II Domingo da Quaresma: “O Esplendor do Crucificado”

Postado em 05/03/23 às 16:106 minutos de leitura757 views


“O esplendor do Crucificado”, essa foi a grande mensagem trazida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos para este II Domingo da Quaresma; o bispo presidiu a Santa Missa na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, contando com a concelebração do Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e do Padre Elvis, da Arquidiocese da Paraíba, com a presença do Diácono Ricardo e dos seminaristas.

O Padre Elvis concelebrou com bispo em razão da conclusão do retiro espiritual da Comissão Regional da Pastoral Familiar, que estava acontecendo no Ipuarana, em Lagoa Seca-PB, desde a última sexta-feira (03), neste intento, também estiveram presentes os casais da Pastoral Familiar que integram a comissão.

O grande número de fiéis na catedral, acompanharam as palavras do Senhor Bispos que convidou o povo de Deus a refletir sobre a ida até à montanha, para então, por meio da oração encontrar-se como Deus.

Ao aprofundar a sua pregação, Dom Dulcênio lembrou que ao longo das páginas bíblicas, é possível notar muitíssimas cenas nas quais, Deus conduz os seus interlocutores às alturas geográficas como alusão à elevação do coração: foi assim com Moisés no Sinai, com Elias no Carmelo. Até mesmo o Templo de Jerusalém estava sobre um elevado: o Monte Sião. Em Jesus, vemo-Lo retratado nalgumas vezes sobre montanhas.

Ademais, ressaltou uma ligação estreitíssima, o Cristo no monte Tabor, e o Cristo no Calvário, quando Sua redentora Paixão, foi elevado à cruz para morrer pelos seus. “Queria o Cristo não falar apenas da Sua glória apenas; mas, da Sua à nossa glorificação, pois, como sabemos, Jesus subiu à Cruz para salvar-nos, para conceder-nos a vida divina. E, enquanto tal ventura não nos chega em nossa vida pessoal, possuímos, desde já a esperança proporcionada pela garantia que Ele mesmo nos dá, e que a Igreja já vive nalguns de seus membros”, pregou

O bispo seguiu ensinando que a Cruz continua de pé, elevada, como o sinal vitorioso de encontro com Deus, lembrou também que o Cristo brilhou com a sua entrega salvando a humanidade devolvendo-lhe uma dignidade, agora superior à perdida, porque lucramos a vida da eternidade de Deus.

“Cristo refulge na Sua Cruz, e esta antecipação luminosa, como a vemos na Transfiguração, é para que o coração do homem não se perturbe quando presenciá-la, presenciando-a também na sua vida. A Cruz de Cristo continua a brilhar. O seu clarão não ficou no passado, quando o Corpo benditíssimo do Senhor, dela, foi descido. A sua luminosidade continuou e foi reforçada quando da Páscoa da ressurreição, porque um só é o mistério pascal. A Cruz crepita como sinal para nós, porque somos associados a esta mesma Cruz, não de forma passiva, mas participativa”, disse.

E findou: “Não reclamemos, não murmuremos, não maldigamos a Deus, a nós mesmos ou as situações. Prossigamos sempre! Se cairmos por causa da nossa fragilidade, olhemos, de Cristo, o rosto transfigurado e simultaneamente desfigurado por nós, fitemos a luz que dele emana, escutando sempre a ordem divina: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o! (Mt 17,5)”.

Agradecimento à Pastoral Familiar

Durante 8 anos, Dom Dulcênio respondeu pela Comissão Vida e Família, no Regional Nordeste 2 da CNBB, e ao final da homilia prestou um agradecimento a todos os casais da comissão.

“Reitero em forma de gratidão tudo aquilo que vivenciamos juntos até aqui: seja na graça duma boa convivência pastoral, seja também na dimensão espiritual. Afinal, inúmeros assuntos tratamos; inúmeros testemunhos partilhamos e, muitas famílias conseguimos restaurar. No Plano Pastoral Missionário de três anos atrás passamos por uma pandemia, que parecia não ter mais fim; é bem verdade que ainda estamos “ultrapassando”, mas, com muita cautela e com fé. Porém, foram estas situações que nos fortaleceu. E não tenho dúvida que, para aqueles que sentiram, com mais seriedade essa pandemia, puderam ter sua família fortalecida, senão mais unida. Até porque, ainda acreditamos na família!”, expressou.

Continuou seu agradecimento: “A nova evangelização depende em grande parte da igreja doméstica. No nosso tempo, assim como em épocas passadas, o eclipse de Deus, a difusão de ideologias contrárias à família e a degradação da ética sexual parecem estar ligadas entre si. E assim como o eclipse de Deus e a crise da família estão inter-relacionadas, do mesmo modo a nova evangelização é inseparável da família cristã. Com efeito, a família é o caminho da Igreja, porque é espaço humano do encontro com Cristo. Os cônjuges não só “recebem” o amor de Cristo, tornando-se comunidade “salva”, mas também são chamados a “transmitir” aos irmãos o mesmo amor de Cristo, tornando-se assim comunidade “salvadora”. A família fundada sobre o sacramento do Matrimônio é realização particular da Igreja, comunidade salva e salvadora, evangelizada e evangelizadora”.

“Existem âmbitos em que é particularmente urgente o protagonismo das famílias cristãs, em colaboração com os presbíteros e sob a orientação dos Bispos: a educação de crianças, adolescentes e jovens para o amor, entendido como dom de si e comunhão; a preparação dos noivos para a vida matrimonial, com um itinerário de fé; a formação dos cônjuges, especialmente dos casais jovens; as experiências associativas, com finalidades caritativas, educativas e de compromisso civil; a pastoral das famílias para as famílias, dirigida a todo o arco da vida, e tenho certeza que estes passos foram dados por nós, primeiro por mim e segundo, por vocês, em consonância comigo e com a Igreja”, pontuou.

E terminou: “Obrigado pelas visitas e pelo trabalho que realizamos a favor das famílias e ao serviço do Evangelho. Certifico-vos que me recordo de vós na oração e concedo-vos de coração, bem como aos vossos entes queridos, uma especial Bênção Apostólica!”

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral 

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