Nas festividades da Paróquia de São Cristóvão, comunidade acolhe Bispo em mais uma noite de Novenário
Com o tema "Com São Cristóvão seguros caminhamos pelas
estradas da vida!", teve início no último dia 20 e prossegue até 28 de
julho de 2024 a festividade em honra a São Cristóvão na Paróquia de São
Cristóvão, no bairro do Centenário, em Campina Grande. O santo, padroeiro dos
motoristas, viajantes e peregrinos, tem sido venerado com novenas e missas
diárias às 19h30, seguidas por quermesses e atrações musicais.
Nesta quarta-feira, 24 de julho, o bispo diocesano Dom
Dulcênio Fontes de Matos marcou presença nas celebrações, destacando em sua
homilia o legado de São Cristóvão. Em um momento de alegria e reencontros, o
bispo expressou sua felicidade em retornar à paróquia, encontrando seus
diocesanos, clérigos, o Padre Van Victor, além de parabenizar o Diácono Marcelo
pelo seu aniversário.
Na homilia pregada, o bispo exortou os fiéis a seguirem o
exemplo de São Cristóvão através da prática da caridade e da receptividade à
palavra de Deus, preparando seus corações para acolher e frutificar na fé e na
vida cristã.
A primeira reflexão contida na homilia do bispo, disse
respeito ao modelo de caridade que São Cristóvão desenvolveu ao longo da sua
vida, levando-o a reconhecer em cada pessoa como um irmão em Cristo. Cristóvão,
foi um homem desejoso por servir a Deus, a sua história mostra que mesmo
aqueles que se sentem incapazes de servir a Deus podem encontrar um caminho
através da caridade e da misericórdia.
“Muitas vezes achamos que não temos dons e talentos para
servir a Deus, embora tenha vontade. Foi o que aconteceu com São Cristóvão,
desejoso para servir a Deus, procura a orientação de um Padre eremita, e este
deu-lhe um conselho, de se entregar a Jesus Cristo. “De que maneira hei de
servir a esse Senhor?”. Perguntou Cristóvão. A resposta foi essa: “Jejuando, rezando
e meditando”. O “gigante” Cristóvão objetou: “Jejuar não aguento, e para rezar
e meditar jeito não tenho”. “Pois bem”, replicou o eremita: “Pratica então
obras corporais de caridade e misericórdia”. Orientou: Aqui perto passa o rio.
Não há ponte, e muita gente morreu afogada, quando tentava atravessar a água
que é funda. Oferece os teus serviços àquela pobre gente”, pregou.
E continuou: “Cristóvão imediatamente depôs as armas, pois
era um soldado, e entrou no serviço da Caridade, atendendo os viajantes, quer
de dia, quer de noite. Por atender os viajantes, se tornou o patrono dos
motoristas. Como vemos, podemos tirar conclusão, Deus não desiste de nós.
Cristóvão, servindo os irmãos, serve a Jesus Cristo”.
Ao refletir as leituras propostas pela liturgia, Dom Dulcênio
destacou a importância de ouvir os ensinamentos dos profetas e entender as
parábolas de Jesus. As parábolas são ferramentas que facilitam o entendimento
espiritual, especialmente para aqueles que buscam sinceramente a sabedoria
divina.
Ao explicar a parábola do semeador, enfatizou como diferentes
tipos de solo (corações) respondem à palavra de Deus de maneiras diversas.
Conforme orientou o Pastor Diocesano, faz-se necessário preparar nossos
corações para que a palavra divina possa frutificar plenamente em nós.
Ao final, ressaltou a importância de seguir o exemplo de São
Cristóvão na prática da caridade e na abertura para a palavra de Deus,
convidando os fiéis para acolherem e viverem a mensagem do Evangelho em suas
vidas cotidianas.
“É preciso preparar a terra, ou seja, o coração, abrir o
nosso sulco, para que ele possa semear sua palavra e, portanto, é preciso
apresentar um espírito sensível a essa palavra. Talvez a cada um de nós diga
Jesus, neste momento, o mesmo que disse então aos que o enfrentavam: “Aquele
que tem ouvidos...” aquele que tem boa vontade para ouvir, aquele que estiver
disposto não tanto a julgar, e sim em receber o que Deus queira oferecer-lhe,
aquele que tiver a limpeza suficiente de coração, para merecer que o Espírito
de Deus o ilumine, esse entenderá a exemplo de São Cristóvão a palavra de Deus
vida”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial