No Convento da Conceição: Missa de Consagração do Altar

Atualizado em 17/05/23 às 00:008 minutos de leitura481 views


A Paróquia de São Francisco de Assis, com sede no bairro da Conceição, registrou aos anais da sua história, um momento importância e singular nesta terça-feira, 16 de maio, com a Santa Missa Solene com o Rito de Consagração do Altar.

A Missa foi presidida pelo Reverendíssimo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos que cumprimentou o Frei Juscelino, os demais sacerdotes e comunidade religiosa franciscana presente neste momento ditoso para a paróquia. Os paroquianos participaram em bom número.

Homilia 

Na reflexão voltada para sublime momento, o bispo explicou que umas das realidades mais sagradas dos edifícios das igrejas Católicas é o altar, isto porque, o altar ocupa o lugar mais digno, central e visível das Igrejas. Ainda inicialmente, explicou que os fiéis conseguem reconhecer uma igreja católica a partir da centralidade do seu Altar.

Como parte ainda da sua introdução, Dom Dulcênio disse que o altar sempre foi erguido em circunstâncias e locais importantes, constituindo-se em reconhecimento da soberania e do senhorio absoluto do único Deus verdadeiro.

“No Gênesis, a primeira vez que aparece o altar é no episódio do final do Dilúvio. Noé, com toda a sua família salva de toda aquela tragédia, “construiu um altar o Senhor para o holocausto”, agradecendo a proteção e a salvação de suas vidas. Ainda em Gênesis 12,7, o Patriarca Abraão ergue um altar em “honra do Senhor” em sinal de gratidão pelos benefícios recebidos. Além destes dois, temos inúmeros outros exemplos sobre altares erguidos no Antigo Testamento”.

Prosseguiu: “O cristão é um altar espiritual – Se Cristo, cabeça e mestre, é o verdadeiro altar, nós, seus membros e discípulos, somos também altares espirituais, nos quais se oferece a Deus o sacrifício de uma vida santa. O altar é a mesa do sacrifício e do banquete pascal – o Cristo Senhor, ao instituir sob a forma de um banquete sacrifical o memorial do sacrifício que na ara da Cruz iria oferecer ao Pai, santificou a mesa, em torno da qual os fiéis se reuniriam, a fim de celebrar a sua Páscoa”, pregou.

Altar como sinal de Cristo

Ao aprofundar a sua homilia, o prezado Pastor explicou que o Altar é um sinal de Cristo, cordeiro imolado, vivo e ressuscitado, que se torna presente a cada Santa Missa por meio das mãos dos Sacerdotes. O novo Altar da Igreja de São Francisco, como uma grande mesa -continuou a pregar- confeccionada com arte, em mármore, é uma evolução do sepulcro dos mártires da Igreja primitiva sobre os quais se oferecia o sacrifício da Missa.

Meus irmãos, olhando para vocês neste momento celebrativo, jamais poderei deixar de ressaltar a mesa do altar como local em que a família se reúne para as refeições. Há muitos anos a comunidade católica campinense se reúne nesta igreja e, ao redor da mesa e a partir dela, sobre o altar, hoje, e em tempos idos, foi e nos é oferecido o “Pão da vida” e a “Bebida que jorra até a vida eterna”, como nos ensinou o Mestre Jesus antes da sua Paixão”, disse.

“Lancemos sempre o nosso olhar ao altar, antes de partir para as responsabilidades do nosso dia-a-dia e tenhamos a consciência que a força do sacrifício de Cristo nos acompanha e fortalece. Por último, dirijo uma palavra de agradecimento a Deus por nos ter dado São Francisco, que convidado por Deus, para construir a sua Igreja, Igreja, que cresce ao redor do Altar do Sacrifício”, concluiu.

O Rito de Dedicação

No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar” significa “proclamar solenemente”. A oração de Dedicação e Unção do Altar constitui-se como rito após a oração da ladainha dos santos. O Bispo procede ungindo o altar com o óleo do Crisma. Unção que, na tradição judaico-cristã, é o sinal mais claro da consagração de algo para Deus. No rito seguinte, acontece a incensação do Altar e do povo.

A dedicação de Igrejas é um rito muito antigo, convém que seja dedicada ao Senhor a modo solene tudo o que esteja no Templo, fonte batismal, cruz, imagens, órgão, sinos, estações da “via-sacra”, deve considerar-se abençoado e erigido com o próprio rito da dedicação, não sendo precisa nova bênção ou ereção. Convém que se mantenha a tradição da Liturgia Romana de encerrar sob o altar relíquias dos Mártires ou de outros Santos. Na Conceição, o bispo colocou no Altar um fragmento da rocha do sepulcro de São Francisco.

Por: Ascom
Fotos: Matheus Borges (Pascom Diocesana – Setor de fotos)

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