Bispo preside Missa na Festa de Nossa Senhora do Carmo, em Puxinanã e na Fazenda do Sol

Atualizado em 16/07/24 às 22:5310 minutos de leitura143 views


Neste dia 16 de julho, a Igreja celebrou com fervor a Memória Litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, conhecida como Nossa Senhora do Carmo. As festividades foram marcadas por duas celebrações presididas pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos.

Pela manhã, na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Puxinanã-PB, o Bispo foi calorosamente recebido pela comunidade paroquial. A Missa festiva foi concelebrada pelo Pároco, Padre Antônio Araújo, e contou com a participação do diácono José Ancelmo. Em sua reflexão, o Bispo destacou a importância e a grandeza de Nossa Senhora, sendo um momento rico repleto de devoçaõ e fé.

Homilia

Ao pregar neste dia especial, na Festa de Nossa Senhora do Carmo, Dom Dulcênio Fontes de Matos refletiu de maneira profunda sobre o papel de Maria na fé cristã e sua influência como modelo de obediência e humildade. O prelado destacou Maria como a perfeita seguidora de Jesus, alguém que fez da vontade de Deus a sua própria vontade, cooperando assim na obra da salvação da humanidade.

“Na Anunciação, mesmo perturbada e não sabendo como o que fora revelado pelo anjo ia acontecer, Maria respondeu com fé: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). A partir do consentimento de Maria, da sua obediência e seguimento, pois se fez serva, a Palavra se fez carne em seu ventre. Mesmo diante das incertezas, das possíveis reprimendas, Maria aderiu ao projeto de Deus, fez da vontade de Deus a sua vontade, e colaborou diretamente na obra da salvação da humanidade”, disse.

Dom Dulcênio também conecta Maria com as profecias do Antigo Testamento, onde se esperava o dia em que Deus habitaria no meio de seu povo. Maria foi escolhida para ser a mãe de Jesus, o meio pelo qual Deus realizaria sua promessa de salvação. Ele destaca a humildade de Maria, sua aceitação da vontade divina sem soberba ou orgulho.

“Toda a criação, e modo especial, todo o gênero humano, aguardava o dia bendito em que Deus habitaria em seu meio. Os povos de todos os tempos, desde a queda dos primeiros pais, ansiavam pela reconstituição da harmonia que fora abalada. Era essa a feliz esperança que movia Israel, e quando este dia acontecesse, todos se alegrariam no Senhor, conforme atesta a profecia de Zacarias: “Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor” (2,14). Ó que dia feliz! Que dia de exultação quando o Senhor levantou-se de sua santa habitação e armou sua tenda entre nós”, pregou.

Capela do Carmo na Fazenda do Sol

À noite, a mais uma celebração foi realizada, desta vez, na Capela de Nossa Senhora do Carmo na Fazenda do Sol, localizada na BR 230, saída para João Pessoa. Este dia foi duplamente especial, pois além da comemoração da Memória Litúrgica, a Fazenda do Sol celebrou seu 23º aniversário de missão. O Bispo, junto ao Padre Sérgio, responsável pela Fazenda, e o diácono Marcelo, agradeceram a Deus durante a Missa, em uma celebração que reuniu os moradores da comunidade, benfeitores e todos os envolvidos na missão da Fazenda do Sol.

Homilia

Ao meditar com os fiéis na Fazenda do Sol, Dom Dulcênio enfatizou a importância da intercessão de Maria na vida dos fiéis, encorajando todos a invocá-la para alcançar a plenitude da vida em Cristo. Assim, ele destacou não apenas a figura histórica e bíblica de Maria, mas também seu papel contínuo como modelo de fé e obediência para os cristãos de hoje.

Toda a reflexão foi convite à reflexão pessoal dos fiéis sobre suas próprias vidas, questionando se estão conformando suas vontades à vontade de Deus e se estão mantendo-se humildes diante dos desafios e realizações na vida cristã. Dom Dulcênio pediu que todos seguissem o exemplo de Maria, a serva obedientíssima, e que sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo, possam trilhar o caminho que leva a Cristo.

“Na plenitude dos tempos, Deus enviou o anjo à casa de Joaquim e Ana, a uma moça chamada Maria, noiva de José, aquela que foi escolhida entre todas as mulheres da terra para esta santa missão. Maria, como serva obedientíssima, renunciou a sua vontade a abraçou a vontade de Deus, sendo fiel por toda a sua vida. Diante de tão grande missão, mesmo o Senhor tendo realizado nela tantas maravilhas, Maria permaneceu como humilde serva”, instruiu.

E prosseguiu: “Temos conformado a nossa vontade a vontade de Deus? Quando abraçamos o projeto de Deus para nossa vida (cristãos leigos, catequistas, seminaristas, religiosos, padres, bispos), permanecemos como servos ou a soberba sobe à nossa cabeça?”

Os 23 anos da Fazenda do Sol

O Bispo também expressou gratidão pelos 23 anos da Fazenda do Sol, uma obra que demonstra o compromisso da Igreja em ajudar aqueles que mais precisam, refletindo a caridade cristã exemplificada pela parábola do Bom Samaritano.

“Rendemos graças a Deus pelos 23 anos da Fazenda do Sol. Louvo a Deus pela existência desta obra em nossa Diocese, que tanto contribui em nossa Campina e seus arredores. O serviço da Fazenda do Sol demonstra que a nossa Igreja não é indiferente àquele que sofre e precisa de ajuda, mas como Samaritana da humanidade, está perto daqueles que mais precisam.

Aos membros e benfeitores desta casa, lhes dedico um trecho da mensagem do Papa Francisco à Fazenda da Esperança: “Vocês reconheceram a Cristo, que lhes dizia: eu era escravo das drogas e vocês me acolheram para me dar, novamente, a esperança e me fazer entender que uma nova vida é possível”. Obrigado pela doação de todos!”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial de Puxinanã-PB e Amadeu Neto e Penélope Vieira 

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