XII Domingo do Tempo Comum: Um chamado para anunciar sem medo

Atualizado em 25/06/23 às 00:007 minutos de leitura321 views


Neste vigésimo segundo Domingo do Tempo Comum, a Igreja apresentou o Evangelho de Mateus 10, 26-33, que trouxe uma advertência a Jesus: “Não tenhais medo”, diz Jesus aos Seus discípulos quando os envia em missão. Na Catedral de Campina Grande, pela manhã, o Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos presidiu a Santa Missa, concelebrada pelo Vigário Geral, Padre Luciano Guedes, com assistência do Diácono Ricardo.

À tarde, o Pastor Diocesano presidiu Missa em preparação à Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Paróquia de mesmo no nome, com sede no bairro da Catingueira, forania oeste. Dom Dulcênio foi acolhido pelo Padre Rogério e por toda a comunidade de fé para a celebração da missa dominical.

Homilia

A liturgia deste domingo chama atenção para a séria recordação da força que é Deus e daquilo que somos, fracos e necessitados Dele. Deste modo, o bispo pregou que diante do Senhor, somos capazes de perceber que, muito mais do que um socorro que vem em auxílio da debilidade humana, a proteção de Deus em nosso favor é uma manifestação fiel da Sua graça.

Adiante, o bispo destacou que o Evangelho deste domingo é uma exortação de coragem a todos os cristãos e, conforme ensinou, o Senhor sabe até onde vão as nossas capacidades humanas, assistindo-nos com a Sua graça, que “supõe a nossa natureza e a eleva”, como diz Santo Tomás de Aquino. Entretanto, Deus sabe o “tamanho” (se é que podemos dizer assim) da nossa fé e da nossa ação, adicionada à fé, em relação com o Seu poder.

“Sim, Deus nos conhece as forças e as fraquezas, é o que nos garante Jesus, que nos dá a Sua providente assistência e grande valor: “Até os cabelos da vossa cabeça estão contados. [...] Vós valeis mais do que muitos pardais” (Mt 10,30.31). Este conhecimento é para nós motivo de alegria, pois, a graça amorosa de Deus nos preenche, de maneira que o Senhor não apenas nos compensa, como, com largueza, distribui-nos o Seu amor, “o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos”, disse.

Concluiu a sua pregação pela manhã destacando que corajosamente, vale a pena tudo sofrer, tudo enfrentar por amor a Deus. Esta lição dada pelos santos, em especial pelos mártires, é grande incentivo de perseverança.

“Insultos físicos ou morais, tudo sofrermos por amor ao Senhor, sempre na obediência à verdade e à justiça, para recebermos do próprio Cristo, diante do Pai, no Espírito Santo, um positivo testemunho de amor, que nos coroará com o prêmio da vitória do Céu. Enquanto tal plenitude não nos chega, ecoe no nosso coração as reconfortantes palavras do Onipotente: “Não tenhais medo!”.

Reflexão feita na Paróquia da Catingueira

À tarde pregou sobre o profeta Jeremias, apontando-o como sofredor, mas um homem corajoso que acreditou nas promessas de Deus; ao refletir sobre o Evangelho destacou o trecho “O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!” (Mt 10,27), e ensinou que a escuridão apresentada no Evangelho figura o mais escondido recôndito do coração do homem que está em comunhão com o Senhor, bem como a imagem do pé do ouvido.

“É escuridão porque é inacessível a todos, mas não a Deus: é ali que Ele nos fala e marca presença em nós; é ali que o Senhor faz intimidade conosco. Santa Catarina de Siena, quando impedida de fazer do seu quarto uma verdadeira cela de contemplação para estar presa a Cristo, recebeu do Senhor a mensagem que a sua cela, a partir daquele momento, era o fundo do seu coração, assim ela estaria sempre em intimidade contemplativa com Deus, a Quem chamava “Divino Esposo”.

Destacou ainda, que aquilo que o Senhor nos fala na escuridão, no mais profundo do nosso ser, deve-se fazer conhecido a todos, para que muitos sejam edificados. Daí, a imagem da luz do dia, da proclamação sobre os telhados, como sem segredos. “As almas carecem do nosso testemunho de autêntica intimidade com Deus e de tudo quanto vem deste movimento de amor”.

Finalizou pedindo aos fiéis que testemunhem o amor de Deus sabendo que tudo nos é aproveitável para o Céu: “Testemunhemos, corajosamente, Cristo! Falemos das Suas delícias reveladas a nós, custe o que custar! E ainda que naturalmente soframos, jamais nos arrependeremos porque imenso será o nosso prêmio”. Findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Pascom Paroquial de N.Sra. Perpétuo Socorro

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