Bispo preside na Catedral pela manhã e à noite preside Missa e Crisma em Caráubas-PB

Atualizado em 23/06/24 às 23:488 minutos de leitura142 views


Na manhã deste domingo, 23 de junho, na Catedral de Campina Grande, o Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos presidiu a Missa do Lar. O Padre Luciano Guedes concelebrou a missa, com o apoio na liturgia do Diácono Ricardo e de seminaristas. Dezenas de fiéis estiveram presentes para participar da celebração.

Na Liturgia, a Igreja iniciou a XII Semana do Tempo Comum apresentando o Evangelho de Marcos 4, 35-41, Jesus e seus discípulos estão em uma barca atravessando o mar da Galileia quando uma grande tempestade se forma. Os discípulos acordam Jesus, clamando por ajuda, e Ele repreende o vento e acalma o mar, demonstrando seu poder sobre a natureza. Então, Jesus se vira para os discípulos e questiona por que eles estão com tanto medo e ainda não têm fé, mostrando que mesmo em meio à tempestade, eles deveriam confiar nele.

Homilia

Na homilia Dom Dulcenio refletiu sobre o tema "Por que sois tão medrosos?", inspirado no trecho do Evangelho de Marcos (4,35-41), onde Jesus acalma a tempestade no mar. Dom Dulcenio começa situando a passagem evangélica onde Jesus manifesta Seu poder sobre a natureza, acalmando o mar agitado. Ele compara essa cena à situação atual da Igreja, frequentemente assolada por "borrascas e tempestades do mundo", como o relativismo que desafia a doutrina católica.

“Ao observarmos que as borrascas e tempestades do mundo querem, ou sorrateira ou abruptamente, interferir na vida da Santa Igreja, principalmente pelo relativismo que se impõe na mente e no coração de tantos, um relativismo que, dúbio como é, se traveste de uma falsa religiosidade inclusive, que, em nome de uma inventada moral e simulando as páginas do Evangelho de Cristo, deseja minar a única Sã Doutrina Católica, deixada pelo Senhor, ficamos atordoados, atônitos, tal como aqueles homens que, contando com Jesus ali presente, parece que se esqueceram de que Ele é Deus”, pregou

O Bispo também reconheceu que os tempos são difíceis, mas destaca que o Cristo vitorioso prometeu estar sempre presente com Sua Igreja, fortalecendo-a com Sua Palavra: “São tempos difíceis: é bem verdade! Mas, eles não detêm a última palavra, pois o Cristo, vencedor do mal e da morte, garantiu estar conosco, na Sua frágil Barca, ajudando-nos e confirmando-nos com a Sua Palavra (cf. Mc 16, 20)”, disse.

O bispo pediu aos fiéis que confiassem na Providência Divina que nunca falha e com destemor fossem autênticas testemunhas do Cristo, mesmo com um mar revoltoso, é preciso ter fé! Concluiu sua reflexão lembrando que Nosso Senhor dará a coroa da justiça àqueles que permanecerem fiéis a Jesus Cristo.

Missa em preparação à Festa de São Pedro

À noite deste dia 23, Dom Dulcênio dirigiu-se à Paróquia de São Pedro, em Caraúbas-PB, onde presidiu Missa em preparação à Festa do Padroeiro São Pedro, ao tempo em que crismou 73 jovens e adultos de Caraúbas, do Distrito de Barreiras, e das comunidades rurais.

A homilia de Dom Dulcênio nas Vésperas da Solenidade da Natividade de São João Batista, em sua primeira foi toda baseada em parte do sermão de Guerrico de Igny, que destaca a figura singular de João Batista como precursor de Cristo.

No primeiro instante, o Abade e Cisterciense Guerrico, ao falar de João Batista, relaciona-o com Cristo, sendo descrito como um "nobre cedro" que se ergue próximo à Fonte, referindo-se a Jesus Cristo. Esta proximidade não é apenas de parentesco, mas também de amizade íntima, devido à sua missão singular e à graça especial que Deus lhe concedeu desde o seu nascimento.

Envolto a esse embasamento, Dom Dulcênio destacou que a missão profética de João Batista que é visto como aquele que marca a transição entre o tempo da lei e o tempo da graça, sendo um sinal de alegria e renovação para aqueles que reconhecem nele a lâmpada que ilumina o caminho para a verdadeira luz, que é Cristo.

“Com efeito, era conveniente que a graça brilhasse de uma maneira extraordinária naquele que estava destinado a marcar o limite entre o tempo da lei e o tempo da graça. Em consequência, com toda razão o nascimento daquele menino, concedido a pais agora idosos e que vinha para pregar ao mundo decrépito a graça de um novo nascimento, com toda razão – dizia – este nascimento foi para muitos, como segue sendo até hoje, causa de alegria”, destacou.

Por fim, o Bispo de Campina Grande falou sobre a celebração e o significado deste dia grandioso de São João; conforme ensinou, a celebração do nascimento de São João Batista nas culturas luso-brasileiras é marcada pela alegria e fartura, reconhecendo-o como um profeta cujo nascimento é em si mesmo um evento profético. Este nascimento não é apenas uma comemoração histórica, mas uma oportunidade para refletir sobre a humildade e a grandeza de João Batista, que reconhece sua própria pequenez diante da grandiosidade de Cristo.

“Sabemos que é justamente por isso que, nas culturas luso-brasileiras, celebrar São João Batista, o seu nascimento – de per si profético –, reveste-se de alegria e fartura. Hoje, celebramos o natal do menino paradoxal, pois, sendo o maior dentre os nascidos de mulher, cede o seu lugar de grande a quem se faz pequeno (cf. Lc 7,28), a saber: a Cristo e, por que não dizer, a nós, que entramos na sua escola de diminuir para que Cristo Senhor cresça. Que o calor, os acordes, o gosto, a alegria deste nascimento hoje, grandemente, festejado dê lugar ao nascimento do Sol nascente (cf. Lc 1,78) invicto!”, findou.

Ao término da celebração, o Bispo foi agraciado com os selos comemorativos pelos cem anos da Paróquia de São Pedro, um gesto de reconhecimento e gratidão pela sua presença e serviço à comunidade.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Pascom Caraúbas.

 

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