Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Um dia santo! Um dia repleto de fé para todos os brasileiros,
pois a Igreja celebrou a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, na diocese todas as paróquias realizaram as suas programações, com
destaque para a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Presidente
Médice, única paróquia da Igreja Particular de Campina Grande, que carrega o patronato
da Padroeira do País.
Desde cedo a paróquia já promovia uma programação especial
com um pedal missionário, marcado pelo louvor e que percorreu algumas paróquias
da Forania Cidade Oeste. Às 10h, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom
Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Solene Missa na Matriz, sendo acolhido
pelo Padre Dênis e os demais Cônegos Lateranenses, presentes também alguns
padres da Forania Cidade Oeste e o diácono Walter.
Estando na Paróquia de Aparecida, o bispo falou da grandeza da
Santíssima Virgem Maria destacando que a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida
é uma manifestação viva e singular da fé do Povo de Deus por meio de Maria,
que, em sua imagem escura e pequenina, visita o Brasil.
Homilia
Ao pregar, o Bispo explicou aos fiéis que as leituras de
desta Solenidade traz a ideia de Nossa Senhora como a Medianeira da Nova e
Eterna Aliança, tal como apontou a primeira leitura, que menciona a rainha
Ester que achando os favores do rei Assuero, olha para a vida de Israel, para a
vida do seu povo, dizendo-lhe: “Concede-me a vida. Eis o meu pedido! E a vida
do meu povo. Eis o meu desejo!” (Est 5,3).
“Há um paralelo há entre Ester e Maria: ambas são dispostas
para estar à disposição de outrem, do seu povo, e, neste, de Deus. Recordemos o
quadro da visitação de Maria a Isabel. Daquela que às pressas fora encontrar a
parenta para comunicar-lhe o Autor da Vida encarnado no seu ventre imaculado”,
disse.
O Evangelho proclamado, João 2,1-11; traz a manifestação de
Jesus nas Bodas de Caná, e ao explicar com profundidade o texto bíblico, o
Bispo de Campina Grande que explicou que no mistério da sua Páscoa, Nosso
Senhor consuma a Nova e Eterna aliança. Nesta perspectiva, averígua-se a
incompletude e a finitude da aliança com os judeus, simbolizada nas seis talhas
vazias e na ausência do vinho que alegra e dá sentido ao festim das núpcias.
Nesta certeza, vemos a presença de Maria, corredentora, em diálogo com o
Redentor: “Eles não tem mais vinho!”. E Jesus declara: “Mulher, minha hora
ainda não chegou!”.
“As seis talhas é a presença do Antigo Povo da Aliança, que
esperavam nesta mesma aliança. Um povo que ainda não havia conhecido uma
aliança perfeita e eterna, e, por este motivo, estavam vazios, uma vez que o
Cristo veio suplementá-la. ‘A Lei nos veio por Moisés, mas a graça e a verdade
no-lo chegaram por Jesus Cristo!’ Ele completa a aliança porque é a talha que
faltava: a sétima: número da perfeição e do cumprimento. Por que falta o vinho?
O que significa dizer: Este vinho é a presença de Cristo-Esposo. Nele todas as
coisas são renovadas. Com Ele o vinho é melhor”, pregou.
Findou a sua homilia na Paróquia de Aparecida pedindo à Nossa
Senhora sua maternal mediação, para, não obstante os acontecimentos
transitórios, fincarmos uma fé inquebrantável como ela que é a primeira dentre
os crentes. “Simultaneamente, peçamos-lhe que interceda por nossas necessidades
materiais, sociais, políticas. Que, a partir da nossa redenção, a Imaculada
Senhora Aparecida não deixe faltar Cristo-Vinho no coração dos homens,
inclusive dos que nos governam, para que a escassez promovida pelo pecado e por
tudo quanto provém dele, não nos advenha. Que a Senhora Aparecida livre o
Brasil da desumanidade promovida por tantos que estão a serviço do dragão”,
concluiu.
Presença na Comunidade de Nossa Senhora Aparecida na Paróquia
de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Esperança-PB
À tarde o Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano de Campina
Grande, Dom Dulcênio esteve na Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, em
Esperança-PB, precisamente na Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, comunidade
que se prepara para se tornar paróquia. Acolhido pelo Padres Evanilson e João de
Deus, o Bispo celebrou a Solenidade da Padroeira do Brasil e rezou
pelo povo brasileiro em missa campal.
Na homilia que pregou para o seu povo, em Esperança-PB,
lembrando que os fiéis católicos encontram em Maria um sinal de Deus, de Sua
proteção e de Seu amparo, ao tempo em que se responsabiliza em desenvolver o
plano da vontade divina em nossa existência, integralmente, sem meios termos,
sem titubeações, tal como Maria assim o fez.
Ao continuar com a sua explicação, disse ao povo que existe uma relação
entre a rainha Ester e Nossa Senhora, e ensinou que Maria rompe com o pecado, e
mais do que rompe, pisa-lhe a cabeça, é-lhe isenta. Daí, ser Imaculada desde a
sua concepção. Já em relação à rainha Ester, Maria a supera na preocupação com
o povo de Deus, na salvaguarda de suas vidas.
E concluiu lembrando que Deus é a fonte de toda a justiça e
que diante de tantas mazelas que se abatem sobre o nosso povo, Deus, que é o
nosso Rei, quer se valer dos rogos de nossa Rainha, Sua Mãe a nós concedida,
que, instantemente, Lhe diz: - “’Eles não têm o vinho da alegria, que és tu.
Fica sempre com eles, não os abandones: concedas-lhes a vida - eis o meu
desejo! Eles que, a mim, foram confiados.’ (Jo 2,3; Es 7,3). Que a grande
intercessora da vida dos brasileiros os seus filhos!'”.
Por: Ascom
Fotos: Matheus Borges (Setor Diocesano de Fotografias) / Pascom Paroquial de
Esperança