No Convento da Conceição: Missa de Consagração do Altar
A Paróquia de São Francisco de Assis, com sede no bairro da
Conceição, registrou aos anais da sua história, um momento importância e
singular nesta terça-feira, 16 de maio, com a Santa Missa Solene com o Rito de
Consagração do Altar.
A Missa foi presidida pelo Reverendíssimo Bispo Diocesano de
Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos que cumprimentou o Frei Juscelino,
os demais sacerdotes e comunidade religiosa franciscana presente neste momento
ditoso para a paróquia. Os paroquianos participaram em bom número.
Homilia
Na reflexão voltada para sublime momento, o bispo explicou
que umas das realidades mais sagradas dos edifícios das igrejas Católicas é o
altar, isto porque, o altar ocupa o lugar mais digno, central e visível das
Igrejas. Ainda inicialmente, explicou que os fiéis conseguem reconhecer uma
igreja católica a partir da centralidade do seu Altar.
Como parte ainda da sua introdução, Dom Dulcênio disse que o
altar sempre foi erguido em circunstâncias e locais importantes,
constituindo-se em reconhecimento da soberania e do senhorio absoluto do único
Deus verdadeiro.
“No Gênesis, a primeira vez que aparece o altar é no episódio
do final do Dilúvio. Noé, com toda a sua família salva de toda aquela tragédia,
“construiu um altar o Senhor para o holocausto”, agradecendo a proteção e a
salvação de suas vidas. Ainda em Gênesis 12,7, o Patriarca Abraão ergue um
altar em “honra do Senhor” em sinal de gratidão pelos benefícios recebidos.
Além destes dois, temos inúmeros outros exemplos sobre altares erguidos no
Antigo Testamento”.
Prosseguiu: “O cristão é um altar espiritual – Se Cristo,
cabeça e mestre, é o verdadeiro altar, nós, seus membros e discípulos, somos
também altares espirituais, nos quais se oferece a Deus o sacrifício de uma
vida santa. O altar é a mesa do sacrifício e do banquete pascal – o Cristo
Senhor, ao instituir sob a forma de um banquete sacrifical o memorial do
sacrifício que na ara da Cruz iria oferecer ao Pai, santificou a mesa, em torno
da qual os fiéis se reuniriam, a fim de celebrar a sua Páscoa”, pregou.
Altar como sinal de Cristo
Ao aprofundar a sua homilia, o prezado Pastor explicou que o
Altar é um sinal de Cristo, cordeiro imolado, vivo e ressuscitado, que se torna
presente a cada Santa Missa por meio das mãos dos Sacerdotes. O novo Altar da
Igreja de São Francisco, como uma grande mesa -continuou a pregar-
confeccionada com arte, em mármore, é uma evolução do sepulcro dos mártires da
Igreja primitiva sobre os quais se oferecia o sacrifício da Missa.
Meus irmãos, olhando para vocês neste momento celebrativo,
jamais poderei deixar de ressaltar a mesa do altar como local em que a família
se reúne para as refeições. Há muitos anos a comunidade católica campinense se
reúne nesta igreja e, ao redor da mesa e a partir dela, sobre o altar, hoje, e
em tempos idos, foi e nos é oferecido o “Pão da vida” e a “Bebida que jorra até
a vida eterna”, como nos ensinou o Mestre Jesus antes da sua Paixão”, disse.
“Lancemos sempre o nosso olhar ao altar, antes de partir para
as responsabilidades do nosso dia-a-dia e tenhamos a consciência que a força do
sacrifício de Cristo nos acompanha e fortalece. Por último, dirijo uma palavra
de agradecimento a Deus por nos ter dado São Francisco, que convidado por Deus,
para construir a sua Igreja, Igreja, que cresce ao redor do Altar do
Sacrifício”, concluiu.
O Rito de Dedicação
No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar” significa
“proclamar solenemente”. A oração de Dedicação e Unção do Altar constitui-se
como rito após a oração da ladainha dos santos. O Bispo procede ungindo o altar
com o óleo do Crisma. Unção que, na tradição judaico-cristã, é o sinal mais
claro da consagração de algo para Deus. No rito seguinte, acontece a incensação
do Altar e do povo.
A dedicação de Igrejas é um rito muito antigo, convém que
seja dedicada ao Senhor a modo solene tudo o que esteja no Templo, fonte
batismal, cruz, imagens, órgão, sinos, estações da “via-sacra”, deve
considerar-se abençoado e erigido com o próprio rito da dedicação, não sendo
precisa nova bênção ou ereção. Convém que se mantenha a tradição da Liturgia
Romana de encerrar sob o altar relíquias dos Mártires ou de outros Santos. Na
Conceição, o bispo colocou no Altar um fragmento da rocha do sepulcro de São
Francisco.
Por: Ascom
Fotos: Matheus Borges (Pascom Diocesana – Setor de fotos)

























