XXII Domingo do Tempo Comum: Peregrinações à Catedral e Crismas
Neste 22º Domingo do Tempo Comum, a Igreja convida a todos os
cristãos a seguirem Jesus, renunciando a si mesmo e tomando a sua cruz, um
seguimento que implica em decisão e em compromisso com a verdade anunciada pelo
Mestre. O Bispo Diocesano de Campina Grande, neste final de semana,
compreendido entre os dias 02 e 03, presidiu três, sendo duas delas com
Crismas, uma na tarde do sábado (02) na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro,
precisamente estando na cidade de Caturité, onde crismou 96 jovens e adultos;
outra no domingo (03) à tarde, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, Monteiro
quando crismou 66 jovens e adultos.
Já no domingo pela manhã, Dom Dulcênio presidiu a tradicional
Missa do Lar, acolhendo na Catedral de Nossa Senhora da Conceição a
peregrinação da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, da cidade de
Esperança-PB, que veio receber as Indulgências plenárias; Junto ao Padre
Luciano Guedes, Vigário Geral, saudaram todos os paroquianos de Esperança nas
pessoas dos padres Evanilson, Ednaldo e João de Deus, assim como o Diácono
Maurício.
Na homilia, o Pastor Diocesano explicou que toda a reflexão
estaria em volta ao testemunho cristão; começou destacando que o chamado de
Jesus Cristo é irresistível, e que todos os homens e mulheres são vocacionados
às realidades transcendentes: “A mesma Graça que nos chama nos dá força diante
das exigências que de todos os lados nos interpelam. Todos nós somos chamados
para uma missão na igreja”, disse.
A primeira leitura do livro do Profeta Jeremias apresenta
–conforme ensinou o bispo– uma das mais
belas declarações de amor e uma das mais transparentes da Sagrada Escritura: “Seduziste-me,
Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder” (Jr 20, 7);
e prosseguindo explicou que o Profeta Jeremias preconiza o próprio Cristo no
seu sofrimento rumo a Cruz, o Cristo é o modelo para todos nós cristãos; ele é
modelo de amor, de paciência ante às perseguições sofridas por causa do Evangelho
da Salvação.
“Quem segue a Jesus esteja preparado para carregar a Cruz;
ele, o Cristo, fonte de toda a Bem-Aventurança, e é a partir de si, nos
felicitará quando diz: ‘Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando
vos perseguirem e disserem falsamente todo mal contra vós por causa de mim;
alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa no céu, pois assim
perseguiram os profetas que vieram antes de vós’”, pregou.
Adiante refletiu sobre o Evangelho de Mateus 16, 21-27, que
traz a cena do diálogo entre Jesus e Simão Pedro, e mostra a repreensão de
Cristo a Pedro, por pensar conforme os conceitos e as lógicas humanas; Pedro
queria impedir o sofrimento de Jesus, mas a lógica de Jesus não era essa, ele
precisaria passar pelo sofrimento até à sua glória.
Ademais refletiu com a comunidade: “estamos sendo pedra de
tropeço ou de reerguimento em nossas comunidades? Ser de erguimento ou de
tropeço reflete necessariamente a nossa condição diante de Deus. Se lhes somos
submissos pela fé ou se queremos lhe dá ordens, ensinando-lhe pretensiosamente
a maneira de como conduzir as coisas, é por isso que Jesus enquadra Pedro como
Satanás, como revoltado exigindo-lhe que volte ao seu lugar de Discípulo,
deixando o mestre conduzir, seguindo-o”, explicou.
Em analogia a este pensamento, lembrou dos muitos cristãos
que não fazem a vontade divinas, mas sim as próprias vontades: “O Cristão que
quer uma religião ao seu modo, que vive fugindo do sofrimento, isto é, fugindo
da Cruz, vive o comodismo da fé, é um cristão que quer viver conforme a sua
vontade”.
“Nunca nos esqueçamos – como diz o Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo quinto, versículo vinte e nove – ‘importa obedecer antes a Deus do que aos homens’. Não baixemos a cabeça para aquilo que o mundo nos impõe! Sejamos Cristãos de verdade! Não queiramos ser reprovados por Deus e aplaudidos pelos homens. Em Cristo sejamos oblações vivas, puras e santas. Nunca abandonemos o Cristo!”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom de Boqueirão | Pascom de Esperança | Pascom de Monteiro