Festa de Nossa Senhora das Dores em Monteiro-PB e em Zabelê-PB
O Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, presidiu neste dia 15, duas missas festivas em honra à Nossa Senhora das
Dores; a primeira celebração, aconteceu na Paróquia de N. Sra das Dores, em Monteiro-PB,
Forania Cariri II, paróquia que expressa fortemente a sua fé na padroeira; os
Padres Isaías (Pároco) e o Padre Artur (Vigário), Padre Henrique Gustavo e
Padre Maurício, concelebraram com o Prelado diante de uma Matriz repleta de
fiéis.
À tarde, na cidade vizinha de Zabelê-PB, também na mesma
forania do cariri II, lá a comunidade também celebrou à Mãe das Dores; a
referida igreja pertence à Paróquia de São Sebastião, de São Sebastião do
Umbuzeiro-PB; com muita alegria, fé e devoção, centenas de fiéis acolheram Dom
Dulcênio para esta Missa concelebrada pelo Pároco, Padre Marcos Souza.
Após a Missa, foi realizado uma procissão junto com o Bispo,
o pároco local e toda a Comunidade, com cânticos e corações cheio de alegrias. Para
o Pároco, a festa de Nossa Senhora das Dores este ano, foi uma grande
oportunidade de Vivência orante e mais união na comunidade. Todos ajudaram,
participam, rezaram, e perseveraram no decorrer dos festejos. Rezamos e pedimos
a Nossa Mãe, que proteja a todos os devotos e Munícipes Zabelenses.
Homilia
Na homilia proferida neste dia importante para Igreja
Católica, o Bispo – inicialmente – lembrou que acompanhar Nossa Senhora em
todas as fases da sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus na
pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto da
Santíssima Virgem.
Ainda na primeira parte da homilia, o Pastor Diocesano
deteve-se a falar sobre a profecia de Simeão, que segundo o evangelista Lucas
narrou que o velho Simeão disse à Nossa Senhora que a sua alma seria
transpassada por uma espada. Acerca dessa passagem bíblica o bispo ensinou que
tal previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos,
marcando a caminhada pública do seu Filho Jesus.
“À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em
graça, no dulcíssimo coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho
tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. Como afirma Santo
Afonso, ‘o Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes
que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima
assim não procedeu, porque a querida Rainha das dores é toda semelhante ao
Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as penas que havia de sofrer’”.
No segundo instante, Dom Dulcênio tratou da relação de Nossa
Senhora com a vocação, visto que a Igreja no Brasil vivencia o Ano Vocacional,
assim trouxe aos fiéis, parte da sua história testemunhando que foi a
Santíssima Virgem Maria quem o vocacionou ao sacerdócio.
Ao lembrar da belíssima oração vocacional pelos sacerdotes,
destacou que Dom Luciano Cabral, que foi Arcebispo de Aracaju-SE, não deixou de
invocar a Virgem Maria como Mãe dos Sacerdotes. E, assim, ele ensina-nos a
rezar, implorando a sua intercessão maternal:
“Mas, por que o experimentado Dom Luciano se dirige à Nossa
Senhora como “Mãe dos Sacerdotes”? Não o sabemos ao certo. Creio, no entanto,
que já com muitos anos de vida sacerdotal, o Arcebispo quis recordar-se,
particularmente, das muitas vezes do auxílio da Virgem Maria. Podemos dizer
mais: quando do Calvário, que o
discípulo amado aos pés da Cruz, junto com Maria, tão logo Jesus lhe confia
como Mãe a sua própria Mãe, ele a acolhe consigo.
A Onipotência Suplicante
Um trecho dessa oração, diz: “Vós que sois a Onipotência
Suplicante”, referindo-se À Maria, aponta a Senhora da humanidade como sendo a
Mãe que intercede por todos, isto porque, tal como fez nas Bodas de Caná –
explicou Dom Dulcênio – quando disse a
Jesus, seu Filho e Senhor, em favor dos noivos daquela festa: “Eles não têm
mais vinho” (Jo 2,20).
“Jesus é a graça de
Deus; e Ele vem por Maria. Daí, muitos santos da Igreja afirmarem que todas as
graças vêm de Maria. É ela que, quando dos momentos em que secam os vasilhames
do vinho da nossa alegria em dizer “sim”, por motivo das dificuldades, enche as
talhas, de volume incomparavelmente superior, com o vinho melhor, Jesus
Cristo”, pregou.
“Por isso que Dom Luciano, através da Oração pelas vocações
sacerdotais e religiosas, nos ensina a clamar o socorro maternal nos divinos
ofícios cabíveis aos sacerdotes, de santificação, condução e ensino do Povo
Santo de Deus, de maneira que tudo o que fazem seja bem feito para a glória do
Santo Nome de Deus e para a salvação das almas, porque é ação mesma do Senhor,
principalmente quando dos Sacramentos”.
A experiência Vocacional
Concluiu a sua pregação destacando quão rica é a experiência
vocacional, que a Diocese de Campina Grande tem demonstrado a partir de
iniciativas, tais como os eventos realizados com reflexões sobre o Ano
Vocacional; “vidas foram convocadas para, de diversas maneiras, corresponderem
ao chamado amoroso do Senhor para edificarmos, cada um segundo o seu estado de
vida, a Igreja de Cristo”, disse.
Por fim, junto ao seu povo, rezou pelos padres, demais
seminaristas, vocacionados, clamou a Jesus Cristo a fim de que conceda
sacerdotes santos, totalmente dedicados à Igreja. E à Virgem das Dores, Mãe dos
sacerdotes, a onipotência suplicante, pediu novas vocações sacerdotais e
religiosas.
Por: Ascom
Fotos: Pascom de Monteiro e Pascom de Zabelê