Bairro das Malvinas completa 40 anos e Paróquia de Jesus Libertador realiza Santa Missa em Ação de Graças
Nesta quinta-feira, 23 de março, o bairro das Malvinas,
localizado na zona oeste de Campina Grande, completou 40 anos de existência. Em
comemoração a este marco tão importante, foi realizada uma missa em ação de
graças na igreja matriz da Paróquia de Jesus Libertador.
A Santa Missa foi presidida pelo Padre Luciano Guedes,
Vigário Geral da Diocese de Campina Grande e Pároco da Catedral, que veio
representando o Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos, que não pôde
estar presente; concelebrou com o Vigário Geral, o Pároco de Jesus Libertador,
Pe. Shermishon Phérikllys e a assistência litúrgica ficou a cargo do Diácono
Walter Luna e o Seminarista Wesley.
Atualmente, duas paróquias compreendem o território do
bairro, Jesus Libertador e Sagrada Família. Fieis das diversas comunidades
destas paróquias estiveram presentes com muito entusiasmo para agradecer a Deus
pelas conquistas ao longo das últimas quatro décadas.
Em sua homilia, o Padre Luciano Guedes enfatizou o poder da
intercessão como forma de nos ligarmos a Deus, baseando-se na primeira leitura
(Êx 32, 7-14). “A oração de intercessão revela maturidade na fé. O crente
adulto na fé vê as provações dos irmãos como sendo suas provações. Por isso
reza por eles, faz-se intercessor de todos disposto a carregar sobre si as
fraquezas dos outros, e a sofrer para que possam ser aliviados”, pregou .
O vigário geral também aproveitou o momento para felicitar o
povo malvinense, lembrando a trajetória de desafios e conquistas. “Hoje, damos
graças a Deus pelos 40 anos deste Conjunto Habitacional, logo chamado de bairro
das Malvinas, nos idos anos de 1983. Uma história de luta, de organização
popular e, sobretudo de uma consciência do sagrado direito de habitar com
dignidade”, referiu-se.
Ao final da Santa Missa, várias homenagens foram feitas, com
exibição de vídeos, declamação de poema, execução do hino do bairro pela
comunidade, além da apresentação dos resultados de um projeto de extensão
realizado em parceria com a UFCG que visa resgatar a memória do bairro a partir
de um museu digital e um livro escrito pela professora Iêda Maracajá que conta
a história do bairro e da paróquia Jesus Libertador, que está em processo de
edição e está previsto para ser lançado no mês de abril.
No salão paroquial foi feita uma exposição de documentos,
recortes de jornais e fotografias da trajetória do bairro e da paróquia, uma
vez que a história da comunidade paroquial está intimamente ligada ao
desenvolvimento do bairro. Para encerrar o momento de celebração, foi feita uma
partilha de bolos, doados pelas pastorais da paróquia.
Bairro das Malvinas
O bairro mais populoso de Campina Grande, conhecido como
“Bairro Cidade das Malvinas” devido a sua extensão, faz parte da forania cidade
oeste da Diocese de Campina Grande.
No início da década de 1980, as casas do conjunto
habitacional Bodocongó II, intitulado por Conjunto Álvaro Gaudêncio, começavam
a ser construídas pela CEHAP (Companhia Estadual de Habitação Popular),
seguindo ordens do então Governador Wilson Braga, que na ocasião havia
conseguido verbas do governo federal para este fim.
Ao término das construções, no início de 1983, o Conjunto não
apresentava infra-estrutura (água, luz, esgoto sanitário) para que fossem
entregues as casas, por meio de sorteio, aos servidores estaduais devidamente
cadastrados.
No dia 23 de março de 1983, iniciou-se a invasão das casas
por pessoas não cadastradas na CEHAP, que alegavam abandono das casas e que,
portanto, estariam naquele momento apossando-se das mesmas.
A presença católica
A Professora Iêda Maracajá, como dito acima, motivada pelos
animadores e pelo Padre Phérikllys, lançará um livro contando a história do
bairro e da comunidade Jesus Libertador, desde o seu processo primário até se
tornar paróquia. Segundo a autora, a presença católica no bairro tem início com
uma procissão que aconteceu na Sexta-feira santa de 1983. No livro também
consta que a primeira missa no bairro foi celebrada debaixo de um juazeiro no
campo do Guarani.
Por: Gabriela Lucena (Pascom Paroquial), com edição e
acréscido da Ascom
Fotos: Rafael Augusto






























