Diocese realiza translado dos restos mortais dos bispos sepultados na Catedral para a Cripta

Atualizado em 14/08/23 às 00:009 minutos de leitura464 views


A Cripta da Catedral foi inaugurada e abençoada pelo bispo diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, neste dia 14 de agosto de 2023, que se tornou para a diocese um grandioso dia. Desde às 6h da manhã a Catedral já estava aberta para visitação dos restos mortais dos bispos, Dom Manuel Pereira e Dom Luís Gonzaga Fernandes que foram exumados, e colocados em duas urnas postos defronte ao altar.

No decorrer de todo o dia, foram realizadas seis missas com os padres que foram ordenados por esses dois prelados; às 6h da manhã, presidiu a missa o Padre Severino Firmino, da Paróquia de São Pedro, no Severino Cabral-CG; às 08h, o Padre Possiano, da Paróquia de São José, de Montadas-PB; às 10h, presidiu a terceira missa, o Monsenhor Lourildo Soares, vigário paroquial no Santo Antônio-CG; às 12h, foi a vez do Padre José Vanildo, pároco da Paróquia de São Judas Tadeu, do bairro das Nações-CG; a penúltima missa foi presidida pelo Padre Acírio que reside no Seminário Diocesano-CG.

Às 16h, aconteceu a missa solene presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, concelebrada pelo bispo emérito de Palmares-PE e vigário geral da Arquidiocese de Maceió-AL, Dom Genival Saraiva, demais padres concelebraram, reunindo diáconos, seminaristas, religiosos, autoridades civis, familiares prelados falecidos, e demais fiéis que lotaram as dependências da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.

A homilia foi proferida por Dom Genival que destacou ser um dia marcante para toda a história da diocese, referenciando os nomes dos bispos já falecidos e apontando que cada um teve um protagonismo importante para cada época da diocese.

Ao falar do terceiro e quarto bispo, Dom Manuel e Dom Luís, cujos restos mortais estavam depositados em urnas, Dom Genival destacou que a partir de uma realidade finita do ser humano, seria possível vislumbrar a ressurreição em Jesus Cristo.

“Hoje rezamos por Dom Manuel e Dom Luís, e ao fazermos uma leitura da morte, sempre a lemos com um olhar da memória e com a esperança na ressurreição. Dom Luís faleceu em 2003 e Dom Manuel em 2006, que eles estejam contemplando o rosto de Deus, o Deus fiel que retribui a cada um, segundo as suas obras, conforme João escreve no Apocalipse”, disse.

Ainda destacou que a fé na ressurreição em Jesus é o fundamento da fé cristã: “Dom Manuel e Dom Luís foram testemunhas da ressurreição de Jesus, por suas obras, agora eles estão à espera da ressurreição final; por terem ouvido o anúncio de Jesus Cristo, tornaram-se discípulos de Jesus; por ouvirem o seu chamado pela mediação da igreja, tornaram-se seus Apóstolos; por receberem o Sacramento da Ordem no grau episcopal, tornaram-se sucessores dos apóstolos”, enfatizou.

Palavras do Vigário Geral, Pe. Luciano Guedes

“Transladar os restos mortais dos dois prelados para a Cripta terá um significado muito importante, lá rezaremos a santa missa em favor das almas desses queridos pastores e de todos os falecidos da nossa igreja diocesana; lá também faremos, diariamente, a adoração a Jesus Sacramentado; lá, os penitentes serão reconciliados. Na Cripta, nós nos lembraremos sempre que a nossa vida está nas mãos de Deus e que nenhum tormento nos atingirá”, disse.

Palavras de Dom Dulcênio

O bispo de Campina Grande, inicialmente, agradeceu a Deus por tudo o que a diocese tem vivenciado nessa programação festiva voltada ao jubileu e disse ser um momento de muita graça para todo povo. Acerca da Cripta, destacou ser um lugar sagrado aonde as pessoas encontrarão a misericórdia e o amor de Deus.

“Encontrar descanso em Deus, estas são as palavras que ecoam nas paredes da nossa cripta, santo lugar, nos enchendo de gozo. Na Cripta encontrarão descanso, a paz e serenidade do amor divino, esconderijo no peito de Jesus. A partir de hoje, encontraremos abrigo no fiel descanso, lugar de oração e de confissão”.

“Exultemos com o salmo que diz, a ‘minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo’, e visitando a cripta com a presença dos restos mortais dos bispos da nossa diocese, rezem com afeto, pois somos convidados a renovar, com coragem e com força, a nossa fé na vida eterna, a viver com essa grande esperança e testemunhá-la ao mundo. A fé na vida eterna confere ao cristão a coragem de amar”, disse.

A Cripta

A Cripta servirá para sepultar e fazer memória dos bispos diocesanos falecidos, bem como celebrar diariamente a santa missa em favor das almas; realizar perpetuamente a adoração ao Santíssimo Sacramento para o consolo dos fiéis; oferecer a confissão para a reconciliação dos penitentes; será um espaço sagrado voltado à espiritualidade.

De acordo com o arquiteto responsável, o senhor Christian, a arquitetura pode ser considerada contemporânea com influência e traços da arquitetura neoclássica.  O lugar sagrado será para a Diocese de Campina Grande, bem como para toda a cidade, um espaço de evocação histórica.

Significado da Cripta

Ao visitar igrejas católicas maiores, particularmente catedrais ou basílicas, geralmente há uma área chamada de Cripta. Refere-se a uma capela, normalmente localizada abaixo do corpo principal da uma igreja. O vocábulo deriva do grego kryptein (esconder-se).

Por: Ascom | Correção: Pe. Márcio Henrique
Fotos: Joaquim Urtiga, Matheus Borges e Rafael Augusto 

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Confira fotos do decorrer do dia:


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