Tem início a Escola Regional de Formação para Catequistas da CNBB NE 2
A Escola Regional de Formação de Catequistas da CNBB Nordeste
2 – Irmã Igara Lemos Gibson (Ir. Visitatio), deu início nesta quinta-feira, 04,
a um novo módulo de capacitação para agentes que atuam em diversas dioceses e
arquidioceses do Nordeste brasileiro. Este módulo específico está ocorrendo no
Convento Ipuarana, em Lagoa Seca (PB), e oferece aulas presenciais em cinco
disciplinas para um total de 140 participantes.
O módulo de formação está programado para ocorrer até sábado
(6), e além das aulas, os participantes terão momentos de espiritualidade,
incluindo a celebração da Santa Missa presidida por dom Dulcênio Fontes de
Matos, bispo da Diocese de Campina Grande (PB) e referencial para a Comissão
Regional para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB NE 2.
Do grupo de inscritos, 118 estão participando das disciplinas
"Marcos Celebrativos do Catecumenato", "Catequese e
Liturgia", e "Catequese Mistagogia e Eucaristia: fonte de vida e
missão". Estas aulas serão ministradas pelos padres Elison Silva, José
Jorge Santos Rodrigues e José Marcondes Neves.
Além disso, há 22 alunos que já concluíram etapas anteriores
da escola e estão participando do Curso de Aprofundamento Catequético. Nesta
edição, eles estão estudando as disciplinas "A oração na Igreja Católica"
e "O Vaticano II – História e Significado para a Igreja", com a
orientação dos padres João Afonso da Silva e Henrique Gustavo Ferreira Leal.
Foram acolhidos por Dom Dulcênio, catequistas das
Arquidioceses da Paraíba, Olinda e Recife e de Maceió, e das Dioceses de Caicó,
Cajazeiras, Campina Grande, Caruaru, Garanhuns, Mossoró, Nazaré, Palmeira dos
Índios, Patos, Penedo, Pesqueira e Salgueiro.
Santa Missa e Homilia
A Escola teve abertura com uma Missa presidida pelo Bispo
Referencial para a Catequese no Regional, Dom Dulcênio Fontes de Matos, concelebrada pelos Padres Elison e Romário, com assistência do diácono Tributino; o
bispo falou da sua alegria em estar junto aos catequistas do Regional e na
homilia chamou atenção para a importância de Catequizar e Evangelizar, sempre.
Na homilia de Dom Dulcênio para a Escola de Catequistas, o
Bispo referencial, refletiu sobre a importância da catequese e da evangelização
em um contexto marcado pela indiferença religiosa e por desafios
contemporâneos.
Dom Dulcênio inicia elogiando a coragem dos catequistas,
destacando que não é fácil exercer essa função em um mundo cada vez mais
indiferente à religião. Ele faz referência à indiferença religiosa crescente,
que torna o trabalho de evangelização desafiador.
Ao refletir sobre as leituras bíblicas, como o exílio
anunciado pelo profeta Amós e as críticas dos escribas às ações de Jesus no
Evangelho. Estas reflexões motivaram questionamentos se situações semelhantes ainda ocorrem nos dias
atuais, como por exemplo a indiferença religiosa tanto dentro quanto fora da
Igreja.
“Nós nos contentamos com quem já evangelizamos e catequizamos. E como fica os que estão afastados de Deus? Dizia o Papa Pio XI:
“Quando se vê uma igreja cheia, é preciso pensar na multidão dos ausentes! ”.
Muitos se dizem católicos, respeitam a religião, recebem o batismo, acatam,
quem sabe, o padre, o bispo, o religioso, a religiosa, o catequista, a
catequista, mas... vão à Igreja, a não ser raramente, no Natal, na Semana
Santa, na festa do Padroeiro, na Missa de sétimo dia...”, refletiu.
O Bispo de Campina Grande-PB, enfatizou que a fé cristã não
admite meio-termo: ou se está comprometido com a graça de Deus ou não. Ele
alerta contra o relativismo e o pluralismo que podem minar o compromisso
genuíno com os ensinamentos cristãos.
“Amados Catequistas, é urgente, hoje, educar as consciências
nesta concepção, saiamos do superficialismo, do relativismo. O cristianismo é
fé sobre natural: o dogma da adoção divina, faz dele a Religião da graça. Ora,
o estado de graça não admite posição intermediária: ou se está na graça de Deus
ou não se está. Esta é a concepção cristã, incompatível com o absentismo, ou
seja, abandonar os deveres, dos indiferentes. Renunciar o espírito de luta, em
troca, por exemplo, de pluralismo e pseudo-ecumenismo, de permissividade
doutrinária e moral – renunciar, digo, ao espírito de Cristo, que é espírito de
luta, significaria a morte para a religião cristã no mundo atual. Daí, amados
catequistas, a tremenda responsabilidade de todos nós catequistas, pastores,
evangelizadores”, disse.
Por fim, o bispo reforçou que o trabalho de catequese não se
limita a frequentar a igreja, mas deve ser uma norma de vida que abrange todas
as áreas da existência. Ele cita São Paulo ao enfatizar a importância de
evangelizar em todos os momentos e situações da vida.
Sobre a Escola
A Escola Regional de Formação de Catequistas – Irmã Igara
Lemos Gibson, também conhecida como Ir. Visitatio, foi estabelecida em 2013 com
o propósito principal de capacitar catequistas e coordenadores que desempenham
papéis formativos na catequese, especialmente dentro do contexto catecumenal. A
escola oferece um programa composto por quatro módulos, totalizando 120
horas/aula de formação teórica e prática.
Os alunos participam de dois encontros presenciais por ano,
realizados em janeiro e julho, além de desenvolverem atividades de pesquisa e
aprofundamento em suas próprias dioceses ou arquidioceses. Esta parte
complementar do curso adiciona mais 150 horas/aula à carga horária total do
programa.
Ao longo de uma década de atividade, a escola alcançou um
marco significativo ao formar mais de 2 mil catequistas que representam as 21
dioceses do Regional Nordeste 2. Esse impacto demonstra o compromisso da escola
em fortalecer a formação dos catequistas, contribuindo assim para a vida
pastoral e catequética da região.
Por: Ascom
Fotos: (Pascom Diocesana)