Dom Dulcênio celebra 23 anos de Vida Episcopal com Missa na Catedral e na Paróquia das Graças

Atualizado em 16/06/24 às 23:5011 minutos de leitura199 views


Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, celebrou seu 23º aniversário de ordenação episcopal neste domingo, dia 16. A celebração foi marcada por uma Missa de Ação de Graças na Catedral, que foi concelebrada pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Luciano Guedes, tendo na assistência litúrgica, o Diácono Anderson e os seminaristas. Um bom número de fiéis participou da cerimônia para expressar sua gratidão a Deus pelo ministério de Dom Dulcênio.

Antes de adentrar à homilia, o bispo agradeceu as orações do povo pelos seus 23 anos de Vida Episcopal, e disse ser um instrumento limitado nas Mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo; agradeceu a Deus, ao clero, ao povo e disse sentir todos os dias de sua vida a presença Daquele que o capacita e o encoraja à missão.

Homilia

Durante a homilia, Dom Dulcênio enfatizou o ensinamento do XI Domingo do Tempo Comum, destacando a simplicidade da mensagem de Deus. Ele explicou que Deus se comunica conosco por meio de conceitos simples, exemplificados nas parábolas de Jesus. Segundo o bispo, Jesus é a encarnação da Palavra de Deus, presente desde o início com Deus e que é Deus. Ele veio para revelar o amor e os planos de Deus para a humanidade.

A pregação de Dom Dulcênio nesta manhã foi um convite à reflexão sobre como cada pessoa pode responder ao chamado de Jesus para fazer parte desse Reino de amor, justiça e verdade. Nas Parábolas, o grão de trigo e a semente de mostarda ilustram o crescimento misterioso e eficaz do Reino de Deus na vida dos crentes e na história da humanidade. Jesus usa essas imagens agrárias para ensinar sobre o Reino, que se desenvolve silenciosa e poderosamente.

“Utilizando-se da simplicidade peculiar ao trato da terra pela agricultura, o Senhor nos apresenta duas imagens de semente: aquela que cresce para alimentar, representada pela imagem da semente do trigo; a outra que cresce para abrigar, porém antes dá sabor, a semente da mostarda. Logo, com este tipo de linguagem, “Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender” (Mc 4,33). Entretanto, esta visão do Reino como realidade que cresce em nosso meio, objetiva e misteriosamente, para alimentar, dando acentuado sabor e servindo-nos de refúgio à nossa vida”, disse.

Dom Dulcênio também disse que o Reino de Deus é identificado com a própria pessoa de Jesus Cristo, e não se trata de uma realidade futura, mas sim, presente e atuante na vida dos crentes. Ele se manifesta na vida cotidiana através da fé e da prática cristã, preparando-nos para a plenitude do Reino na vida eterna.

“Participamos do Reino quando nos unimos a Cristo, a começar pela união sacramental acontecida no nosso Batismo, quando recebemos a salvação qual semente posta em nós, legada pelo próprio Senhor em Seu mistério pascal como uma espécie de passaporte para este mesmo Reino e a sua plenitude”, pontuou.

Missa e Crisma nas Graças

Ainda comemorando o seu aniversário episcopal, Dom Dulcênio foi à Paróquia de Nossa Senhora das Graças, no bairro da Liberdade, em Campina Grande, onde à tarde, presidiu a Crisma de 143 jovens. O Bispo foi acolhido pelos Padres José Alvedan (Pároco) e Adeildo Ferreira (Vigário) que concelebraram com o Pastor Diocesano; também concelebrou esta Missa, o Padre Josandro Félix.

Na homilia pregada na referida comunidade, o bispo refletiu sobre como Deus realiza sua obra através de instrumentos aparentemente frágeis e simples. Conforme pregou, tanto São Paulo quanto Jesus utilizaram parábolas relacionadas à agricultura para ensinar o processo de crescimento gradual e a necessidade de condições adequadas para que a semente da Palavra de Deus possa frutificar.

O bispo também destacou que Deus frequentemente escolhe pessoas simples, humildes e até mesmo desprezíveis aos olhos do mundo para realizar suas obras. Isso confunde os sábios e poderosos, demonstrando que a força de Deus se manifesta na fraqueza humana.

“Feliz é o coração que se deixa rasgar, como a terra, para acolher o grão que germinará, o broto que, consigo, levará vida! É aí, no pequeno, no simples, no humilde, no aparentemente indefeso, que Deus realiza a obra portentosa do Seu Reino; é com tais propriedades que o Senhor “escolheu um punhado de homens para instaurar o seu reinado no mundo. A maioria deles eram humildes pescadores de pouca cultura, cheios de defeitos e sem meios materiais […]”, disse.

Ainda falando sobre a dinâmica do Reino, lembrou de Nossa Senhora, apontando-a como um modelo supremo de humildade e receptividade à vontade de Deus. Ela aceitou seu papel sem orgulho ou soberba, reconhecendo sua pequenez diante da grandeza divina: “A Virgem Santíssima reconheceu que Deus se compraz dos humildes e dos pequenos. E não apenas reconheceu como desvencilhado de si, mas o viveu, sendo a Virgem Maria, portanto, o modelo de humildade para os cristãos de todos os séculos”, disse.

Por fim, o bispo exortou os cristãos a cultivarem a humildade e a aceitarem seu papel como colaboradores na obra divina, reconhecendo que é Deus quem realiza os feitos grandiosos através de meios simples e aparentemente frágeis: “Que Deus não nos permita uma vida desconexa com a d’Ele, e nos ajude a cultivar a pequenez de espírito para auxiliarmos em Sua gigantesca obra de amor”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana


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