A
caridade, segundo os ensinamentos do Senhor Bispo, é inerente à natureza
humana, e sem ela, nossas ações não têm valor. A falta de perdão pode fechar
nosso coração para a presença de Deus.
“O Evangelho é claro: Deus não perdoará nossas graves e
inúmeras ofensas para com Ele, se não perdoar os nossos irmãos, e as ofensas
que eles nos fizeram. A caridade, meus irmãos, é inerente ao homem. Dizia
Paulo: - Se não tiver caridade, de nada vale!”, pontuou.
Dom Dulcênio encerra sua homilia pedindo a intercessão de
Maria, Mãe da Misericórdia, para que possamos acolher a graça de Deus e
praticar o perdão em nossas vidas, sendo assim, um convite à introspecção e à
transformação pessoal, lembrando-nos de que o perdão é não apenas uma boa ação,
mas uma condição fundamental da vida cristã.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial