XXIV Domingo do Tempo Comum: Um chamado ao perdão
A igreja celebra neste dia 17, o 24º Domingo do Tempo Comum,
apresentando aos seus fiéis o Evangelho de Mateus 18,21-35, que traz uma lição
acerca do perdão perene; na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, O Bispo
Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos presidiu a Santa
Missa e acolheu mais uma Peregrinação para o recebimento das Indulgências
Plenárias, vinda da cidade de Boa Vista-PB, a Paróquia de Bom Jesus dos
Martírios.
O Padre Saulo Rodrigues, Pároco da Paróquia de Boa Vista,
junto aos seus paroquianos, que em grande número lotaram as dependências da
Catedral, vivenciaram este momento importante com muita fé e devoção, sendo
recebidos por volta das 8h45 pelo Pároco da Catedral, Pe. Luciano Guedes; os
fiéis tomaram café, visitaram a Cripta, a exposição histórica e participaram da
Catequese acerca das indulgências.
Na Santa Missa presidida pelo bispo, os fiéis desfrutaram de
uma rica homilia proferida pelo Pastor Diocesano, que ao refletir a Liturgia da
Palavra deste domingo falou sobre a importância de imitar o amor de Deus;
segundo pregou, o cristão, muito mais do que um seguidor descomprometido, deve
ser um imitador do próprio Cristo com todas as forças do seu interior, sempre
propenso ao crescimento pelo alargamento do amor.
Conforme ensinou o Bispo de Campina Grande-PB, Jesus, ao
longo da sua pregação, nos alertou acerca do diferencial que devemos ser diante
das realidades que visam minorar os valores que Ele, como Deus, ensinou e
exemplificou, solapando a moral cristã. Disse também que como membro da Igreja,
família de Deus e casa de irmãos, é dever de todo cristão imitar ao seu Senhor
na busca pela perfeição que se dá em práticas concretas de amor.
“Na vivência entre irmãos de per si imperfeitos, devemos nos
ajudar para atingirmos juntos esta meta comum: a perfeição. Desculpem-me a
franqueza: talvez estejamos no lugar mais exigente do mundo, é bem verdade!
Viver na Igreja por vezes não é fácil. Porém, todos devemos ter como objetivo o
crescimento, porque somos pessoas que, se sentindo incomodadas pelo que são e
pelo que devem ser, buscam, na vivência dos sacramentos, na escuta da Palavra,
na comunidade, experimentando Jesus, ser como Ele. A Igreja é uma comunidade em
vias de perfeição; em transformação pelo trilhar da conversão e da penitência”,
destacou.
Missas com o Rito da
Crisma
No sábado, 16, à noite na Paróquia de São João Maria Vianney e São Sebastião, no Seminário do Alto Branco, o Bispo Crismou uma turma de 68 jovens. Já no domingo, 17, esteve na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, em Boqueirão-PB quando lá crismou 264 jovens e adultos.
Para essas duas comunidades Dom Dulcênio refletiu em torno do
Perdão que é o grande ensinamento deste XXIV Domingo Ordinário; o bispo pregou
que a ação do amor de Deus é enfatizada em Sua misericórdia, que nos dá a paz,
a única verdadeira; que, vinda do Alto, é duradoura e nos faz viver na graça
divina.
Ao prosseguir com os seus ensinamentos, disse que no
Evangelho de São Mateus, existem dois grandes gritos de misericórdia: o
“Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”
(Mt 6,12), presente no Pai-nosso, ensinado por Jesus no Sermão das
Bem-Aventuranças, e os gritos presentes no trecho do Evangelho deste domingo:
“Dá-me um prazo, e eu te pagarei!” (Mt 18,26.29).
“Deus escuta todos os gritos de misericórdia que Lhe
elevamos. A Sua onipotência não é indiferente à nossa humilhante situação
pecadora. E, assim, as repetidas vezes do “setenta vezes sete” nunca esgota a
infinitude do amor divino por nós. Deus tudo perdoa ao arrependido porque tudo
pode Ele fazer”, pregou.
E concluiu refletindo que por vezes mendigamos o perdão de
Deus, mas somos mesquinhos em amar diante de uma simples mágoa, somos lentos no
ato de “misericordiar”, conforme a expressão alcunhada pelo Papa Francisco.
“Quando isto acontecer, quando os ecos do rancor ressoarem em nós, tenhamos aos
olhos a conclusão do trecho do Eclesiástico proclamado nesta Missa: “Lembra-te
do teu fim e deixa de odiar; pensa na destruição e na morte, e persevera nos
mandamentos. Pensa nos mandamentos, e não guardes rancor ao teu próximo. Pensa
na aliança do Altíssimo, e não leves em conta a falta alheia!” (Eclo 28,9). E,
com tais meditações, perfuraremos a rocha do nosso egoísmo”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascons paroquiais - Seminário (Aline Tenório); Boa Vista-PB e de
Boqueirão-PB