Diocese realiza translado dos restos mortais dos bispos sepultados na Catedral para a Cripta
A Cripta da Catedral foi inaugurada e abençoada pelo bispo
diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, neste dia 14 de
agosto de 2023, que se tornou para a diocese um grandioso dia. Desde às 6h da
manhã a Catedral já estava aberta para visitação dos restos mortais dos bispos,
Dom Manuel Pereira e Dom Luís Gonzaga Fernandes que foram exumados, e colocados
em duas urnas postos defronte ao altar.
No decorrer de todo o dia, foram realizadas seis missas com
os padres que foram ordenados por esses dois prelados; às 6h da manhã, presidiu
a missa o Padre Severino Firmino, da Paróquia de São Pedro, no Severino
Cabral-CG; às 08h, o Padre Possiano, da Paróquia de São José, de Montadas-PB;
às 10h, presidiu a terceira missa, o Monsenhor Lourildo Soares, vigário
paroquial no Santo Antônio-CG; às 12h, foi a vez do Padre José Vanildo, pároco
da Paróquia de São Judas Tadeu, do bairro das Nações-CG; a penúltima missa foi
presidida pelo Padre Acírio que reside no Seminário Diocesano-CG.
Às 16h, aconteceu a missa solene presidida por Dom Dulcênio
Fontes de Matos, concelebrada pelo bispo emérito de Palmares-PE e vigário geral
da Arquidiocese de Maceió-AL, Dom Genival Saraiva, demais padres concelebraram,
reunindo diáconos, seminaristas, religiosos, autoridades civis, familiares
prelados falecidos, e demais fiéis que lotaram as dependências da Catedral de
Nossa Senhora da Conceição.
A homilia foi proferida por Dom Genival que destacou ser um
dia marcante para toda a história da diocese, referenciando os nomes dos bispos
já falecidos e apontando que cada um teve um protagonismo importante para cada
época da diocese.
Ao falar do terceiro e quarto bispo, Dom Manuel e Dom Luís,
cujos restos mortais estavam depositados em urnas, Dom Genival destacou que a
partir de uma realidade finita do ser humano, seria possível vislumbrar a
ressurreição em Jesus Cristo.
“Hoje rezamos por Dom Manuel e Dom Luís, e ao fazermos uma
leitura da morte, sempre a lemos com um olhar da memória e com a esperança na
ressurreição. Dom Luís faleceu em 2003 e Dom Manuel em 2006, que eles estejam
contemplando o rosto de Deus, o Deus fiel que retribui a cada um, segundo as
suas obras, conforme João escreve no Apocalipse”, disse.
Ainda destacou que a fé na ressurreição em Jesus é o
fundamento da fé cristã: “Dom Manuel e Dom Luís foram testemunhas da
ressurreição de Jesus, por suas obras, agora eles estão à espera da
ressurreição final; por terem ouvido o anúncio de Jesus Cristo, tornaram-se
discípulos de Jesus; por ouvirem o seu chamado pela mediação da igreja,
tornaram-se seus Apóstolos; por receberem o Sacramento da Ordem no grau
episcopal, tornaram-se sucessores dos apóstolos”, enfatizou.
Palavras do Vigário
Geral, Pe. Luciano Guedes
“Transladar os restos mortais dos dois prelados para a Cripta
terá um significado muito importante, lá rezaremos a santa missa em favor das
almas desses queridos pastores e de todos os falecidos da nossa igreja
diocesana; lá também faremos, diariamente, a adoração a Jesus Sacramentado; lá,
os penitentes serão reconciliados. Na Cripta, nós nos lembraremos sempre que a
nossa vida está nas mãos de Deus e que nenhum tormento nos atingirá”, disse.
Palavras de Dom
Dulcênio
O bispo de Campina Grande, inicialmente, agradeceu a Deus por
tudo o que a diocese tem vivenciado nessa programação festiva voltada ao
jubileu e disse ser um momento de muita graça para todo povo. Acerca da Cripta,
destacou ser um lugar sagrado aonde as pessoas encontrarão a misericórdia e o
amor de Deus.
“Encontrar descanso em Deus, estas são as palavras que ecoam
nas paredes da nossa cripta, santo lugar, nos enchendo de gozo. Na Cripta
encontrarão descanso, a paz e serenidade do amor divino, esconderijo no peito
de Jesus. A partir de hoje, encontraremos abrigo no fiel descanso, lugar de
oração e de confissão”.
“Exultemos com o salmo que diz, a ‘minha alma tem sede de
Deus e deseja o Deus vivo’, e visitando a cripta com a presença dos restos
mortais dos bispos da nossa diocese, rezem com afeto, pois somos convidados a
renovar, com coragem e com força, a nossa fé na vida eterna, a viver com essa
grande esperança e testemunhá-la ao mundo. A fé na vida eterna confere ao cristão
a coragem de amar”, disse.
A Cripta
A Cripta servirá para sepultar e fazer memória dos bispos
diocesanos falecidos, bem como celebrar diariamente a santa missa em favor das
almas; realizar perpetuamente a adoração ao Santíssimo Sacramento para o
consolo dos fiéis; oferecer a confissão para a reconciliação dos penitentes;
será um espaço sagrado voltado à espiritualidade.
De acordo com o arquiteto responsável, o senhor Christian, a
arquitetura pode ser considerada contemporânea com influência e traços da
arquitetura neoclássica. O lugar sagrado
será para a Diocese de Campina Grande, bem como para toda a cidade, um espaço
de evocação histórica.
Significado da Cripta
Ao visitar igrejas católicas maiores, particularmente catedrais ou basílicas, geralmente há uma área chamada de Cripta. Refere-se a uma capela, normalmente localizada abaixo do corpo principal da uma igreja. O vocábulo deriva do grego kryptein (esconder-se).
Por: Ascom | Correção: Pe. Márcio Henrique
Fotos: Joaquim Urtiga, Matheus Borges e Rafael Augusto































