No III Domingo Quaresmal paróquias e o Movimento do Terço dos Homens peregrinam à Catedral
A penúltima peregrinação à Catedral realizada neste domingo,
03, pela manhã, dentro das festividades do jubileu diamantino da Diocese, que
teve como objetivo o recebimento das Indulgências plenárias, reuniu dezenas de
fiéis de três paróquias, sendo elas: a Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres,
de São João do Cariri-PB, Paróquia de São José, situada em Parari-PB e a
Paróquia dos Mártires de São Severino e Santa Cecília, de Santa Cecília-PB;
também peregrinou o movimento do Terço dos homens, reunindo os terçários de
toda a Diocese.
Os peregrinos partiram da Praça da Bandeira, no centro de
Campina Grande, em direção à Catedral, ao som da Filarmônica de São João do
Cariri, liderados pelos seus clérigos e coordenadores, os fiéis foram
calorosamente acolhidos pelo Padre Luciano e o diácono Anderson. Na catedral
tomaram café, participaram da catequese sobre as Indulgências, bem Santa Missa,
que foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos.
Homilia
A homilia de
Dom Dulcênio pregada na catedral, foi uma profunda reflexão sobre o significado
do olhar de Deus e, consequentemente, do nosso olhar em Deus sobre nós mesmos. O
bispo começa destacando a importância de olhar para Deus e sermos salvos,
especialmente durante a Quaresma, quando nos preparamos para a Páscoa.
Ao citar a Antífona da entrada, baseada no Salmo 24, que fala
sobre ter os olhos sempre fixos no Senhor, reconhecendo nossa condição humana e
dependência Dele, o bispo disse que mirar Jesus é a certeza de termos ânimo
diante das provações e a perseverança no caminho do bem, mesmo diante de tantas
tentações que nos seduzem por parte do maligno.
Adiante, enfatizou que a cruz de Cristo é o sinal supremo da
Páscoa e da redenção, e que nossa participação nessa cruz não deve nos abater,
mas nos fortalecer na fé. “O sinal magno da Páscoa passa, necessariamente, pela
cruz do Senhor. A capacidade de reconhecê-Lo crucificado faz-nos identificá-Lo
vitorioso, de maneira que, assim como a cruz do Senhor não deve turvar o nosso
coração, a nossa participação nesta mesma cruz, no sacrifício do Redentor,
pelos cansaços e decepções da vida, também não nos deve abater”, pregou.
Ainda na homilia, advertiu aos fiéis acerca da busca por um
cristianismo superficial que evita as exigências de conversão e mortificação,
preferindo um ambiente de paz e amor sem compromisso com a cruz de Cristo. Também citou as palavras de Jesus sobre não
fazer da casa de Deus uma casa de comércio, advertindo contra abordagens
superficiais ou comerciais da fé.
Ademais, destacou a importância da Santa Missa como a
atualização do mistério pascal de Cristo, onde vemos os sinais de Sua divindade
e da nossa redenção, o que nos leva a uma vida de fé e moralidade.
Concluiu enfatizando que olhar para Deus, ser olhado por Ele
e reconhecer a nossa verdadeira condição diante Dele é o caminho para a
felicidade, pois Ele nos perdoa, ressignifica e liberta: “Assim, entendemos que
olhar para Deus, ser por Ele olhados e, consequentemente, reconhecermo-nos
brota do conhecimento profundo da sondagem do Senhor em nós, pois nos conhece por
dentro, não estando nada em nós que Lhe seja oculto. Esta visão é a nossa única
felicidade, pois Aquele em quem temos fixado o olhar perdoa-nos,
resignifica-nos e liberta-nos”.
Por: Ascom
Fotos: Aline Tenório (Pascom Diocesana)