Na Igreja do Carmo, Bispo preside Missa em preparação à festa da Padroeira
Na noite desta quarta-feira, dia 03 de julho, o Bispo
Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu uma Missa em preparação à
Festa de Nossa Senhora do Carmo, na igreja da Terceira Ordem do Carmo, no
centro de Campina Grande. Concelebrou com o Bispo, o Padre Mércio Aurélio,
Vigário Paroquial da Catedral, que costuma presidir as Missas na comunidade; também concelebrou, o Frei Adalgiso O.carm - Assistente Espiritual.
Na reflexão trazida, o bispo destacou a figura do Apóstolo
São Tomé, visto que neste dia 03 a igreja celebrou sua festa litúrgica. O
Bispo, foi acolhido pelos carmelitas e agradeceu pelo convite.
Na homilia, o prelado destacou a importância da fé cristã que
se centra na ressurreição de Jesus Cristo, pediu aos fiéis que sejam firmes na
crença dessa verdade e testemunhas autênticas da ressurreição.
Dom Dulcênio começa destacando que na festa do Apóstolo São
Tomé somos chamados por Deus a permanecer fiéis ao caminho de vida e salvação
proposto por Ele. Ao refletir o Evangelho, que apresenta São Tomé,
inicialmente, como incrédulo, recusando-se a acreditar na ressurreição de
Jesus, e depois ao ver e tocar as chagas do Mestre, ele professa sua fé
exclamando: "Meu Senhor e meu Deus", é interpretado como um momento
de renovação da fé do discípulo.
“São Gregório Magno ‘A incredulidade de Tomé e a ordem que
este Apóstolo recebeu de Jesus, de tocar-lhe nas chagas, não foi um acaso, mas
alto desígnio de Deus. O discípulo que, duvidando da Ressurreição do mestre,
pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isto a ferida da incredulidade da
nossa alma. A incredulidade de Tomé foi para nós de vantagem maior que a fé dos
demais Apóstolos; porque, tornando-se crédulo, pelo contato das chagas,
consolidou a nossa fé banindo qualquer dúvida”, citou.
E continuou: “Já Santo Agostinho diz, a respeito da mesma
questão: ‘Tomé, homem santo, justo e leal, exigiu tudo isso, não porque
duvidasse, mas para excluir qualquer superficialidade. Era-lhe bastante ver
aquele que conhecia; mas para nós era necessário que tocasse naquele que via,
para que ninguém pudesse dizer que os olhos o enganaram, quando não era
possível as mãos o enganaram’”.
Dom Dulcênio ainda ensinou que Jesus ao tratar Tomé de
incrédulo, porque este negara a fé a um único artigo – a ressurreição de Jesus
Cristo. E continuou a dizer que a pessoa que rejeita ou põe dúvida um só artigo
da fé não é mais católico. O católico deve confessar todos os artigos do Credo,
por mais insignificantes que lhes pareçam.
“O católico que nega uma verdade de fé, é, como Tomé,
incrédulo; é desobediente, como aquele que observa nove mandamentos da Lei de
Deus, desprezando um. Aos incrédulos acontecerá o que Jesus Cristo disse: “Quem
não acreditar no Filho, não verá a vida e sobre ele ficará a ira de Deus” (Jo
3, 36)”, exortou.
Ainda na homilia, o bispo apresentou Maria como um caminho
para Jesus; conforme ensinou, Nossa Senhora desempenha um papel crucial como
intermediária entre os homens e Jesus. Assim como Jesus veio até nós através
dela, também devemos nos aproximar de Jesus por meio de Maria.
“Para acreditar, conhecer, amar, e imitar Cristo, temos uma
escola: a escola de Maria. Por Maria a Jesus. Sem Jesus nunca poderemos chegar
a Deus, e sem Maria não poderia Jesus chegar a nós, nem nós a Jesus. Jesus é o
ponto de contato, o traço de união entre Deus e o homem, entre o céu e a terra.
Deus que era inacessível ao homem, por meio de Jesus tornou-se conhecido, amado
e possuído das suas criaturas. Do mesmo modo, Maria é o caminho natural para
chegarmos a Jesus, para o Conhecermos, amarmos e imitarmos. Se Jesus veio aos
homens por meio de Maria, é por meio de Maria que os homens devem ir a Jesus”,
pregou.
Por: Ascom
Fotos: Ryan Caio (Setor Diocesano de Fotografias)