Dom Dulcênio celebra 23 anos de Vida Episcopal com Missa na Catedral e na Paróquia das Graças
Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina
Grande, celebrou seu 23º aniversário de ordenação episcopal neste domingo, dia
16. A celebração foi marcada por uma Missa de Ação de Graças na Catedral, que
foi concelebrada pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Luciano Guedes, tendo na
assistência litúrgica, o Diácono Anderson e os seminaristas. Um bom número de
fiéis participou da cerimônia para expressar sua gratidão a Deus pelo
ministério de Dom Dulcênio.
Antes de adentrar à homilia, o bispo agradeceu as orações do
povo pelos seus 23 anos de Vida Episcopal, e disse ser um instrumento limitado
nas Mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo; agradeceu a Deus, ao clero, ao povo e
disse sentir todos os dias de sua vida a presença Daquele que o capacita e o
encoraja à missão.
Homilia
Durante a homilia, Dom Dulcênio enfatizou o ensinamento do XI
Domingo do Tempo Comum, destacando a simplicidade da mensagem de Deus. Ele
explicou que Deus se comunica conosco por meio de conceitos simples,
exemplificados nas parábolas de Jesus. Segundo o bispo, Jesus é a encarnação da
Palavra de Deus, presente desde o início com Deus e que é Deus. Ele veio para
revelar o amor e os planos de Deus para a humanidade.
A pregação de Dom Dulcênio nesta manhã foi um convite à
reflexão sobre como cada pessoa pode responder ao chamado de Jesus para fazer
parte desse Reino de amor, justiça e verdade. Nas Parábolas, o grão de trigo e
a semente de mostarda ilustram o crescimento misterioso e eficaz do Reino de
Deus na vida dos crentes e na história da humanidade. Jesus usa essas imagens
agrárias para ensinar sobre o Reino, que se desenvolve silenciosa e
poderosamente.
“Utilizando-se da simplicidade peculiar ao trato da terra
pela agricultura, o Senhor nos apresenta duas imagens de semente: aquela que
cresce para alimentar, representada pela imagem da semente do trigo; a outra
que cresce para abrigar, porém antes dá sabor, a semente da mostarda. Logo, com
este tipo de linguagem, “Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como
estas, conforme eles podiam compreender” (Mc 4,33). Entretanto, esta visão do
Reino como realidade que cresce em nosso meio, objetiva e misteriosamente, para
alimentar, dando acentuado sabor e servindo-nos de refúgio à nossa vida”,
disse.
Dom Dulcênio também disse que o Reino de Deus é identificado
com a própria pessoa de Jesus Cristo, e não se trata de uma realidade futura,
mas sim, presente e atuante na vida dos crentes. Ele se manifesta na vida
cotidiana através da fé e da prática cristã, preparando-nos para a plenitude do
Reino na vida eterna.
“Participamos do Reino quando nos unimos a Cristo, a começar
pela união sacramental acontecida no nosso Batismo, quando recebemos a salvação
qual semente posta em nós, legada pelo próprio Senhor em Seu mistério pascal
como uma espécie de passaporte para este mesmo Reino e a sua plenitude”,
pontuou.
Missa e Crisma nas
Graças
Ainda comemorando o seu aniversário episcopal, Dom Dulcênio
foi à Paróquia de Nossa Senhora das Graças, no bairro da Liberdade, em Campina
Grande, onde à tarde, presidiu a Crisma de 143 jovens. O Bispo foi acolhido
pelos Padres José Alvedan (Pároco) e Adeildo Ferreira (Vigário) que concelebraram
com o Pastor Diocesano; também concelebrou esta Missa, o Padre Josandro Félix.
Na homilia pregada na referida comunidade, o bispo refletiu
sobre como Deus realiza sua obra através de instrumentos aparentemente frágeis
e simples. Conforme pregou, tanto São Paulo quanto Jesus utilizaram parábolas
relacionadas à agricultura para ensinar o processo de crescimento gradual e a
necessidade de condições adequadas para que a semente da Palavra de Deus possa
frutificar.
O bispo também destacou que Deus frequentemente escolhe
pessoas simples, humildes e até mesmo desprezíveis aos olhos do mundo para
realizar suas obras. Isso confunde os sábios e poderosos, demonstrando que a
força de Deus se manifesta na fraqueza humana.
“Feliz é o coração que se deixa rasgar, como a terra, para
acolher o grão que germinará, o broto que, consigo, levará vida! É aí, no
pequeno, no simples, no humilde, no aparentemente indefeso, que Deus realiza a
obra portentosa do Seu Reino; é com tais propriedades que o Senhor “escolheu um
punhado de homens para instaurar o seu reinado no mundo. A maioria deles eram
humildes pescadores de pouca cultura, cheios de defeitos e sem meios materiais
[…]”, disse.
Ainda falando sobre a dinâmica do Reino, lembrou de Nossa
Senhora, apontando-a como um modelo supremo de humildade e receptividade à
vontade de Deus. Ela aceitou seu papel sem orgulho ou soberba, reconhecendo sua
pequenez diante da grandeza divina: “A Virgem Santíssima reconheceu que Deus se
compraz dos humildes e dos pequenos. E não apenas reconheceu como desvencilhado
de si, mas o viveu, sendo a Virgem Maria, portanto, o modelo de humildade para
os cristãos de todos os séculos”, disse.
Por fim, o bispo exortou os cristãos a cultivarem a humildade
e a aceitarem seu papel como colaboradores na obra divina, reconhecendo que é
Deus quem realiza os feitos grandiosos através de meios simples e aparentemente
frágeis: “Que Deus não nos permita uma vida desconexa com a d’Ele, e nos ajude
a cultivar a pequenez de espírito para auxiliarmos em Sua gigantesca obra de
amor”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana