IV Domingo da Quaresma e abertura do Ano Vocacional na Diocese

Postado em 19/03/23 às 16:006 minutos de leitura768 views


A Diocese de Campina Grande abriu oficialmente neste domingo (19), as atividades alusivas ao Ano Vocacional, vivido por toda a Igreja no Brasil, este ano o tema aludido para este terceiro Ano Vocacional é “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). A abertura se deu na catedral de Nossa Senhora da Conceição, na Missa das 10h.

Presentes para concelebrar com o Bispo estiveram o Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e o Padre Leandro Márcio, Reitor do Seminário Diocesano; o diácono Ricardo juntamente com os seminaristas serviram à Liturgia. A catedral registrou uma boa quantidade de fiéis, dentre os quais, estiveram os jovens que desejam ser padres e que passaram esse final de semana participando de Encontros vocacionais.

Homilia

Na homilia trazida por Dom Dulcênio, ele explicou que o IV Domingo da Quaresma, conhecido como Domingo da Alegria, remete à alegria da Páscoa que se aproxima, alegria esta que pode entendida a partir do Evangelho proposto pela liturgia, João 9, 1-41, que narra a cura feita por Jesus no cego de nascença.

O bispo começou a sua pregação destacando que a alegria da fé em Cristo ‘impele-nos a que estejamos juntos a Deus e uns aos outros’: isto é, um "sentire cum Ecclesia" (sentir com a Igreja), um povo reunido. “Mas, reunido para quê? Para saciar-se do Senhor, para ser alimentado por Ele e Dele; para sermos satisfeitos com a Sua misericordiosa consolação”, disse.

No evangelho, a fé do cego em Jesus, é o tema central; o mestre ao passar ver o cego, cospe no chão, faz uma lama com a saliva e coloca sobre os olhos do cego, depois pede que se dirija à piscina de Siloé para lavar-se; feito isto, o cego voltou enxergando. Ao comentar o evangelho deste IV Domingo de Quaresma o disse ser preciso correr ao encontro de Jesus:

“Precisamos "correr" ao encontro de Cristo, que nos aguarda; Ele, o "enviado", o "verdadeiro Siloé". Precisamos correr para, primeiramente tocados por Ele, com as palavras que emanam dos Seus lábios divinos (aqui, refiramo-nos à lama feita com a saliva de Cristo e o barro, que representa a nossa humana condição), mergulharmos nas águas infinitas do Seu peito, donde pulsa um Coração redentor. O cego assim o fez e começou um sério processo, que lhe foi esclarecendo pouco a pouco, porque o movimento iluminador da fé tem este ritmo”, pregou.

A Fé ilumina

Com o contexto trazido no Evangelho convida os fiéis a entenderem que a fé ilumina as trevas da vida, trazendo à luz de Deus e alegrando a história dos homens. Segundo o bispo, a alegria que vem de Deus é única e verdadeira, é o próprio Deus que invade a alma, “é verificável por um movimento interior, que nos desinstala e nos faz rumar à contemplação, à fé”.

Prosseguiu: “O movimento da alegria da fé também é fortemente exigente, pois, viver como filhos da luz é discernir o que agrada ao Senhor. Assim, o que, iluminado, se movimenta deve sair das estruturas estranhas ao plano de fé que Deus deseja pôr no coração do homem. Iluminados pela fé, não devemos ver as coisas com quaisquer lentes, mas, unicamente com o olhar de Deus. A fé nos leva à visão da divindade em Si mesma, fazendo ver as coisas com o dom da inteligência, concedido pelo Espírito Santo”, afirmou.

Ano Vocacional

Ainda na homilia o bispo teceu palavras acerca da abertura do Ano Vocacional, que na sua terceira edição traz por tema: “Vocação: Graça e Missão”. Dom Dulcênio destacou que a vocação é sobretudo Graça de Deus. Um dom gratuito e universal, destinado a todos e todas a partir do nosso Batismo. Ao mesmo tempo que a vocação tem essa dimensão universal, ela também tem um chamamento pessoal, pois Deus atua na nossa individualidade, já que cada um de nós tem uma história, uma vivência cultural, está inserido num contexto social, familiar e eclesial.

“Um dos objetivos deste ano vocacional é que em todos os grupos eclesiais, não importando se são grandes ou pequenos, se estão nas cidades ou nas áreas rurais, se são estruturados ou ainda em formação, os ambientes favoreçam uma “cultura vocacional”, ou seja, que as nossas comunidades sejam espaços de discernimento, prática e vivência cristãs para um despertar do chamado do Senhor, que nos precede”, destacou.

Ainda segundo as palavras do bispo, a vocação cristã, entendida como graça e missão, é um chamado da própria Trindade à comunhão. A iniciativa de Deus põe a pessoa em condições de entrar em comunhão com Ele. Assim, a nossa vocação passa a ser um convite permanente para entrarmos em comunhão com a Trindade.

“A resposta vocacional é, sem dúvidas, pessoal, mas jamais, isolada, individualista, desconectada, fechada. Assim como professamos a fé na Igreja – “Creio na Igreja” – ou seja, a comunidade eclesial é o lugar da fé, por consequência, a Igreja é o lugar por excelência da vocação. Portanto, devemos aceitar e confirmar a nossa vocação, juntos! Devemos caminhar juntos!”.

Programação do Ano Vocacional na Diocese

O Padre Leandro Marcio, Reitor do Seminário Diocesano São João Maria Vianney, lembrou que o Ano Vocacional na Diocese será motivado por várias atividades, e que a equipe responsável percorrerá todas as foranias para falar da importância de vida voltada ao Reino de Deus, e dos chamados específicos que Deus faz a cada pessoa.

 

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral

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