Em São Sebastião do Umbuzeiro-PB, Dom Dulcênio preside Missa e Crisma

Atualizado em 23/06/24 às 00:445 minutos de leitura232 views


O Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Presidiu Missa e Crisma na Paróquia de São Sebastião, em São Sebastião do Umbuzeiro-PB. Na celebração, foram confirmados na Fé 73 jovens que receberam o sacramento da Crisma. O Administrador Paroquial, Padre Helton Moura, acolheu tanto Dom Dulcênio quanto o Padre José Adauto, sacerdote bastante conhecido por ter servido à Paróquia no passado.

A Liturgia do XII Domingo do Tempo Comum, enfatiza a confiança em Deus, e a sua presença divina no meio do seu povo mesmo diante das dificuldades e fragilidades humanas. Por vezes, a humanidade, frente aos desafios e dores da vida, parece se esquecer de Deus que caminha conosco, nesse sentido as leituras ajudam a compreender que Deus não abandona a sua criação.

Homilia

Na homilia pregada à comunidade paroquial, o Senhor Bispo falou sobre a presença de Deus em meio às provações humanas e o sentido do sofrimento à luz da fé cristã.

Inicialmente começou refletindo sobre perguntas que toda a humanidade ao longo dos séculos fez, indagações universais sobre o mal e as provações na vida humana. Dom Dulcênio enfatiza que o mal não é criado por Deus, pois Ele é bondade infinita. As dificuldades que enfrentamos não são um castigo divino, mas oportunidades para fortalecer nossa fé e conformar nossas vidas aos planos de Deus.

“Com a Sua frágil embarcação, o Senhor deseja, singrando os mares do mundo, chegar a todos, manifestando, universalmente, as maravilhas de Deus. Neste anúncio, Ele deseja abrir-nos o coração para o acolhimento da fé, para que, diante das aparentes desventuras que enfrentamos (as mais diversas nas sucessões dos nossos dias), vejamos tudo sob o prisma do abandono em Deus, conscientes de que a resposta oferecida pela fé não é o esvaziamento dos mistérios de Deus e da vida por nós, mas um conformar-nos aos planos divinos, que sempre concorrem para a nossa salvação, verdadeira e única felicidade que devemos esperar”, disse.

Adiante, aprofundou a sua reflexão ao instruir que a imagem de Jesus na barca, enfrentando a tempestade, é usada como metáfora da Igreja Católica navegando pelos mares do mundo. Jesus não está ausente nas tribulações; pelo contrário, Ele está presente, desafiando os fiéis a confiarem nele mesmo diante das adversidades.

“No ápice da nossa agonia, como aquela tripulação de Jesus, não raras vezes, perguntamos a Deus na sinceridade da nossa oração: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” (Mc 4,38). Ao fazer isto, não Lhe estamos sendo irreverentes. Mas, imediatamente ao nosso clamor, o Senhor responde-nos sempre, acalmando, de antemão, à nossa percepção do nosso perecer nos mares revoltos dos desafios que nos circundam: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé”. Enfrentar os mares do mundo, instruídos pelas lições “náuticas” da Igreja-barca, também deve ser motivo de júbilo, já que o Senhor nunca nos abandona à nossa própria sorte”, pregou.

O Bispo também fez referência ao exemplo de Jó, que confiou em Deus mesmo diante de intensas provações. Deus não está indiferente ao sofrimento humano; Ele fortalece os fiéis através das dificuldades, purificando a fé e revelando sua presença ativa nas vidas daqueles que creem.

“Enfrentamos as tempestades porque Ele nos concede a Sua força como meio para que as superemos, pois nada vem de nós. O Senhor nos “tempera” e purifica pelas provações para que cresça sempre a fé em nosso interior. Diante de tudo o que perdeu, Jó jamais elevou a sua voz para maldizer a Deus, como queriam a sua esposa e seus amigos. A sua conformação aos planos divinos foi sempre a sua profissão de fé. Hoje, a figura do personagem Jó resplandece para nós pela Liturgia da Palavra como sinal ao nosso ato de crer”.

E concluiu a sua homilia incentivando os fiéis a perseverarem na fé, reconhecendo que Deus já venceu o mal através da cruz de Cristo. As adversidades enfrentadas pela humanidade são vistas como oportunidades para fortalecer a fé e experimentar a presença amorosa de Deus.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial 



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