II Domingo do Tempo Comum – Um chamado de Jesus: “Vinde e ver”
Peregrinação da Paróquia de Serra Branca-PB à Catedral e Missa em São Sebastião do Umbuzeiro-PB
Neste Domingo, 14, a Catedral de Nossa Senhora da Conceição,
registrou mais uma bonita manifestação de fé do povo de Deus, com mais uma
peregrinação para receber as indulgências Plenárias; a Paróquia que peregrinou
neste dia foi a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Serra Branca-PB e
Coxixola-PB; Padre Joselito (Pároco), junto com o seu povo, participaram com
muita fé deste momento cheio de significado sinodal.
As peregrinações tornaram-se – neste período em que a Diocese
vivencia o Ano Jubilar dos seus 75 anos – momentos significativos na vida
diocesana, proporcionando aos fiéis a chance de buscarem a espiritualidade, renovarem
a fé e alcançarem o perdão e a graça divina.
Seguindo a programação estabelecida, os peregrinos são
acolhidos para o café da manhã, Catequese sobre as Indulgências e a Santa Missa
presidida pelo Senhor Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos; o Bispo,
juntamente com o Vigário Geral, Padre Luciano Guedes, acolheram aos fiéis que
participaram da Santa Missa do II Domingo do Tempo Comum.
Homilia
O pensamento da homilia proferida por Dom Dulcênio é profundo
e inspirador. A afirmação "Se Ele nos chama, também nos deseja"
destaca a ideia de que o chamado de Jesus não é apenas uma convocação, mas
também uma expressão de desejo por cada um de nós. Isso ressalta a importância
do relacionamento pessoal e íntimo que o Senhor deseja estabelecer com os seus
seguidores.
“O chamado do Senhor, além de certo, incomoda e não nos deixa
na ignorância. Por isso, também nos foi oferecido para a reflexão neste Domingo
o texto do Salmo 39, do qual podemos destacar: “[...] abristes, Senhor, meus
ouvidos; [...] Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa
lei!” (Sl 39,7.9). Aqui, recordo-me do que perguntou a Virgem Santíssima diante
da sua vocação e missão: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
(Lc 1,34). Perguntas como essa Deus suscita no nosso coração para nos privar da
ignorância, para nos fazer conhecer o chamado e a missão, e, pela fé, sabermos
que, não obstante os desafios e as dificuldades, Ele sabe como conduzir as coisas
na Sua providência”, disse.
A temática do chamado de Jesus, utilizando a expressão
"Vinde e Ver", enfatiza a experiência direta e pessoal que cada
indivíduo pode ter ao responder ao convite divino. A menção dos personagens
bíblicos como Samuel, João Batista, André, o discípulo anônimo e Pedro, ilustra
a diversidade de respostas ao chamado divino, ressaltando que esse chamado é
para todos, independente de sua origem ou papel na sociedade.
“André e o discípulo desconhecido eram seguidores de João, o
Batista. Eles estavam num bom caminho, mas que não era o ideal. Interessante é
notar o diálogo entre Jesus e aqueles homens, muito mais do que sanar uma
possível curiosidade Jesus quer perguntar-lhes: “Que sentido de vida
procurais?”. Esta mesma indagação também se volta para nós, não apenas hoje,
mas a cada encontro com o olhar divino, que nos interpela. E a resposta
daqueles incomodados reflete o desejo que tinham de ressignificar as suas
vidas, pois almejavam intimidade com o próprio Deus, ao que Jesus consente, não
apenas a eles, mas deseja consentir para todos os que Ele, universalmente,
remiu”, pregou.
Missa em São Sebastião do Umbuzeiro-PB
Dom Dulcênio também presidiu a Missa na Paróquia de São
Sebastião, em São Sebastião do Umbuzeiro-PB, na forania do Cariri II, na noite
deste domingo. A paróquia está celebrando o padroeiro com grande alegria e
recebeu o bispo com entusiasmo. O Pároco, Padre Marcos Souza, expressou os seus
agradecimentos ao bispo por mais uma vez celebrar na paróquia do Cariri.
A esta comunidade, Dom Dulcênio também refletiu sobre o
chamado que a liturgia deste domingo propôs; destacou em sua homilia as inquietações
que o chamado de Jesus causa em cada um de nós, apontando a natureza
desafiadora e transformadora do chamado divino, que muitas vezes confronta
nossas seguranças e nos convida a uma mudança profunda.
A ideia de que os discípulos de João seguiram a Jesus por
reconhecerem que Ele é o único caminho ressalta a importância da fé e da
confiança na orientação divina. A pergunta sobre como nos comportamos diante do
chamado de Jesus e qual é a nossa resposta também instiga a uma autorreflexão
sobre a nossa disposição em seguir o caminho proposto pelo Senhor.
“Diante de qualquer indagação acerca da nossa dignidade ou
indignidade do chamado a nós dirigido, a consciência de sabermos que, na Sua
Onisciência, se Deus nos chama é porque nos conhece profundamente; e,
conhecendo-nos profundamente, com nossos préstimos ou deficiências, Ele nos
quer para realizar o Seu bom propósito, pois como confessou o luminoso Papa
Bento XVI, quando da sua eleição para o pastoreio universal da Santa Igreja:
“Conforta-me o fato de que Deus sabe trabalhar com instrumentos insuficientes”,
enfatizou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom de Serra Branca e Pascom de S Sebastião do Umbuzeiro