Missa na Catedral é marcada pela Admissão às Ordens Sacras de 5 seminaristas que serão ordenados diáconos

Atualizado em 07/07/24 às 16:139 minutos de leitura148 views


Neste domingo (07), a Catedral de Campina Grande acolheu fiéis para a tradicional Missa do Lar, presidida por Dom Dulcênio, Bispo da Diocese. A celebração contou com a participação do Padre Mércio Aurélio, Vigário da Catedral, acompanhado pelo diácono Ricardo e Anderson. Também estiveram presentes os padres, Padre Fernando(Garanhuns), Padre Vinícius (Patos), Padre Rafael (Nazaré da Mata).

A Missa do 14º Domingo do Tempo Comum foi marcada por um momento de profunda significância: a admissão das Ordens Sacras de cinco seminaristas que em breve serão ordenados diáconos, cerimônia agendada para o próximo dia 05 de agosto. Os seminaristas Adriel Falcão, Lucas Pereira, Israel Pedro, Humberto Carneiro e Roberto Neves que foram admitidos a Ordem Sacra durante a celebração.

Destacando-se ainda mais, a Missa contou com a ilustre presença da Infância e Adolescência Missionária (IAM) do Regional NE 2 da CNBB. Desde a última sexta-feira, a IAM esteve reunida em Campina Grande para o Primeiro Pré-Congresso Interestadual da IAM, cujo objetivo foi fortalecer laços e preparar-se para o Encontro Nacional em setembro, em Aparecida-SP.

A IAM, na manhã deste domingo, promoveu um ato público na Praça Clementino Procópio, no centro de Campina Grande, com o intuito de levar a mensagem evangelizadora a todos os presentes, da praça seguiram com destino à Catedral.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio na Missa na Catedral abordou o tema da coragem profética com profundidade teológica e pastoral. Inicialmente, o bispo destacou que todos os batizados são chamados a serem profetas, conforme a unção recebida no sacramento do Batismo. Essa unção não é apenas um rito simbólico, mas uma consagração para sermos portadores da mensagem de Deus no mundo

“O que profetizar? O termo profecia, na sua generalidade, origina-se no grego propheteía, significando a capacidade de interpretar o desejo dos deuses para um povo, liderando-o, sendo formada pela junção das palavras prophetes (à frente) e phanai (falar). Trazendo para o contexto teológico judaico-cristão, profetizar é uma missão encarregada pelo próprio Deus para alguém que deve, na obediência e na fidelidade ao conteúdo revelado, orientar, denunciar e esperançar o povo de Deus”, explicou.

Nesse sentido, instruiu que Jesus é o Profeta por Excelência, Profeta Supremo, cuja vinda cumpre todas as profecias do Antigo Testamento. Ele não apenas recebe a unção divina, mas é Ele próprio a fonte da unção e da mensagem profética.

“Ele é a Palavra de Deus e, portanto, o Profeta por excelência. Ele é o objeto da profecia do Antigo Testamento, de maneira que todos os profetas falavam inspirados, tendo em vista a Sua misericórdia para conosco, e, simultaneamente, Ele é o motivo para que, Nele, profetizemos, porque participamos do Seu múnus profético; Nele, profetizamos com autoridade”, disse.

Outro ponto trazido por Dom Dulcênio em sua reflexão, diz respeito à rejeição que Jesus enfrentou em Nazaré, onde os habitantes questionaram sua autoridade e não o acolheram. Isso serve de advertência aos cristãos sobre a possibilidade de enfrentarem rejeição ao profetizar em nome de Deus.

“Pensem: se com o Senhor, cujas palavras são de vida e salvação, foi assim, deveremos esperar algo melhor para nós, que agimos em Seu Nome? Não. Porém, cabe-nos profetizar em nome de Deus, fazendo jus ao encargo divino que recebemos naquele magno dia do nosso Batismo; porque, se não fizermos, “as pedras clamarão” (Lc 19,40; cf. Hab 2,11) em nosso lugar”, pregou.

E seguiu: “Porém, não nos iludamos com os aplausos do mundo para a nossa profecia. Na sua conveniência, no seu oportunismo, o mundo quer escutar o que lhe afague o ego. Daí, observamos que os pastores da Igreja aplaudidos pelo mundo, como se estivessem numa plateia, são aqueles que apresentam um pseudo-deus, um abobalhado como abobalhados eles são. O sacerdote, seja ele quem for, não deve se anunciar, mas falar de Cristo, da Sua misericórdia que não dispensa a radicalidade de uma vida arraigada Nele. O mundo, conveniente e oportunista como é, odeia a mensagem da Cruz”.

O Bispo, ao final da sua homilia, encorajou os fiéis a não se intimidarem diante das dificuldades e a permanecerem fiéis ao chamado profético, mesmo que isso signifique enfrentar oposição e incompreensão, lembrou ainda da responsabilidade que é profetizar em nome de Deus, mesmo diante das adversidades e das possíveis consequências negativas.

“Não mensuremos os frutos do nosso apostolado, da nossa profecia pelos sucessos terrenos: tudo passa... Mas, o que fizermos façamo-lo bem, não para agradar aos homens, mas com intuito único de agradarmos a Deus, de correspondermos ao que Ele espera de nós, ainda que isso nos custe, e nos custe o alto preço da nossa vida. Não nos acovardemos!”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana 

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