Milhares de fiéis participam da Festa de Nossa Senhora dos Milagres
No cariri paraibano, precisamente na cidade de São João do
Cariri, uma devoção centenária costuma atrair uma multidão de fiéis ao
Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, padroeira da paróquia local. Este ano
a grande festa dos Milagres teve início no dia 01 de setembro, estendendo-se
até o dia 11 do mesmo mês, à luz do tema: “Como posso merecer que a mãe do meu
Senhor me venha visitar? Lucas 1,39-45”.
Neste domingo, dia 10, o Padre Assis Meira, Pároco local e
Reitor do Santuário, acolheu o Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos,
que presidiu a Missa Solene das 10h e também participou da grandiosa procissão
pelas ruas da cidade, à tarde. Demais Sacerdotes, o povo de Deus, autoridades
civis testemunharam a bonita festa da padroeira.
Na homilia dirigida aos fiéis, o bispo disse ser motivo de
grande louvor a Deus a festa em honra à Nossa Senhora dos Milagres, e frisou
que como peregrino, em meio a tantos, veio ao encontro da Virgem Mãe dos
Milagres. “Viemos ao encontro dela, porque sabemos do importante papel que ela tem
por ser a Mãe de Jesus, nosso Deus e Salvador”, pregou.
Adiante, o bispo se debruçou a refletir sobre alguns pontos
importantes que fundamentam o nosso amor a Maria Santíssima. Primeiro
destacou-a como a Filha de Sião:
Conforme, ensinou, Maria aparece primeiro semelhante às suas contemporâneas; o
nome de Maria trazido de outrora pela irmã de Moisés (Ex 15,20), era corrente
do tempo de Jesus.
“Para o evangelista Lucas, Maria não é uma simples mulher
judia. Nas cenas da Anunciação e da Visitação, ele apresenta Maria como a Filha
de Sião, no sentido que tinha essa expressão no Antigo Testamento: a
personificação do povo de Deus”, instruiu.
Maria é a Mãe
No ensinamento seguinte, o bispo apontou Maria como a Mãe, em
todos os níveis da tradição evangélica, Maria é antes de tudo, “Mãe de Jesus”.
“A maternidade de Maria é voluntária, o relato da anunciação deixa isso bem
claro (Lc 1,26-38). Diante da vocação inesperada que o anjo lhe anuncia, a
virgem fica preocupada em compreender o apelo de Deus. E aí que o anjo lhe
revela sua concepção virginal. Plenamente esclarecida, Maria aceita, ela é a
serva do Senhor”, pontuou.
Maria – continuou pregando – não cumpriu o seu papel só
durante a infância de Jesus, ela continua mãe quando Jesus chega à idade
adulta. Encontra-se ao lado do Filho quando das separações dolorosas a tarefa
de Maria toma uma nova forma.
“No calvário se completa a maternidade. Maria está ao pé da
cruz. Jesus lhe dirige ainda o solene “Mulher” que marca a sua autoridade de
Senhor do Reino. Designando à sua mãe o discípulo que ali estava: “Eis o teu
filho”, Jesus a chama à uma maternidade nova, que irá ser doravante sua função
do novo povo de Deus, o povo da Nova Aliança”, disse.
A mulher da fé
Outro ponto ensinado pelo bispo acerca da Mãe de Jesus, disse respeito a sua fé, pois ela recebe a palavra de Deus com toda a sua vida e generosidade. “Em Maria, vemos um mistério da Igreja vivido plenamente por uma alma que recebe a Palavra divina com toda a sua fé. Maria é a nova Eva. Nela se revela assim no nível da história da existência daquela virgem, Igreja-virgem que, por sua atitude faz o contrário do que fez Eva”, destacou.
A festa
A festa de Nossa Senhora dos Milagres foi marcada por
procissões, missas diárias, eventos religiosos, culturais e sociais. De acordo
com o Padre Assis Meira, aproximadamente 50 mil fiéis passaram pelo Santuário
no decorrer dos dez dias de festa, pessoas movidas por um coração devoto à
Nossa Senhora dos Milagres, que almejaram e receberam a benção da mãe tão
querida!
Por: Ascom, com apoio da Pascom paroquial
Fotos: Pascom Paroquial