18º Domingo do Tempo Comum: “Tornemo-nos Aquele que recebemos”, pregou o Bispo de Campina Grande
Neste 18º Domingo do Tempo Comum, 04 de agosto, dia dedicado
aos Padres, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos,
presidiu a tradicional Missa do Lar na Catedral às 10h. A celebração contou com
a presença do Padre Luciano Guedes, o diácono Anderson, seminaristas e diversos
fiéis; pela manhã, mais cedo, o Bispo encerrou a Assembleia Regional de
Catequese, no Centro Marista de Formação, em Lagoa Seca-PB, encontro que reuniu
líderes da Catequese do Regional NE 2 da CNBB entre os dias 02 e 04. Já no final da tarde desde domingo, o Bispo presidiu a
Missa de encerramento no Congresso Diocesano da Renovação Carismática Católica.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio para este domingo trouxe por tema
"Tornemo-nos Aquele que recebemos", oferece uma rica interpretação
teológica e prática da Eucaristia, explorando três aspectos principais: O Valor
em receber Jesus; o Significado do Pão da Vida e o Chamado à transformação
pessoal.
Durante a homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre a figura de
Jesus como o Pão Vivo e exortou os fiéis a seguirem o exemplo de Cristo em suas
vidas, buscando se tornar mais semelhantes a Ele. Nas celebrações, destacou a
importância de viver os valores cristãos e fortalecer a fé através da comunhão
e da prática do amor.
Dom Dulcênio questionou inicialmente, o mérito de receber o
Corpo e o Sangue de Cristo. A questão central é se o recebimento da Eucaristia
é apenas um benefício espiritual ou se há uma transformação real e profunda que
deve ocorrer no comungante. Assim, o bispo sugere que, embora a Eucaristia seja
um presente gratuito de Deus, ela não deve ser encarada apenas como uma
recompensa ou um benefício, mas como um meio para a verdadeira transformação
espiritual.
“Quando comunga, o fiel une-se mais Àquele que recebe. Esta
união, porém, exige-lhe cada vez mais, além da santidade de vida, como um
louvor a Deus, estar-Lhe ainda mais unido, numa comunhão sempre mais crescente,
de maneira que, continuamente, alimenta-se e sacia-se de Deus, mas que anseia
tê-Lo mais. Este nosso desejo ardentíssimo que corresponde ao desejo mais
ardente de Deus por nós, e é o que podemos retribuir-Lhe por tão grande
caridade”, pregou.
O Bispo de Campina Grande destacou que a Eucaristia é um dom
puramente divino, sem mérito humano. Mesmo os santos não teriam direito a
comungar se não fosse pela misericórdia infinita de Deus. O Papa Leão XIII é
citado para sublinhar que a Eucaristia é um desejo ardente de união entre Deus
e a humanidade. Esta perspectiva reforça a ideia de que a Eucaristia é uma
expressão máxima da graça e do amor de Deus.
Ao comparar a fome física dos israelitas no deserto e a fome
espiritual do ser humano, o bispo explicou ser necessário um alimento eterno.
Assim como Deus forneceu o maná no deserto, Ele nos dá a Eucaristia para saciar
nossa fome mais profunda, aquela que anseia por um sentido duradouro e uma
conexão eterna com Deus.
“Certeza maior do que a fome do homem é a saciedade à qual
Deus, em Si mesmo, nos convida. Os interlocutores de Jesus caíram na mesma
tentação dos seus antepassados no deserto; a humanidade atual também vai no
mesmo pensamento: todos querem um Deus que lhes seja útil; esperam um Deus
subserviente. E Ele, superando as nossas expectativas, impelindo-nos à fé,
oferece-nos, gratuitamente, a Si mesmo como manjar de inigualável sabor (cf. Sb
16,20), que dá sentido a todos os âmbitos do ser humano”.
O Bispo concluiu a sua homilia lembrando que ao receber o
Corpo e o Sangue de Cristo, somos chamados a nos tornar o que recebemos,
vivendo de acordo com os ensinamentos e o exemplo de Cristo, e permitindo que
nossa vida seja um reflexo do amor e da santidade de Deus.
Por: Ascom
Fotos: Comissão de Catequese do Regional, Pascom Catedral e Ministério de
Comunicação Social da RCC com Pascom Diocesana
Momentos da Assembleia Regional de Catequese:
Missa do Lar na Catedral às 10h:
Santa Missa no Congresso Diocesano da Renovação Carismática Católica: