No Santuário da Divina Misericórdia, Dom Dulcênio incentiva aos fiéis a acolherem a Misericórdia de Deus

Postado em 07/04/24 às 15:315 minutos de leitura194 views


O Santuário da Divina Misericórdia, no bairro dos Cuités, em Campina Grande, preparou uma programação especial para o Domingo da Misericórdia, que ocorre neste domingo, 07. O evento contou com uma série de atividades religiosas, incluindo louvores, pregações, testemunhos, a recitação do Terço da Misericórdia e a celebração da Santa Missa.

A Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos, com a concelebração do Padre Paulo, Reitor do Santuário. Os diáconos Eduardo e Walter auxiliaram nos serviços litúrgicos, juntamente com o apoio dos seminaristas. Foi um momento de grande significado espiritual, no qual o povo de Deus se reuniu para vivenciar e fortalecer sua fé.

A homilia do Dom Dulcênio Fontes de Matos para o II Domingo da Páscoa, também conhecido como Domingo da Divina Misericórdia, foca na reflexão sobre a misericórdia de Deus e como ela se manifesta em nossas vidas. O tema principal é a resposta dos discípulos diante do amor misericordioso de Deus revelado na ressurreição de Jesus.

Dom Dulcênio começa destacando a origem do "Domingo da Divina Misericórdia" pela devoção do Papa São João Paulo II e como este tema é fundamental para a fé cristã. Ele cita o Salmo 117, que proclama a eternidade da misericórdia divina, como uma base para essa reflexão.

O bispo explica que a misericórdia de Deus não é apenas um atributo divino, mas é uma expressão do amor infinito de Deus que se manifesta em direção aos seres humanos. Ele enfatiza a importância de acolher essa misericórdia, que pode produzir diferentes resultados dependendo da receptividade de cada um.

“A misericórdia do Senhor, porém, propondo-se, e que deverá ser acolhida por nós, produz frutos igualmente imensos. Esta imensidade, diante da fidelidade do amor de Deus, se caracteriza pelos efeitos diversos, conformes à nossa disposição de acolhê-la”, disse.

Ele cita Auguste Saudreau para explicar como o amor de Deus exala luz e calor, representados pelos raios que brotam do Coração de Jesus na iconografia da Divina Misericórdia. Esses elementos são vistos como símbolos do amor e da misericórdia de Deus, comunicados aos fiéis pelo Espírito Santo.

Dom Dulcênio também destaca as diferentes atitudes dos discípulos diante da ressurreição de Jesus, destacando a alegria daqueles que acreditam e a dúvida de Tomé, que é superada quando ele finalmente reconhece Jesus como seu Senhor e Deus. Ele contrasta essas atitudes com a resistência à misericórdia divina, exemplificada por Judas Iscariotes, que se recusa a aceitar o amor redentor de Deus e acaba em desespero.

“Tomé, o discípulo da dúvida, ao perceber as marcas do amor de Deus, dolorido e alegre, pôde professar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). Assim, é medíocre o que mescla aos apegos a destruir, a dor e a alegria. Mas, e aqueles que se condenam por sua tenaz resistência à misericórdia divina? Figuremo-nos a Judas, o Iscariotes, que, fugindo deste amor que a tudo redime, refugiou-se, em vão, em si mesmo, na sua fadada autossuficiência (cf. Mt 27,3-5; At 1,17-18.25). Mas, o amor de Deus jamais lhe foi subtraído, é importante que sublinhemos isso”, pregou.

Ele conclui exortando os fiéis a não resistirem ao amor misericordioso de Deus, enfatizando que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada na misericórdia do Senhor. “A misericórdia de Deus, que não carece de ninguém, é desinteressada, tendendo fazer com que, unindo-se por primeiro a nós (já que a iniciativa é sempre divina), nos unamos a ela, numa união afetiva como retribuição a este sentimento inefável que Deus nos tem, e que, para Deus e para o próximo, devemos nos modelar no Dele. E não nos esqueçamos: somente na misericórdia do Senhor está a nossa felicidade”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom do Santuário

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