Em São Sebastião do Umbuzeiro-PB, Dom Dulcênio preside Missa e Crisma
O Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, Presidiu Missa e Crisma na Paróquia de São Sebastião, em São Sebastião
do Umbuzeiro-PB. Na celebração, foram confirmados na Fé 73 jovens que receberam
o sacramento da Crisma. O Administrador Paroquial, Padre Helton Moura, acolheu
tanto Dom Dulcênio quanto o Padre José Adauto, sacerdote bastante conhecido por
ter servido à Paróquia no passado.
A Liturgia do XII Domingo do Tempo Comum, enfatiza a
confiança em Deus, e a sua presença divina no meio do seu povo mesmo diante das
dificuldades e fragilidades humanas. Por vezes, a humanidade, frente aos
desafios e dores da vida, parece se esquecer de Deus que caminha conosco, nesse
sentido as leituras ajudam a compreender que Deus não abandona a sua criação.
Homilia
Na homilia pregada à comunidade paroquial, o Senhor Bispo
falou sobre a presença de Deus em meio às provações humanas e o sentido do
sofrimento à luz da fé cristã.
Inicialmente começou refletindo sobre perguntas que toda a
humanidade ao longo dos séculos fez, indagações universais sobre o mal e as
provações na vida humana. Dom Dulcênio enfatiza que o mal não é criado por
Deus, pois Ele é bondade infinita. As dificuldades que enfrentamos não são um
castigo divino, mas oportunidades para fortalecer nossa fé e conformar nossas
vidas aos planos de Deus.
“Com a Sua frágil embarcação, o Senhor deseja, singrando os
mares do mundo, chegar a todos, manifestando, universalmente, as maravilhas de
Deus. Neste anúncio, Ele deseja abrir-nos o coração para o acolhimento da fé,
para que, diante das aparentes desventuras que enfrentamos (as mais diversas
nas sucessões dos nossos dias), vejamos tudo sob o prisma do abandono em Deus,
conscientes de que a resposta oferecida pela fé não é o esvaziamento dos
mistérios de Deus e da vida por nós, mas um conformar-nos aos planos divinos,
que sempre concorrem para a nossa salvação, verdadeira e única felicidade que
devemos esperar”, disse.
Adiante, aprofundou a sua reflexão ao instruir que a imagem
de Jesus na barca, enfrentando a tempestade, é usada como metáfora da Igreja
Católica navegando pelos mares do mundo. Jesus não está ausente nas tribulações;
pelo contrário, Ele está presente, desafiando os fiéis a confiarem nele mesmo
diante das adversidades.
“No ápice da nossa agonia, como aquela tripulação de Jesus,
não raras vezes, perguntamos a Deus na sinceridade da nossa oração: “Mestre,
estamos perecendo e tu não te importas?” (Mc 4,38). Ao fazer isto, não Lhe
estamos sendo irreverentes. Mas, imediatamente ao nosso clamor, o Senhor
responde-nos sempre, acalmando, de antemão, à nossa percepção do nosso perecer
nos mares revoltos dos desafios que nos circundam: “Por que sois tão medrosos?
Ainda não tendes fé”. Enfrentar os mares do mundo, instruídos pelas lições
“náuticas” da Igreja-barca, também deve ser motivo de júbilo, já que o Senhor
nunca nos abandona à nossa própria sorte”, pregou.
O Bispo também fez referência ao exemplo de Jó, que confiou
em Deus mesmo diante de intensas provações. Deus não está indiferente ao
sofrimento humano; Ele fortalece os fiéis através das dificuldades, purificando
a fé e revelando sua presença ativa nas vidas daqueles que creem.
“Enfrentamos as tempestades porque Ele nos concede a Sua
força como meio para que as superemos, pois nada vem de nós. O Senhor nos
“tempera” e purifica pelas provações para que cresça sempre a fé em nosso
interior. Diante de tudo o que perdeu, Jó jamais elevou a sua voz para maldizer
a Deus, como queriam a sua esposa e seus amigos. A sua conformação aos planos
divinos foi sempre a sua profissão de fé. Hoje, a figura do personagem Jó
resplandece para nós pela Liturgia da Palavra como sinal ao nosso ato de crer”.
E concluiu a sua homilia incentivando os fiéis a perseverarem na fé, reconhecendo que Deus já venceu o mal através da cruz de Cristo. As adversidades enfrentadas pela humanidade são vistas como oportunidades para fortalecer a fé e experimentar a presença amorosa de Deus.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial