Jubileu dos 75 anos: Noite Cultural no Teatro Severino Cabral
Um evento histórico está sendo realizado pela Diocese de
Campina Grande, na programação festiva do jubileu diamantino: o Festival de
Cultura Católica, que ocorre entre esta segunda (22) e amanhã terça-feira (23).
Na primeira noite um verdadeiro espetáculo foi realizado no palco do Teatro
Severino Cabral.
O bispo Diocesano, Dom Dulcênio esteve presente e discursou
na abertura do festival destacando a beleza da arte, as manifestações
religiosas e culturais como louvor à glória de Deus guiando os pensamentos dos
fiéis e agindo sobre os seus sentidos.
O bispo contextualizou a sua fala, ao dizer que a Igreja foi
um agente indispensável na construção da Civilização Ocidental: “A Igreja
sempre foi uma compositora de memórias. E a cultura é memorial! Memorial que se
atualiza, que se refaz a cada instante na história”, aludiu.
Também disse que no período do seu pastoreio à frente da
diocese, a cada visitação às paróquias e cidades, descobre que a Paraíba é um
berço de bonitas manifestações de fé. É o catolicismo moreno, da devoção
popular e fiel do povo de Deus desse nordeste, como pontuou.
Ao citar o cariri, ilustrou a sua fala lembrando a da Festa
de Nossa Senhora dos Milagres, em São João do Cariri, dizendo ser algo
esplendoroso e continuou: “Do Pastoril de Zabelê e São Sebastião do Umbuzeiro;
do Reisado e da renda renascença do Tigre. Vale a pena conferir. Assim como em
outras cidades, a religiosidade e a arte mexem com a consciência popular”.
“Pois bem, o soar de um pífano, de uma gaita; o barulho seco
de um bumbo; e “o arrastado de chinelas” vibram nossos tímpanos. E quando
acompanhados de nossos foles nos acordeons, muito mais! Essa é nossa cultura! A
cultura “canta, fala, grita”. Cultura é isto: expressar-se! E não nego: A
CULTURA EDUCA!”.
Apresentações artísticas.
O primeiro grupo a se apresentar foi Sons do Silêncio da
cidade de Cabaceiras trazendo em seu repertório musical um atípico e curioso
arranjo, baseado em estudos sobre a cultura indígena americana, cultura asteca
e andina. O grupo se destacou pela singularidade, criatividade ao unir
elementos de diferentes culturas em sua arte.
Adiante, um Auto contou a história da diocese em cerca de 40
minutos, o grupo Tropeiros da Borborema, responsável por preservar a cultura
regional a partir da arte da dança, juntamente com o grupo EJD, Encontro Jovem
Damas, formado por alunos e ex-alunos do Colégio Imaculada Conceição, sob a
direção do Professor Edgley Cassiano (Damas e Lourdinas), apresentou de forma criativa,
com encenação, dança, poesia e repente a história diocesana.
Criado por Francisco Alexandre da Silva, os grupos trouxeram
de forma criativa um pouco da história, jovens encenaram os 8 bispos, desde Dom
Anselmo, até o prelado atual, Dom Dulcênio, apresentando os lemas episcopais em
forma de poesia, sendo intercalado com danças e músicas.
Concluindo a primeira noite, a Filarmônica de Cabaceiras, deu
um show à parte, trazendo consigo a riqueza da cultura musical preservando as
tradições locais, mantendo viva a herança musical do nordeste brasileiro. A
Filarmônica interpretou músicas de diversos gêneros, desde o clássico até o
popular, sempre com maestria e entusiasmo. A primeira noite chegou ao fim com
os agradecimentos do Padre Josandro e a benção do Bispo Dom Dulcênio.
O evento prossegue nesta terça-feira, 23, com uma mesa
redonda com o tema: “Arte e Religiosidade no Cariri Paraibano”. A mesa será
composta pelo Prof. Dr. Welligton G. Medeiros, do curso de Design da UFCG e o
Pe. Jan Joris Rietveld, da Diocese de Campina Grande, mediada pelo Prof. Dr.
Huerto Luna.
Exposição de arte sacra
Também é possível conferir logo no hall de entrada do teatro,
uma exposição de arte sacra do artista Joab Rocha. Os quadros retratam a
história da salvação do gênero humano, desde à criação no jardim do Edén, até
a encarnação de Jesus Cristo
Por: Ascom
Fotos: João Neto e Matheus Borges.



































