II Domingo da Páscoa | Domingo da Divina Misericórdia

Postado em 16/04/23 às 22:296 minutos de leitura921 views


A Páscoa é um período litúrgico que dura cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes e devem ser celebrados com alegria e júbilo; na catedral de Campina Grande, o Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu pela manhã, a tradicional Missa do lar neste II Domingo (16) com a presença de dezenas de fiéis.

No Evangelho proclamado de João 20, 19-31, o ressuscitado aparece ao meio da comunidade e deseja a paz. Tomé, não estando com eles, desacredita dos seus irmãos que dizem que viram o Senhor. Oito dias depois, como narra o texto, Jesus reaparece aos discípulos e desta vez, Tomé o vê, e se rende: “Meu Senhor e meu Deus”.

Ao pregar este Evangelho, o bispo enfatizou algumas características do Apóstolo apresentadas pela Escritura, e que segundo pregou, ‘também são aparências nossas’. Adiante, disse que a santidade não é somente para aqueles que nunca pecaram; Deus também associa à luz da sua face aqueles que, de sincero coração, O procuraram, ainda que, no decorrer desta procura, tenham resvalado em pequenas ou grandes crises de fé, entretanto, não permaneceram nela.

“Olhando a vida de São Tomé, percebemos que a vida dele não era uma ascendente retilínea; Tomé teve suas crises no ato de crer. Bravura, inquietação, incredulidade por causa de desalentos, fidelidade: eis as quatro características da personalidade do Apóstolo São Tomé, que podem ser as nossas, fazendo identificar-nos como "seus gêmeos". Entretanto, não nos contentemos simplesmente com tal aparência, mas queiramos nos parecer - sempre e cada vez mais - com Aquele que, assumindo a nossa condição humana sem deixar a Sua essência divina, misericordiosamente, nos chama a que Lhe sejamos semelhantes: o Cristo Ressuscitado”, pregou.

Ser semelhante ao ressuscitado, é ter ações fraternas, explicou o bispo: “A fé em Cristo Vencedor do mal e da morte nos provoca enquanto Igreja para que vivamos unidos uns aos outros com os mais profundos laços de comunhão. O retrato das primeiras comunidades, em si mesmo, não é o ideal da Igreja. Mas, se nos é um exemplo é porque é um dos reflexos do amor que Deus nos tem, e que deve ser reproduzido em nosso meio, entre nós cristãos destes tempos tão desafiadores”, pregou.

Missa no Santuário da Divina Misericórdia

À tarde Dom Dulcênio encerrou a festa da Divina Misericórdia, no santuário de mesmo nome que fica localizado no bairro dos Cuités, em Campina Grande-PB; diante de numerosa quantidade de fiéis, o bispo falou sobre as vestes de Cristo em cada um de nós. Caravanas vindas de várias localidades da Paraíba se fizeram presentes para bonito momento de fé.

Concelebrou com o bispo, o Reitor do Santuário, o Padre Paulo Sérgio e o Padre Silvio, da Arquidiocese de Curitiba; nos trabalhos litúrgicos, os diáconos Eduardo Justino, Walter Luna e Manoel Bezerra, além do apoio dos seminaristas.

O Pastor Diocesano começou a sua homilia explicando que o Domingo da Misericórdia foi instituído no ano 2000 pelo Papa São João Paulo II, ao tempo que explicou que o II Domingo da Páscoa, era antigamente conhecido como "Domenica in Albis", que quer dizer, Domingo no Branco. Ao explicar a antiga tradição, o bispo disse que, os que eram batizados na Noite Santa da Vigília Pascal, hoje, despiam as vestes batismais que envergavam desde o seu banho da regeneração, tendo assim, imensa carga simbólica que existia nesta prática, imortalizada pela Liturgia da Palavra de hoje.

“Quando depois do mergulho batismal e a unção do Santo Crisma, o que foi batizado é investido de uma veste diferente, aparentemente material, mas eminentemente espiritual: "[...] nasceste de novo e foste revestido de Cristo. Recebe, portanto, a veste batismal, que deves levar sem mancha até a vida eterna, conservando a dignidade de filho de Deus", pregou.

Apontou também que a partir do Batismo, a criatura se torna Filha de Deus, sendo inserida na comunidade cristã, isto é, na igreja; o cristão é inserido na vida de fé, sendo convidado a descobrir as maravilhas do seguimento a pessoa de Cristo. “E cada cristão, no seu cotidiano, sempre assistido pelo Espírito do Ressuscitado que nos concede o devido discernimento entre as sombras deste mundo, deverá descobrir pelo presente e pelo futuro que tem adiantes de si como preservar a graça batismal”, disse.

E continuou: “Ser revestido de Cristo, implica numa prática nova em nosso reto proceder, encarado com a subjetiva responsabilidade que cada um tem, reflete na vida da Igreja e na vida do mundo. Revestidos do Cristo com uma veste indissociável ao nosso viver, procedamos na honestidade do nosso ser cristão”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral (Agnaldo) e Pascom do Santuário 

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Fotos da Pascom do Santuário 
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