Paróquia de São Pedro e São Paulo, em Queimadas-PB, realiza a sua primeira Crisma
Na noite deste sábado, 23 de março, a Paróquia de São Pedro e
São Paulo, localizada na cidade de Queimadas-PB, celebrou a sua primeira
cerimônia de Crisma, na qual 133 jovens receberam o sacramento. O responsável
por conferir o sacramento foi o bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio
Fontes de Matos, que destacou a importância desse momento na vida dos cristãos.
A Santa Missa foi concelebrada pelo Pároco, Padre Tobias, que
expressou sua gratidão aos catequistas, aos jovens crismados por sua perseverança
e ao bispo por sua presença. Na homilia proferida por Dom Dulcênio Fontes de
Matos durante a cerimônia de Crisma na Paróquia de São Pedro e São Paulo aborda
o tema do "Silêncio do Senhor", já celebrando a liturgia deste
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.
O líder religioso, destacou a importância do silêncio de
Jesus em contraste com um mundo agitado e barulhento, onde as pessoas estão
constantemente ansiosas por respostas imediatas e afirmam suas opiniões como se
fossem definitivas e corretas.
Ele ressaltou a profundidade do silêncio de Jesus Cristo durante
sua Paixão, observando que, embora Ele seja a Palavra de Deus, escolheu não
proferir uma palavra em sua própria defesa. Este silêncio, segundo o bispo, é
significativo e não é vazio; ao contrário, é extremamente frutífero, impactando
profundamente aqueles que o testemunharam e continuam a ser tocados por ele.
“O silêncio eloquente de Jesus não é estéril: antes, produz
muito fruto, o máximo fruto que se pode avaliar. Este silêncio ensurdecedor de
Cristo fala ao coração de tantos sofredores do corpo ou do espírito; fala-nos
nestes dias tão difíceis que se misturam - ou melhor: se harmonizam - com a
profundidade da Semana Santa. O silêncio de Jesus é destreza para apaziguar-nos
com Deus e conosco mesmos”, pregou.
O bispo menciona as palavras do profeta Isaías, que descrevem
um servo de Deus que aceita pacientemente o sofrimento e confia plenamente em
Deus. Ele argumenta que o silêncio de Cristo é um exemplo de confiança e
esperança em Deus, que são fundamentais para enfrentar o sofrimento com
serenidade e heroísmo.
“Cristo fala no Seu silêncio, porque fala o que viu junto do
Pai (cf. Jo 8,38). A nossa discreta e silenciosa, porém, verdadeiramente
convicção em Deus, só nos será possível se aquietarmos o coração para escutá-Lo
atentamente, e, mediante esta audição, nascerão em nós as virtudes que farão
frente ao sofrimento”, disse.
Além disso, Dom Dulcênio cita Santo Tomás de Aquino para
destacar como a Paixão de Cristo serve como um exemplo supremo de paciência,
pois Ele suportou grandes males sem resistência, manifestando assim a
verdadeira paciência.
O bispo enfatizou que o silêncio de Cristo não é apenas
resignação passiva, mas também uma expressão de louvor a Deus, exemplificada
pela oração de Jesus durante sua Paixão. Ele conclui instando os fiéis a
seguirem o exemplo de Cristo, testemunhando através de seu próprio silêncio e
aceitação dos planos divinos, para que outros possam ser levados à conversão.
“O silêncio de Cristo é edificante à humanidade e é máxima
expressão de louvor a Deus, porque, silencioso, humilhou-Se, obedientemente,
até a morte de cruz ( Fl 2,7), como nos diz a Segunda Leitura. Isso também nos
aconteça diante da nossa participação nos sofrimentos de Cristo, para que
muitos se convertam pelo nosso testemunho de silêncio e resignação aos planos
misteriosos e salvíficos de Deus”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial