Área Pastoral de São Sebastião, em Matinhas-PB, acolhe Bispo Diocesano nas Festividades do Padroeiro

Postado em 13/01/24 às 23:566 minutos de leitura317 views


Na noite deste sábado, 13 de janeiro, a comunidade católica da Área Pastoral de São Sebastião, situada na cidade de Matinhas-PB, forania do brejo paraibano, acolheu com estima a presença de Dom Dulcênio Fontes de Matos, o Bispo Diocesano que presidiu a Santa Missa em preparação à Festa do Padroeiro São Sebastião.

O Padre Antonio Nelson, Pároco da Paróquia de Santa Ana de Alagoa Nova-PB, manifestou a sua acolhida e comunhão perante o bispo, ao concelebrar a Santa Missa, ao tempo em que junto à comunidade de fé, sentira-se agraciados com a presença confirmadora do Bispo de Campina Grande, que esteve acompanhado dos seminaristas, que o auxiliaram na celebração litúrgica.

A reflexão de Dom Dulcênio, na homilia, disse respeito ao chamado feito por Jesus para segui-lo, tema crucial e relevante para a vida cristã. O II Domingo do Tempo Comum, propõe um olhar para esse encontro entre Jesus os discípulos, encontro transformador, encontro que implica nesta decisão de segui-lo por toda a vida.

“Uma palavra marcante na Liturgia deste domingo é o verbo ir, cujo sinônimo também poderá se associar o termo seguir. Samuel e os dois discípulos de João, cada qual no seu tempo, foram ao encontro do Senhor porque se sentiram tocados pelo chamado divino, seja direta (“Samuel, Samuel!” – 1Sm 3,4.6.8), seja indiretamente, pela presença do Senhor, ou pelo testemunho acerca dela (Jo 1,35-37)”, ensinou.

Conforme a narrativa do Evangelho de João 1,35-42, o autor situa o Batista com dois dos seus discípulos e ao ver Jesus passar, brada: “eis o Cordeiro de Deus!”; para explicar esse trecho, o Bispo de Campina Grande, embasou-se em Santo Agostinho, que faz uma reflexão bastante interessante acerca do prorromper de João.

“Diz-nos o Bispo de Hipona: ‘Cristo é o cordeiro por excelência, o único sem mancha, sem pecado; e não porque as suas manchas foram canceladas e sim porque nunca as teve. O que significam estas palavras de João acerca do Senhor: ‘Eis o Cordeiro de Deus’? João não poderia ser tido como um cordeiro também? Não era um homem santo? Não era o ‘amigo do esposo’? Cristo é o cordeiro por excelência: este é o Cordeiro de Deus: porque unicamente pelo sangue deste cordeiro os homens puderam ser redimidos’”, citou.

Adiante, Dom Dulcênio explicou que o Batista é apresentado nos Evangelhos como alguém que vivia na expectativa daquele que viria e que era maior do que ele, do qual não seria digno nem de abaixar-se para desamarrar as sandálias. E se João dava testemunho acerca daquele que viria, ao apontá-lo, os seus discípulos o abandonaram para seguir ao que João afirmava ser o maior.

Ao continuar explicando disse que para Jesus não foi nenhuma surpresa que os discípulos de João agora o seguissem, visto que, Jesus já esperava pela eficácia do testemunho de João Batista. Também destacou que as perspectivas dos dois que ali estavam diante de Jesus é a de permanecer com ele. “Seguir não é mais uma atitude passiva, mas passa a ser coadunada a ação de permanecer com o Mestre”, pregou.

E continuou: “Muito mais comovente do que a vocação de André e do discípulo desconhecido é a de Simão que também é relatada neste texto: “Jesus olhou bem para ele e disse: 'Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas' (que quer dizer: Pedra)’. Vocação, termo cunhado do latim ‘Vocare, designa chamar. Todos, assim como André e o outro discípulo, como Samuel, na Primeira Leitura de hoje, e Pedro, fomos e somos continuamente chamados”, afirmou.

“Fomos, porque o primeiro chamado se deu quando o Senhor nos confiou a vida e, com esta, o compromisso da santidade. Somos, porque cotidianamente ele nos chama para junto de si através das diversas vocações específicas proporcionadas pelo estado de vida que possuímos. Pelo chamado do Batismo, adentramos na Igreja, cuja etimologia grega se dá pelo termo ekklesía: a “convocada”, a “eleita”, a “chamada”. Por fazermos parte da Igreja, somos povo de Deus, e, por isso, chamados a realizar, com a nossa vida, o projeto que o Senhor tem para toda a humanidade: a salvação”. 

Concluiu a sua pregação desejando que o chamado de Jesus Cristo continue a nos inquietar, e que, diariamente, renovemos o nosso compromisso com o Cristo, tal como Ele renova o Seu chamado em nós.

A Comunidade de São Sebastião, em Matinhas-PB, é assistida pastoralmente pelos Padres da Paróquia de Santa Ana, de Alagoa Nova-PB, Padre Antonio Nelson e Padre Luiz Fernandes. 


Por: Ascom
Fotos: Pascom de Matinhas. 

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