A Semana Santa na Catedral de Campina Grande
A Paróquia da Catedral de Nossa Senhora da Conceição,
divulgou a sua programação da Semana Santa, na Catedral acontecerão grandes
momentos com a Presidência do Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos.
A Semana Santa começa neste domingo, 02 de abril, com a
celebração da Missa Ramos da Paixão do Senhor; na quinta-feira, 06, acontece a
Missa dos Santos Óleos às 8h30; a partir das 17h tem início o Tríduo Pascal,
momento acentuado na liturgia católica, que se celebra a Paixão, a morte e a
ressurreição de Cristo.
Confira toda
a programação da Semana Santa na Catedral:
02/04 -
Domingo de Ramos
Missa de Ramos e da Paixão do Senhor - 10h
06/04 -
Quinta-feira Santa
Missa dos Santos Óleos - 08h30;
Santa Ceia
do Senhor - 17h;
Vigília Eucarística - 19h
07/04 -
Sexta-feira Santa
Celebração da Paixão do Senhor - 15h
Procissão do Senhor Morto - 17h
08/04 -
Sábado Santo
Vigília Pascal - 19h30
09/04 -
Domingo da Páscoa
Missa do Dia de Páscoa - 10h
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Significado dos dias da
Semana Santa
Domingo de
Ramos
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois
celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de
sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque
o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o
chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou,
nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder
o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos
não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé,
na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.
Segunda-feira
Santa
Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo
São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última
visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da
crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7);
Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do
servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus
por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé
cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.
Terça-feira
Santa
A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos
na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de
Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor. No Evangelho, há
uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as
fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e
Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé;
nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das
nações, para que, a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70:
“Minha boca cantará Teu auxílio. ” É a oração de um abandonado, que mostra
grande confiança no Senhor.
Quarta-feira
Santa
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país,
realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens
saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos
Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece,
então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre
“Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à
conversão e à penitência.
Quinta-feira Santa
Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a
bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os
óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento
de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a
celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e
mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto,
esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a
Eucaristia. O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um
gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava
os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como
uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para
que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do
Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá
início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na
noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies
do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem,
mandando-os também oferecer aos seus sucessores. A palavra “Eucaristia” provém
de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa
a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do
sacerdócio – A Santa
Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como
hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o,
partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.”
(cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se
reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em
memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e
deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
Sexta-feira
Santa – A tarde da Sexta-feira Santa
apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz,
erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a
Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do
Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o
transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a
veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à
comunidade.
Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”.
Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no
sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa.
O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois
de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro
agora. Descanse: “tudo está consumado!”.
Vigília
Pascal –
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor,
meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na
oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília
querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua
passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É uma
vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do
Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam
seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua
mesa.
Bênção do
fogo – Fora da Igreja, prepara-se a
fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo
novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o
padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim,
ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre
o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo –
homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão
do Círio Pascal – As
luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue,
por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos
graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram
na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de
luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança
em procissão.
Proclamação
da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas
acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa
é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria
da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos.
Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a
proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia da
Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se
detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm
uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio
Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes
(aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc
24, 27).
Domingo
da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de
morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a
ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu
“Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A
presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando
dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns,
para dizer que vive somente em nossa lembrança.
Por: Ascom
Com informações da CNBB