Celebração da Paixão do Nosso Senhor Jesus Cristo reúne grande número de fiéis
A Sexta-feira da Paixão é um dos grandiosos dias da Semana
Santa, isto porque se faz memória da morte de Jesus Cristo, a liturgia da
igreja neste dia exprime profundo respeito àquele que sofreu por nossos
pecados. Na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, milhares de fiéis participaram
desta celebração presidida pelo Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos.
Ao meditar nos mistérios da morte de Jesus Cristo, o bispo
falou sobre o santo sacrifício do Senhor Jesus que como servo obediente morreu
no madeiro da cruz pela expiação dos pecados da humanidade. A profunda reflexão
do bispo convidou os fiéis a mergulharem nesse grande mistério de amor-doação
do mestre por cada um de nós.
Inicialmente, Dom Dulcênio situou a Sexta-Feira Santa como
sendo um momento de rica contemplação em torno da paixão de Cristo e o seu
sacrifício redentor. O Pastor Diocesano falou sobre o peso dos pecados na
crucificação de Jesus. Mais à frente, o bispo fez referências às leituras do
dia, especialmente o quarto Cântico do Servo Sofredor, ressaltando a
compreensão do sofrimento de Cristo como parte de sua missão redentora.
De forma mais enfática, falou sobre a cruz, destacando-a como
elemento central na reflexão desta sexta-feira, uma vez que a Cruz é o sinal de
amor, a redenção e a esperança para os cristãos. A Cruz como conforme ensinou,
é um instrumento máximo da fé católica e não ser separada da pessoa de Jesus
Cristo.
“A Cruz é um grito de amor. É um livro. São Boaventura, ao
ser interrogado por Santo Tomás de Aquino “em que biblioteca sorvera tanta
doutrina religiosa: ‘Aqui’ – mostrou o crucifixo. Teremos vergonha de ostentar
a Cruz? Ela é a nossa arma, nossa única esperança – “spes única!” Deus morreu
nesse madeiro, enobrecendo-o para sempre com a púrpura de seu sangue”, pregou.
E prosseguiu: “A Cruz é o sinal daquele em quem acreditamos. A
Cruz mostra que Jesus Cristo é indivisível. Um Jesus não crucificado não
existe. A Cruz e, pois, a Semana Santa, nos impõe o dever de aprofundar a fé,
de torná-la autêntica, realidade vivida. A Cruz é sinal daquele a quem
pertencemos. Somos “Cristãos” pelo Batismo, e ser Cristão é ser de Cristo, é
pertencer a Cristo”.
Ao meditar na cruz e no sofrimento de Jesus, o bispo também
lembrou da esperança na ressurreição, pois a morte não se mais significa ser
sinônimo do fim, não; em Cristo, a morte foi derrotada, pois ele ressurgiu.
“A Cruz é estandarte da vitória. Não como engenho de
destruição, que subjuga e mete medo. Ela é sinal de sofrimento e humilhação.
Jesus padeceu, a ponto de ficar desfigurado, irreconhecível... Foi assim,
perdendo, que ele venceu... Venceu por nós, marcados com o sinal da Cruz. Depois
da Cruz, veio a Ressurreição, depois da morte a vida. Hoje, celebramos a Paixão
e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, amanhã estaremos celebrando a sua
Ressurreição”, findou.
Após a homilia do bispo, seguiu-se o bonito momento de
Adoração à Cruz e já ao cair à noite foi realizada pelas ruas do centro, a
procissão com a imagem do Senhor Morto, acompanhada por uma numerosa multidão
de fiéis.
Por: Ascom
Fotos: Setor Diocesano de Fotografias.