439ª Festa de Nossa Senhora das Neves: Bispo de Campina Grande-PB preside 5º Dia do Novenário
A 439ª Festa de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa-PB,
tradicional celebração religiosa, teve início no último dia 27 de julho e se
estenderá até 05 de agosto. O novenário, que acontece em homenagem à padroeira
da Paraíba, conta com uma programação repleta de atividades e momentos de
devoção.
Nesta terça-feira, 31 de julho, a celebração na Catedral
Basílica de N. Sra das Neves, contou com uma participação especial. Pela
primeira vez, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande,
presidiu a Missa e a Novena da padroeira, marcada por ser o quinto dia do
novenário. A noite foi dedicada à Forania Urbana Sul, ao Movimento das Mães que
Oram por Seus Filhos, à Missão Lançai as Redes, e às Comunidades Adorai, Menino
Jesus e Resgatar.
Dom Dulcênio expressou sua alegria e gratidão por ter a
oportunidade de presidir a novena cumprimentando o Pároco da Catedral, o Monsenhor
Robson Bezerra, o Coordenador de Pastoral, Padre Márcio, demais clérigos e o
povo de Deus pela acolhida. O Bispo de Campina Grande também agradeceu ao Arcebispo
da Paraíba, Dom Manoel Delson e ao bispo auxiliar, Dom Alcivan Araújo pelo
convite.
Homilia
O Bispo de Campina Grande pregou a sua homilia dividindo a
reflexão em dois momentos: primeiro, fala sobre o valor da pessoa para Deus,
com metáfora da pérola e do tesouro; aborda a necessidade de uma Renovação
Espiritual ao falar sobre a crise enfrentada por Jeremias, sendo um convite
para manter uma relação mais profunda com Deus.
“Deus não tranquiliza a luta de Jeremias. Antes, a condena
como “vil”. Nisto, o profeta poderia se perguntar: Por que se tornou eterna
minha dor? O Senhor lhe responde: “Se te converteres, converterei teu coração,
para te sustentares em minha presença.” Por que? Porque o Senhor o quer perto.
Próximo! Percebemos que a teologia da cena está em Deus “chamar” Jeremias (mais
uma vez) e alertá-lo de que ele é valioso; e sua fala é o campo valioso;
perolado”, disse.
No Evangelho, a metáfora da pérola de grande valor, cujo o
texto relata que Jesus, ao comprar o campo com a pérola, representa a aquisição
de algo de valor inestimável — o coração do homem. A pérola simboliza a grande
importância e o valor inestimável que cada indivíduo tem para Deus. Já a
comparação com o tesouro escondido no campo reforça a noção de que o Reino dos
Céus é algo valioso e digno de renúncia total para sua aquisição.
“Não tenhamos dúvidas de que somos a pérola de mais alto
grau, em importância para Deus! Afinal, o homem é a excelência dentre toda a
sua criação. E que beleza didática e tão pedagógica de Jesus ao ensinar (a
partir duma espécie parabólica) que o Reino dos Céus (que era seu objetivo de
instrução) é como um tesouro escondido num campo”, pregou.
Na segunda parte da sua homilia, o Bispo de Campina começou a
falar sobre o Papel de Maria, destacando-a como Mãe e Modelo da Igreja. Dom
Dulcênio disse que Maria acreditou no cumprimento das promessas de Deus antes
mesmo de seu cumprimento, e sua fé e aceitação são apresentadas como um exemplo
de total confiança em Deus. Ele menciona a importância de Maria como Mãe da
Igreja e como ela marca o Povo de Deus com suas virtudes e presença maternal.
“Maria, é Mãe e Modelo da Igreja, porque quando veio a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher,
submetido à Lei Mosaica. A Virgem, “ícone perfeito da fé”, acreditou que nada é
impossível para Deus e tornou possível que o Verbo habitasse entre os homens.
Ela foi a possibilidade doada por Deus. E como modelo da Igreja, Maria, segundo
a Lumen Gentium, efetivamente, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de
Deus Redentor”, disse.
Também abordou a relação entre Maria e a Igreja, enfatizando
a íntima ligação, não apenas como mãe de Jesus, mas também como modelo e
intercessora para os fiéis. Ela é descrita como a Imaculada, a Mãe da Igreja, e
seu papel é visto como essencial na vida da Igreja. Dom Dulcênio destaca a
veneração única e especial que Maria recebe, e como ela orienta e conduz a
Igreja com amor e dedicação.
“Trata-se de uma presença feminina, que cria o ambiente de
família, o desejo de acolhimento, o amor e o respeito à vida. É presença,
sacramental dos traços maternais de Deus. É uma realidade tão profundamente
humana e santa que desperta nos crentes as preces da ternura, da dor e da
esperança. E pelas suas singulares graças e funções, está também, a Virgem,
intimamente ligada à Igreja: na ordem da fé, da caridade e da perfeita união
com Cristo, como já ensinava Santo Ambrósio; e como ícone, é a pessoa que se
destaca e se distingue em relação às demais, com efeito, no mistério da Igreja,
a qual é também com razão chamada Mãe e Virgem”, pregou.
Por: Ascom
Fotos: Equipe de Comunicação da Festa da Padoeira e Assessoria da Arquidiocese da PB


























