Tem início a Escola Regional de Formação para Catequistas da CNBB NE 2

Atualizado em 05/07/24 às 00:227 minutos de leitura266 views


A Escola Regional de Formação de Catequistas da CNBB Nordeste 2 – Irmã Igara Lemos Gibson (Ir. Visitatio), deu início nesta quinta-feira, 04, a um novo módulo de capacitação para agentes que atuam em diversas dioceses e arquidioceses do Nordeste brasileiro. Este módulo específico está ocorrendo no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca (PB), e oferece aulas presenciais em cinco disciplinas para um total de 140 participantes.

O módulo de formação está programado para ocorrer até sábado (6), e além das aulas, os participantes terão momentos de espiritualidade, incluindo a celebração da Santa Missa presidida por dom Dulcênio Fontes de Matos, bispo da Diocese de Campina Grande (PB) e referencial para a Comissão Regional para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB NE 2.

Do grupo de inscritos, 118 estão participando das disciplinas "Marcos Celebrativos do Catecumenato", "Catequese e Liturgia", e "Catequese Mistagogia e Eucaristia: fonte de vida e missão". Estas aulas serão ministradas pelos padres Elison Silva, José Jorge Santos Rodrigues e José Marcondes Neves.

Além disso, há 22 alunos que já concluíram etapas anteriores da escola e estão participando do Curso de Aprofundamento Catequético. Nesta edição, eles estão estudando as disciplinas "A oração na Igreja Católica" e "O Vaticano II – História e Significado para a Igreja", com a orientação dos padres João Afonso da Silva e Henrique Gustavo Ferreira Leal.

Foram acolhidos por Dom Dulcênio, catequistas das Arquidioceses da Paraíba, Olinda e Recife e de Maceió, e das Dioceses de Caicó, Cajazeiras, Campina Grande, Caruaru, Garanhuns, Mossoró, Nazaré, Palmeira dos Índios, Patos, Penedo, Pesqueira e Salgueiro.

Santa Missa e Homilia

A Escola teve abertura com uma Missa presidida pelo Bispo Referencial para a Catequese no Regional, Dom Dulcênio Fontes de Matos, concelebrada pelos Padres Elison e Romário, com assistência do diácono Tributino; o bispo falou da sua alegria em estar junto aos catequistas do Regional e na homilia chamou atenção para a importância de Catequizar e Evangelizar, sempre.

Na homilia de Dom Dulcênio para a Escola de Catequistas, o Bispo referencial, refletiu sobre a importância da catequese e da evangelização em um contexto marcado pela indiferença religiosa e por desafios contemporâneos.

Dom Dulcênio inicia elogiando a coragem dos catequistas, destacando que não é fácil exercer essa função em um mundo cada vez mais indiferente à religião. Ele faz referência à indiferença religiosa crescente, que torna o trabalho de evangelização desafiador.

Ao refletir sobre as leituras bíblicas, como o exílio anunciado pelo profeta Amós e as críticas dos escribas às ações de Jesus no Evangelho. Estas reflexões motivaram questionamentos se  situações semelhantes ainda ocorrem nos dias atuais, como por exemplo a indiferença religiosa tanto dentro quanto fora da Igreja.

“Nós nos contentamos com quem já evangelizamos e catequizamos. E como fica os que estão afastados de Deus? Dizia o Papa Pio XI: “Quando se vê uma igreja cheia, é preciso pensar na multidão dos ausentes! ”. Muitos se dizem católicos, respeitam a religião, recebem o batismo, acatam, quem sabe, o padre, o bispo, o religioso, a religiosa, o catequista, a catequista, mas... vão à Igreja, a não ser raramente, no Natal, na Semana Santa, na festa do Padroeiro, na Missa de sétimo dia...”, refletiu.

O Bispo de Campina Grande-PB, enfatizou que a fé cristã não admite meio-termo: ou se está comprometido com a graça de Deus ou não. Ele alerta contra o relativismo e o pluralismo que podem minar o compromisso genuíno com os ensinamentos cristãos.

“Amados Catequistas, é urgente, hoje, educar as consciências nesta concepção, saiamos do superficialismo, do relativismo. O cristianismo é fé sobre natural: o dogma da adoção divina, faz dele a Religião da graça. Ora, o estado de graça não admite posição intermediária: ou se está na graça de Deus ou não se está. Esta é a concepção cristã, incompatível com o absentismo, ou seja, abandonar os deveres, dos indiferentes. Renunciar o espírito de luta, em troca, por exemplo, de pluralismo e pseudo-ecumenismo, de permissividade doutrinária e moral – renunciar, digo, ao espírito de Cristo, que é espírito de luta, significaria a morte para a religião cristã no mundo atual. Daí, amados catequistas, a tremenda responsabilidade de todos nós catequistas, pastores, evangelizadores”, disse.

Por fim, o bispo reforçou que o trabalho de catequese não se limita a frequentar a igreja, mas deve ser uma norma de vida que abrange todas as áreas da existência. Ele cita São Paulo ao enfatizar a importância de evangelizar em todos os momentos e situações da vida.

Sobre a Escola

A Escola Regional de Formação de Catequistas – Irmã Igara Lemos Gibson, também conhecida como Ir. Visitatio, foi estabelecida em 2013 com o propósito principal de capacitar catequistas e coordenadores que desempenham papéis formativos na catequese, especialmente dentro do contexto catecumenal. A escola oferece um programa composto por quatro módulos, totalizando 120 horas/aula de formação teórica e prática.

Os alunos participam de dois encontros presenciais por ano, realizados em janeiro e julho, além de desenvolverem atividades de pesquisa e aprofundamento em suas próprias dioceses ou arquidioceses. Esta parte complementar do curso adiciona mais 150 horas/aula à carga horária total do programa.

Ao longo de uma década de atividade, a escola alcançou um marco significativo ao formar mais de 2 mil catequistas que representam as 21 dioceses do Regional Nordeste 2. Esse impacto demonstra o compromisso da escola em fortalecer a formação dos catequistas, contribuindo assim para a vida pastoral e catequética da região.

Por: Ascom
Fotos:  (Pascom Diocesana) 

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