A Solenidade de São José é celebrada no dia 19 de março, este ano o dia 19 caiu em um domingo, dia do Senhor, quarto Domingo da Quaresma; sendo assim a igreja antecipou a celebração para o sábado dia 18. Neste dia, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Missa na Paróquia de São José, em Juazeirinho-PB, forania do sericar.

O povo de Deus, fiéis devotos lotaram as dependências da Igreja Matriz, a onde participaram com fervor da Santa Missa que foi concelebrada pelo Pároco Padre Fernando Jacinto e o vigário Padre Heltom Moura. O diácono Patrício e os seminaristas auxiliaram nos trabalhos litúrgicos.

Homilia

No decorrer de toda essa semana preparatória à festa de São José, o bispo percorreu algumas paróquias e apontou São José como um modelo de paternidade, zelo e confiança na vida cristã; conforme disse, São José é uma inspiração ao homem contemporâneo, uma vez que, o Pai de Jesus, sem medo empregou sua vida na linda missão de guiar e cuidar da sua família.

Em Juazeirinho, refletiu sobre padroeiro como um guardião fiel e prudente do seu filho Jesus, mas antes lembrou que na lista dos grandes nomes trazidos no antigo testamento, é possível enxergar nos patriarcas do povo de Israel a figura de São José: “Abraão, Isaac e Jacó… estes três nomes da ascendência do pai nutrício de Jesus muito nos podem ajudar a contemplar as virtudes do patriarca da família de Nazaré”, pregou.

O transcorrer de toda homilia, o bispo falou do pai de Jesus como sendo um grande homem, relacionou a vida de José de Nazaré com a vida de outro personagem bíblico também chamado José, conhecido como o José do Egito.

Conforme ensinou, ambos, o José do Egito e o José de Nazaré, cultivaram a fé em Deus e, pela fé, a esperança. Eles, diante das dificuldades, nunca deixaram de crer, não desanimaram. Esperavam a liberdade: José do Egito para retornar à sua casa, aos braços de seu pai; José de Nazaré, na ânsia da salvação, de ver a humanidade libertada pela ação do Messias, que viria para fazer de todos filhos de Deus, herdeiros da verdadeira promessa, a da redenção.

“Os dois, ainda sob o prisma da fé, não desperdiçavam as oportunidades para porem em prática a vontade de Deus, não se deixando contagiar pelo impulso do momento. Ainda que a tentação batesse à porta dos corações daqueles homens porque eram - justamente - homens, imaginemos como os pensamentos pululavam nas preocupações, nas interrogações, nas "demoras" dos silêncios divinos. José, que ponderou abandonar Maria em segredo, aqui, distingue-se do seu homônimo, porque, quanto mais Deus pede de alguém, mais dá os meios para a consecução do Seu divino e providente querer. A prudência exige responsabilidade”. Pregou.

A reflexão do bispo se acentuou ao aprofundar as virtudes de São José, como o grande defensor da sua família; conforme ensinou, a partir do seu cuidado para com o Cristo feito seu Filho, cuidou Daquela que Deus quis desposar, e cuida, agora, da Igreja, Corpo Místico de Cristo; ou seja:

“Partindo do zelo ardente que teve para com Jesus, soube e sabe velar por tudo o que é valioso para Ele: a Virgem-Mãe de Cristo e a Sua Esposa. E isto, sem esmorecimentos; confiando na Divina Providência - é bem verdade -, mas realizando o seu papel na discrição e na seriedade, com amor e alegria; como servo”, pregou.

Concluiu sua pregação pedindo a São José que nunca cesse de olhar para todas as famílias e todo povo cristão e as necessidades da Igreja: “Sejais sempre o nosso Pai, o nosso protetor e o nosso guia no caminho da salvação. Alcançai-nos um amor ardente à vida interior e uma grande pureza de coração. Fazei que, seguindo o vosso exemplo, todas as nossas obras sejam dirigidas para maior glória de Deus, em união com o Coração Divino de Jesus e com o Coração Imaculado de Maria e convosco. Rogai por nós, para que possamos participar da paz e da alegria que gozastes na vossa santa morte. São José, verdadeiro Esposo de Maria Santíssima e Pai adotivo de Jesus, rogai por nós e pelos agonizantes deste dia".

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial