IV Domingo da Quaresma e abertura do Ano Vocacional na Diocese
A Diocese de Campina Grande abriu oficialmente neste domingo
(19), as atividades alusivas ao Ano Vocacional, vivido por toda a Igreja no
Brasil, este ano o tema aludido para este terceiro Ano Vocacional é “Vocação:
Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33).
A abertura se deu na catedral de Nossa Senhora da Conceição, na Missa das 10h.
Presentes para concelebrar com o Bispo estiveram o Padre
Luciano Guedes, Vigário Geral e o Padre Leandro Márcio, Reitor do Seminário
Diocesano; o diácono Ricardo juntamente com os seminaristas serviram à
Liturgia. A catedral registrou uma boa quantidade de fiéis, dentre os quais,
estiveram os jovens que desejam ser padres e que passaram esse final de semana participando
de Encontros vocacionais.
Homilia
Na homilia trazida por Dom Dulcênio, ele explicou que o IV
Domingo da Quaresma, conhecido como Domingo da Alegria, remete à alegria da
Páscoa que se aproxima, alegria esta que pode entendida a partir do Evangelho
proposto pela liturgia, João 9, 1-41, que narra a cura feita por Jesus no cego
de nascença.
O bispo começou a sua pregação destacando que a alegria da fé
em Cristo ‘impele-nos a que estejamos juntos a Deus e uns aos outros’: isto é,
um "sentire cum Ecclesia" (sentir com a Igreja), um povo reunido.
“Mas, reunido para quê? Para saciar-se do Senhor, para ser alimentado por Ele e
Dele; para sermos satisfeitos com a Sua misericordiosa consolação”, disse.
No evangelho, a fé do cego em Jesus, é o tema central; o
mestre ao passar ver o cego, cospe no chão, faz uma lama com a saliva e coloca
sobre os olhos do cego, depois pede que se dirija à piscina de Siloé para
lavar-se; feito isto, o cego voltou enxergando. Ao comentar o evangelho deste
IV Domingo de Quaresma o disse ser preciso correr ao encontro de Jesus:
“Precisamos "correr" ao encontro de Cristo, que nos
aguarda; Ele, o "enviado", o "verdadeiro Siloé". Precisamos
correr para, primeiramente tocados por Ele, com as palavras que emanam dos Seus
lábios divinos (aqui, refiramo-nos à lama feita com a saliva de Cristo e o
barro, que representa a nossa humana condição), mergulharmos nas águas
infinitas do Seu peito, donde pulsa um Coração redentor. O cego assim o fez e
começou um sério processo, que lhe foi esclarecendo pouco a pouco, porque o
movimento iluminador da fé tem este ritmo”, pregou.
A Fé ilumina
Com o contexto trazido no Evangelho convida os fiéis a
entenderem que a fé ilumina as trevas da vida, trazendo à luz de Deus e
alegrando a história dos homens. Segundo o bispo, a alegria que vem de Deus é
única e verdadeira, é o próprio Deus que invade a alma, “é verificável por um
movimento interior, que nos desinstala e nos faz rumar à contemplação, à fé”.
Prosseguiu: “O movimento da alegria da fé também é fortemente
exigente, pois, viver como filhos da luz é discernir o que agrada ao Senhor.
Assim, o que, iluminado, se movimenta deve sair das estruturas estranhas ao
plano de fé que Deus deseja pôr no coração do homem. Iluminados pela fé, não
devemos ver as coisas com quaisquer lentes, mas, unicamente com o olhar de
Deus. A fé nos leva à visão da divindade em Si mesma, fazendo ver as coisas com
o dom da inteligência, concedido pelo Espírito Santo”, afirmou.
Ano Vocacional
Ainda na homilia o bispo teceu palavras acerca da abertura do
Ano Vocacional, que na sua terceira edição traz por tema: “Vocação: Graça e
Missão”. Dom Dulcênio destacou que a vocação é sobretudo Graça de Deus. Um dom
gratuito e universal, destinado a todos e todas a partir do nosso Batismo. Ao
mesmo tempo que a vocação tem essa dimensão universal, ela também tem um
chamamento pessoal, pois Deus atua na nossa individualidade, já que cada um de
nós tem uma história, uma vivência cultural, está inserido num contexto social,
familiar e eclesial.
“Um dos objetivos deste ano vocacional é que em todos os grupos
eclesiais, não importando se são grandes ou pequenos, se estão nas cidades ou
nas áreas rurais, se são estruturados ou ainda em formação, os ambientes
favoreçam uma “cultura vocacional”, ou seja, que as nossas comunidades sejam
espaços de discernimento, prática e vivência cristãs para um despertar do
chamado do Senhor, que nos precede”, destacou.
Ainda segundo as palavras do bispo, a vocação cristã,
entendida como graça e missão, é um chamado da própria Trindade à comunhão. A
iniciativa de Deus põe a pessoa em condições de entrar em comunhão com Ele.
Assim, a nossa vocação passa a ser um convite permanente para entrarmos em
comunhão com a Trindade.
“A resposta vocacional é, sem dúvidas, pessoal, mas jamais,
isolada, individualista, desconectada, fechada. Assim como professamos a fé na
Igreja – “Creio na Igreja” – ou seja, a comunidade eclesial é o lugar da fé,
por consequência, a Igreja é o lugar por excelência da vocação. Portanto,
devemos aceitar e confirmar a nossa vocação, juntos! Devemos caminhar juntos!”.
Programação do Ano
Vocacional na Diocese
O Padre Leandro Marcio, Reitor do Seminário Diocesano São
João Maria Vianney, lembrou que o Ano Vocacional na Diocese será motivado por
várias atividades, e que a equipe responsável percorrerá todas as foranias para
falar da importância de vida voltada ao Reino de Deus, e dos chamados específicos
que Deus faz a cada pessoa.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral