No Seminário, Bispo presidiu Missa que marcou o encerramento do Ano Letivo de 2023
Na tarde desta segunda-feira, 04, o Bispo Diocesano de
Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Missa que marcou o
encerramento do Ano Letivo de 2023 no Seminário Diocesano São João Maria
Vianney, no bairro do Alto Branco; ocasião para render graças a Deus pela
formatura de 4 seminaristas que concluíram o curso de Filosofia.
Ao lado bispo, concelebraram os formadores da Casa e demais
padres, presentes também alguns diáconos permanentes, bem como os familiares
dos seminaristas, professores e funcionários.
Muitos são os motivos que a Diocese tem para agradecer a
Deus, um deles sem dúvidas, é pela vivacidade do Seminário Diocesano, que se
tornou um celeiro vocacional. Com esta disposição, clérigos e leigos
participaram deste momento marcante e significativo.
O bispo lembrou em sua homilia que a vida no seminário nem
sempre é fácil, disse ainda que somente com auxílio de Deus, formadores, corpo
técnico, docentes e discentes são capazes de superar as dificuldades e
encontrarem sentido para a sua caminhada.
Ao falar de fé, destacou a figura do Centurião, apresentada
no Evangelho deste dia, conforme pregou, o oficial romano não participava da
vida religiosa da comunidade judaica, no entanto tinha fé em Jesus, e a fé
daquele homem quebrou paradigmas da epoca, ultrapassou as fronteiras do
estabelecido, e ele se dirigiu a Jesus.
“Amados seminaristas, se o centurião pagão é um exemplo de fé
e confiança, o que podemos pensar de um seminarista, que é um cristão chamado
por Deus ao sacerdócio? O bom jardineiro é aquele que, com mil cuidados, prevê
o que será a planta ou a árvore de amanhã. Seminário é “sementeira”; já dizia
um grande bispo da Igreja, Dom José Nilton, da Arquidiocese de Brasília, de
saudosa memória. Todos os especialistas admitem que “tal seminarista”, tal
padre”, refletiu.
Aprofundando e dirigindo sua pregação aos seus filhos
seminaristas, o bispo lembrou que o tempo do Seminário precisa ser aproveitado
ao máximo, pois passa rápido, também aconselhou os jovens, a descobrirem nas férias,
que a vocação para o sacerdócio não deve ser interrompida, pelo contrário, deve
ser alimentada com a missa diária e a oração da liturgia das horas.
“As férias constituem, um tempo de prova, que a Igreja e a
Providência lhes concedem. É um ensaio da virtude, em meio a liberdade e aos
perigos, sempre reais do mundo tão secularizado. Aprendam a atravessar as
armadilhas, com prudência e bom senso, será sempre assim quando se tornarem
sacerdotes. Amados seminaristas, nas férias não deixem de rezar a liturgia das
Horas, se possível vão a Missa diariamente, lutem para provar um ensaio da vida
santa que um dia deverá viver, e viver com alegria, no meio do mundo – Pro
Mundi Vita – o mundo será campo da atividade ministerial”, pregou.
Por fim, parabenizou os formandos desejou votos de boas
férias e descanso, bem como agradeceu, aos Padres formadores, aos técnicos, aos
professores e demais colaboradores da Casa de Formação.
Palavras do Reitor
O Padre Leandro, Reitor do Seminário, também deixou uma
palavra de agradecimento aos seminaristas, demais formadores, funcionários,
professores e expressou dois sentimentos em sua fala: gratidão e admiração!
Gratidão por todo o ano e esforços que foram empreendidos,
gratidão ao bispo pelo apoio, gratidão ao povo e gratidão a Deus. Admiração,
segundo o padre Reitor, porque em cada ato, em prol do crescimento do seminário,
seja de um seminarista, professor, formador ou funcionário, merece ser
admirado.
Agradecimento da turma
Os
seminaristas que concluíram a filosofia foram: Anderson Dantas (Picuí-PB);
Elias Lira (Barra de Santana-PB); Rafael Domingos (Massaranduba-PB) e Victor
Severino (Queimadas-PB).
Representando a turma, o seminarista Elias agradeceu a Deus
por toda a caminhada turma, ao pastoreio e presença do Bispo, à paciência e à
caridade dos formadores, aos professores, funcionários, aos familiares, demais
padres e ao povo de Deus que reza pelas vocações sacerdotais.
“Muitas vezes, no percorrer a estrada, nos perguntamos: Por
que Deus nos chama? Por que é que Ele insiste em colocar nas mãos de
instrumentos tão frágeis algo tão grandioso? Por que nós e não outros? E
percebemos que não conseguimos responder a tais perguntas senão olhando para o
seu infinito amor. Sim, grande é o amor de Deus por nós. Por isso estamos aqui;
porque ele olhou para cada um de nós com a sua misericórdia e, ao fazer isso,
nos fez enxergar que vale a pena segui-lo mais de perto”, disse.
E continuou agradecendo: “O jovem seminarista que decidiu
abraçar o celibato já se preparando para o sacramento da ordem que um dia
receberá por meio da imposição das mãos e oração consecratória de seu bispo,
não o faz por não ter encontrado outro caminho a seguir na vida ou resignado
por uma incapacidade de amar, mas porque uma Pessoa feriu seu coração de tal
forma que não se compara a ninguém ou coisa qualquer. No tempo de formação,
após ter passado pelo propedêutico, chegamos à filosofia. Durante esse tempo,
tivemos a oportunidade de refletir acerca temas, como o da existência humana,
do saber, da verdade, dos valores morais, da linguagem, de procurar saber quem
é o homem? Afinal, Deus chama homens. Foi um tempo de muito crescimento e
amadurecimento da vocação”.
Por: Ascom
Fotos: Rafael Augusto