No dia 13 de agosto, a Diocese de Campina Grande celebrou um momento significativo com a criação da nova Paróquia Senhor do Bonfim, localizada no Distrito de Jenipapo, momento histórico, pois a ereção canônica desta paróquia acontece no contexto do jubileu dos 75 anos da diocese. A Missa que marcou a ereção canônica contou com a presença de centenas de fiéis, incluindo caravanas das cidades de Caraúbas e Congo, além de diversos padres da diocese.

O evento também marcou a posse do primeiro pároco da nova paróquia, Padre Joseque Borges, que assume a liderança da comunidade que se desmembrou da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. A missa solene de criação da nova paróquia e posse do pároco foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que expressou sua alegria e satisfação em celebrar este importante marco para toda a diocese.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio na criação da Paróquia Senhor do Bonfim destaca a importância da paróquia como uma comunidade de fé e serviço. Ele enfatiza a necessidade de uma vivência autêntica da Palavra de Deus, a humildade como condição essencial para seguir a Cristo e o compromisso com o serviço aos outros. O Prelado também disse ser este evento um marco para a Diocese e uma resposta ao desejo da comunidade local.

Dom Dulcênio recorda que, desde sua chegada à Diocese, ele foi sensibilizado pelo desejo dos fiéis em Jenipapo de ter sua própria paróquia. Com a ajuda do Padre Haroldo, esse desejo foi formalizado e a estrutura necessária foi organizada. A comunidade se mobilizou e, finalmente, o Senhor da Messe enviou um sacerdote para cuidar pastoralmente dela. Isso sublinha o papel vital das comunidades na formação e crescimento da Igreja.

O Bispo destaca que a paróquia não é apenas uma divisão administrativa, mas uma comunidade de fé com um propósito específico. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a paróquia é uma “comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular,” e é fundamental para a vida litúrgica e catequética dos seus membros. Ela deve ser o local onde todos os fiéis se reúnem para a celebração da Eucaristia, o centro da vida cristã.

“Paróquia, diz o Catecismo da Igreja Católica, nos números 2179 e no final do número 2226: “A Paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como seu pastor próprio, sob a autoridade do Bispo diocesano. É o lugar onde todos os fiéis podem ser congregados pela celebração dominical da Eucaristia. “A Paróquia é a comunidade eucarística e o centro da vida litúrgica das famílias cristãs; ela é um lugar privilegiado da catequese dos filhos e dos pais” (CIgC, 2226). Por isso, paroquianos da nova Paróquia do Sr. do Bonfim, tomem consciência da importância do que hoje ocorre na comunidade que até então pertencia à Paróquia de N. Sra. De Fátima, e que se tornam paroquianos do Sr. do Bonfim”, citou.

Ao falar sobre a Palavra de Deus, destacou o Pão da Palavra e o Pão Eucarístico. Ele utiliza a visão do profeta Ezequiel, que deve engolir a Palavra, como uma metáfora para a assimilação da mensagem divina em nossa vida.

A Palavra de Deus, embora inicialmente doce, pode se tornar amarga quando verdadeiramente internalizada e praticada. Isso nos ensina que a verdadeira assimilação da Palavra exige um compromisso profundo e uma disposição para aceitar as dificuldades e desafios que ela nos impõe.

“Alimentados com estes dois tipos de alimentos, somos fortalecidos na fé para a missão, para o compromisso com Deus. Fazer com que a Palavra de Deus esteja amalgamada em nós de modo que o que vivemos e praticamos seja algo que brote das profundezas, de nosso ser em Deus. É essa a Palavra que, na hora, parece ser doce, mas que, no estômago, se torna amarga. Se nós vemos a Palavra de Deus apenas como algo doce, é sinal que ela ainda não foi assimilada no seu real significado. É preciso comprometer-se, e isso significa tomar a Palavra amarga”, disse.

Ao falar dos ensinamentos de Jesus sobre a necessidade de se tornar como crianças para entrar no Reino dos Céus. Este ensinamento sublinha a importância da humildade e da simplicidade, contrastando com a ambição e o desejo de status que os discípulos demonstravam. Jesus usa a imagem da criança para ilustrar a necessidade de uma fé pura e despretensiosa, que é essencial para seguir a Deus.

O Bispo conclui sua homilia exortando os paroquianos a não se sentirem superiores pela criação da nova paróquia. Em vez disso, eles devem se considerar servidores, seguindo o exemplo de humildade e serviço que Jesus exemplifica na parábola da ovelha perdida. Ele enfatiza a necessidade de cuidado e atenção a todos, especialmente aos mais necessitados, e reforça o alerta de Jesus para não menosprezar nenhum dos “pequeninos.”

“Que a comunidade do Sr. do Bonfim e as capelas que compõem a nova Paróquia se posicionem como servidores. Uma outra parábola, a da ovelha perdida e de novo encontrada, também nos indica a solicitude de Jesus pelos pecadores. Ressoe sempre o alerta de Jesus: “Guardai-vos de menosprezar um só destes pequeninos”, findou.

Sobre a nova Paróquia

A Paróquia está situada no distrito de Jenipapo, cuja região é limítrofe entre os munícipios de Campina Grande, Lagoa Seca e Puxinanã. Segundo informações da comunidade a igreja provavelmente foi construída entre 1935 e 1940; agora enquanto paróquia será formada pelas seguintes comunidades: Santo Isidro (na comunidade de Santo Isidro), Santa Rita de Cassia (na comunidade de Samambaia), Santa Clara (comunidade de Jenipapo), São Bento (comunidade de Pau ferro), a comunidade São Pedro e São Paulo (bairro dos Cuités) e a Matriz.

A criação da nova paróquia representa um novo capítulo para a comunidade de Jenipapo, fortalecendo a presença e a missão da Igreja na região.

Palavras do Padre Joseque

O jovem padre agradeceu publicamente a confiança que o Bispo depositou nele, e disse se esforçar para ser um servidor da nova comunidade, bem como disse contar com os fiéis no serviço pastoral.

Por: Ascom, com informações: Pascom Paroquial
Fotos: André Firmino