O Clero Diocesano de Campina Grande encerrou nesta sexta-feira (12) seu Retiro anual de Espiritualidade realizado no Convento de Santo Antônio, em Ipuarana, Lagoa Seca-PB. O evento teve início na última segunda-feira (08) e reuniu a maioria dos Padres Diocesanos e religiosos desta Igreja Particular.

O retiro foi marcado pela presença e orientação espiritual do Arcebispo Emérito do Ordinariato Militar, Dom Osvino, que conduziu meditações sobre a importância da vida, da missão e do chamado sacerdotal. Dom Dulcênio, Bispo de Campina Grande, também esteve presente, participando ativamente das atividades de oração e reflexão.

Ao final do retiro, Dom Dulcênio expressou sua gratidão pela presença amiga e santificadora de Dom Osvino, seu irmão no episcopado, destacando a profunda importância desses momentos de recolhimento espiritual para a vida e a missão dos clérigos diocesanos.

Santa Missa de encerramento

Na homilia proferida pelo Bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio, na Santa Missa de encerramento do retiro do clero, a reflexão girou em torno da Eucaristia e da vida espiritual para os sacerdotes.

Em um primeiro ponto, Dom Dulcênio destacou que os dias do retiro anual podem ser entendidos como um tempo de graça, uma vez que se tratou de um período de recolhimento do dia-a-dia frenético, onde os sacerdotes renovaram suas forças espirituais e se fortaleceram para a missão.

“Depois de um ano com tantas atividades em vista das celebrações jubilares, dedicamos esses dias à meditação e contemplação. O convento Ipuarana, nesta semana, tornou-se para nós o Monte Tabor, pois aqui o Senhor Jesus nos trouxe para fortalecer a nossa esperança, para revigorar-nos a fim de enfrentar as dificuldades da missão e, porque não, para nos lembrar que nosso ministério está ligado a Ele e, sem Ele, nada podemos fazer”, disse.

Também refletiu sobre o chamado pessoal de cada Padre, destacando com eles cada momento da caminhada, do sim dado ao Sacerdócio, e como esta resposta positiva ao Amor de Deus, foi capaz de torna-los padres.

“Caros padres, caros filhos, nunca esqueçam que os senhores foram chamados por Deus pelo nome, na sua individualidade, “tirados do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus” (Hb 5,1). Lembrem-se dos vários momentos que cada um foi chamado pelo nome na liturgia, aos quais respondestes “Presente!”: nos ministérios, na admissão às ordens sacras e, finalmente, nas ordenações. Deus nos chamou e nós respondemos ao seu chamado assim como fizeram os apóstolos, deixamos tudo pelo Tudo, pois a missão para a qual Ele nos chama exige coração indiviso”, refletiu.

Ainda em sua homilia, o bispo falou da importância da unidade sacerdotal, da comunhão em torno do Pastor, e da comunhão como um todo; também pediu perseverança e confiança em Deus, frente às dificuldades que surgem no ministério.

Por fim, reforçou aos padres a prudência, vigilância para seguir firmes na missão, buscando sempre orientação divina através da oração e desejou que retornem as suas comunidades paroquiais cheios da graça de Deus.

“Fujamos do pecado que nos adverte o profeta Oséias, de endeusar o produto de nossas mãos, de confiamos desmesuradamente em nossas capacidades, de esquecermos que estamos a serviço de Deus, do seu Reino. Jesus, antes de realizar grandes feitos, sempre se dedicava a oração.  Antes de traçar métodos pastorais, de elaborar esquemas, não esqueçamos de rezar, de pedir a iluminação divina”, disse.

E concluiu: “Se aproxima o momento de descermos a montanha. Revigorados pela graça de Deus, retornaremos aos nossos ofícios confiantes, cheios de esperança. O Espírito de Deus há de guiar os nossos passos, as nossas ações; é preciso, no entanto, que sejamos dóceis às suas inspirações!”.

Por: Ascom
Fotos: Rafael Augusto