Bispo Preside Missa e Crisma de mais 120 jovens e adultos na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Monteiro-PB
O Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, esteve na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Monteiro-PB, onde
crismou 125 jovens e adultos na tarde deste sábado, 27. O Pároco, Padre Isaías,
expressou sua alegria em contar com o Pastor Diocesano para este momento
significativo na vida da comunidade.
Nesta Missa, Dom Dulcênio rezou a liturgia do XVII Domingo do
Tempo Comum, e em sua homilia, refletiu sobre o milagre da multiplicação dos
pães e peixes, realizado por Jesus, destacando a importância da partilha e da
generosidade. Ele enfatizou a necessidade de viver uma vida de serviço, atenção
ao próximo e desprendimento, seguindo o exemplo de Cristo.
A reflexão pregada por Dom Dulcênio, centrou-se na
generosidade divina e na resposta humana à compaixão de Deus, especialmente à
luz do milagre da multiplicação dos pães e peixes. No primeiro momento, o bispo
citou o Salmo Responsorial que destaca a providência de Deus em prover alimento
a todas as criaturas.
Ao meditar no Evangelho do dia, que descreve a multiplicação
dos pães e peixes por Jesus, explicou que a multiplicação é apresentada como um
ato de compaixão divina, não apenas um milagre de poder. Jesus faz isso porque
Se compadece da multidão que o segue.
“Há quanto tempo aquela gente o seguia? Por que o Senhor
esperou as proximidades da Páscoa para prodigalizar a multiplicação dos pães? E
uma terceira questão: por que temos notícias, pelos Evangelhos, de que tal
prodígio somente se deu nalgumas vezes (sendo mais pontual, em duas)? De
antemão, já afirmo: toda esta passagem, os gestos de Jesus inclusive, são
pedagógicos, oferecendo lições validamente profundas para a nossa vivência
cristã”, refletiu.
E continuou: “O Senhor multiplicou os cinco pães e os dois
peixes, primeiramente, porque é Deus. E, por este dado, não pensemos que haja
uma alusão somente ao Seu poder; antes, Jesus realiza tal milagre por compaixão
da multidão que o seguia. A compaixão é filha da caridade. Porque Deus nos ama,
Se compadece de nós”.
Conforme disse, a multiplicação dos pães ocorre nas
proximidades da Páscoa judaica. A Páscoa é um tempo de libertação e redenção, e
a multiplicação dos pães é vista como um preâmbulo do mistério da Eucaristia,
que será instituído na Última Ceia. Assim, o milagre aponta para a Eucaristia,
onde Jesus oferece Seu Corpo e Sangue como alimento espiritual para a vida
eterna. A multiplicação é um sinal da abundância e da generosidade divina,
antecipando o banquete eterno da Páscoa cristã.
“O Senhor não quer somente alimentar o corpo; antes e
sobretudo, deseja alimentar o espírito humano. Destarte, vislumbramos que a
Eucaristia é fruto da compaixão eterna de Deus, que, prodigamente, farta-nos
com a Sua vida divina, com a Sua glória. A Eucaristia é prova do amor de Deus,
que Se imola, única, repetida e misteriosamente, em nosso meio, antecipando-nos
a eternidade”, pregou.
O fato de Jesus realizar a multiplicação dos pães apenas duas
vezes, segundo Dom Dulcênio, não indica limitação divina, mas sim um ponto de
ensino teológico. Essas multiplicações são sinais da providência contínua de
Deus, que se manifesta através da Eucaristia e das obras de caridade dos cristãos.
A generosidade de Deus é constante, e a nossa participação na providência
divina é através da caridade e da partilha.
“O Senhor, movido por Seu amor, sempre realiza tão grande
mistério: eminentemente, pela Eucaristia, como já aludimos; mas, também, o realiza
por Sua providência que, dentre as formas em que acontece, passa pela atitude
de partilha dos cristãos. Sim, a caritativa exercida por nós é fruto da
Eucaristia, ao tempo em que somos canais da ação providente de Deus na vida de
tantos e tantos”, frisou.
Em suma, o bispo conclama a todos a viverem a caridade de
forma concreta e generosa, inspirados pela providência e pelo amor de Deus. Ao
reconhecer a presença divina em nossas ações de partilha e ao responder ao
chamado da Eucaristia, somos chamados a ser canais da misericórdia divina no
mundo, contribuindo para a salvação e o bem-estar dos nossos irmãos: “Vivamos a
caridade, confiando sempre na bondade e na palavra do Senhor, reconhecendo em
nossos gestos a ação misericordiosa de Deus em favor da salvação integral dos
homens”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial