Neste dia 28, dentro da Oitava do Natal, a Igreja celebrou a Festa dos Santos Inocentes que remete à memória das crianças que foram brutalmente assassinadas pelo tirano rei Herodes; A Igreja venera esses Inocentes como mártires, desde os primeiros séculos. Uma vez que perderam a vida, logo depois da vinda de Cristo ao mundo.

Na Diocese de Campina Grande, as Paróquias seguem celebrando à Oitava do Natal e de forma especial, a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, em Baraúna-PB, forania do curimataú, deu início aos festejos alusivos à sua Padroeira.

Pela manhã foi realizada a Missa dos idosos e enfermos com o padre Paulo Sérgio, às 18h aconteceu a concentração e procissão motorizada até à igreja matriz e às 19h30 Santa Missa de Abertura e celebração do sacramento da Crisma com o Bispo diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos que crismou 84 jovens e adultos.

O Bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre Henrique Gustavo, bem como por toda a comunidade, que se alegrou e festejou com a presença de Dom Dulcênio. Na homilia, o Pastor Diocesano refletiu sobre a festa litúrgica dos Santos Inocentes.

Na homilia, Dom Dulcênio lembrou inicialmente das crianças que são violentadas já no ventre materno, e daquelas que sofrem por falta de dignidade e oportunidade, e desde a sua infância já experimentam os flagelos e percalços próprios da vida em uma sociedade cada vez mais individualista e egoísta.

Ao aprofundar a explicação sobre os Santos Inocentes, contextualizando a chegada dos Magos do Oriente ao Palácio do Rei Herodes, até visita dos mesmos Magos a Jesus, o retorno destes por outro caminho e o Decreto de Herodes determinando que todos os meninos de dois anos para baixo fossem mortos pela espada, o Bispo disse que em vão Herodes estendera as mãos homicidas contra a vida do Menino Jesus, pois Ele se achava em seguro abrigo. Avisado por um Anjo, São José tomara o Menino e a Mãe Santíssima e fugira para o Egito, país que Deus lhe tinha mostrado.

“Amados irmãos, que felicidade para as criancinhas inocentes de Belém, que puderam morrer por Nosso Senhor! Se não as tivesse alcançado o bárbaro decreto de Herodes, mais tarde talvez tivessem feito côro com a multidão que exigiu a morte de Jesus Cristo. Os pais daquelas crianças choravam amargamente e ficaram inconsoláveis, mas Deus em sua bondade aproveitou-se da maldade humana e deu àquelas criancinhas uma glória, que excede toda imaginação”, pregou.

E ao trazer para a realidade, Dom Dulcênio lembrou que a morte de uma criança é sempre causa de grande dor para os pais. Também disse que manifestar tais sentimentos, não é pecado, contanto que não se revoltem contra as determinações divinas. “Deus é o Senhor da vida; às crianças, pode chama-las a si, quando lhe apraz”, disse. 

“Que não sejamos causadores da morte de uma criança, mas, sendo da vontade de Deus, os pais devem aceitar o rude golpe como Cristãos, isto é, resignados e conformados com a suprema determinação de Deus e dizer com toda a sinceridade: seja feita a vossa vontade”, concluiu.

Para saber mais sobre a festa clique no link abaixo:

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Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial