II Domingo da Quaresma: “O Esplendor do Crucificado”
“O esplendor do Crucificado”, essa foi a grande mensagem
trazida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos
para este II Domingo da Quaresma; o bispo presidiu a Santa Missa na Catedral de
Nossa Senhora da Conceição, contando com a concelebração do Padre Luciano
Guedes, Vigário Geral e do Padre Elvis, da Arquidiocese da Paraíba, com a
presença do Diácono Ricardo e dos seminaristas.
O Padre Elvis concelebrou com bispo em razão da conclusão do
retiro espiritual da Comissão Regional da Pastoral Familiar, que estava
acontecendo no Ipuarana, em Lagoa Seca-PB, desde a última sexta-feira (03),
neste intento, também estiveram presentes os casais da Pastoral Familiar que
integram a comissão.
O grande número de fiéis na catedral, acompanharam as
palavras do Senhor Bispos que convidou o povo de Deus a refletir sobre a ida
até à montanha, para então, por meio da oração encontrar-se como Deus.
Ao aprofundar a sua pregação, Dom Dulcênio lembrou que ao
longo das páginas bíblicas, é possível notar muitíssimas cenas nas quais, Deus
conduz os seus interlocutores às alturas geográficas como alusão à elevação do
coração: foi assim com Moisés no Sinai, com Elias no Carmelo. Até mesmo o
Templo de Jerusalém estava sobre um elevado: o Monte Sião. Em Jesus, vemo-Lo
retratado nalgumas vezes sobre montanhas.
Ademais, ressaltou uma ligação estreitíssima, o Cristo no
monte Tabor, e o Cristo no Calvário, quando Sua redentora Paixão, foi elevado à
cruz para morrer pelos seus. “Queria o Cristo não falar apenas da Sua glória
apenas; mas, da Sua à nossa glorificação, pois, como sabemos, Jesus subiu à
Cruz para salvar-nos, para conceder-nos a vida divina. E, enquanto tal ventura
não nos chega em nossa vida pessoal, possuímos, desde já a esperança
proporcionada pela garantia que Ele mesmo nos dá, e que a Igreja já vive
nalguns de seus membros”, pregou
O bispo seguiu ensinando que a Cruz continua de pé, elevada,
como o sinal vitorioso de encontro com Deus, lembrou também que o Cristo
brilhou com a sua entrega salvando a humanidade devolvendo-lhe uma dignidade,
agora superior à perdida, porque lucramos a vida da eternidade de Deus.
“Cristo refulge na Sua Cruz, e esta antecipação luminosa,
como a vemos na Transfiguração, é para que o coração do homem não se perturbe
quando presenciá-la, presenciando-a também na sua vida. A Cruz de Cristo
continua a brilhar. O seu clarão não ficou no passado, quando o Corpo
benditíssimo do Senhor, dela, foi descido. A sua luminosidade continuou e foi
reforçada quando da Páscoa da ressurreição, porque um só é o mistério pascal. A
Cruz crepita como sinal para nós, porque somos associados a esta mesma Cruz,
não de forma passiva, mas participativa”, disse.
E findou: “Não reclamemos, não murmuremos, não maldigamos a
Deus, a nós mesmos ou as situações. Prossigamos sempre! Se cairmos por causa da
nossa fragilidade, olhemos, de Cristo, o rosto transfigurado e simultaneamente
desfigurado por nós, fitemos a luz que dele emana, escutando sempre a ordem
divina: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado.
Escutai-o! (Mt 17,5)”.
Agradecimento à
Pastoral Familiar
Durante 8 anos, Dom Dulcênio respondeu pela Comissão Vida e
Família, no Regional Nordeste 2 da CNBB, e ao final da homilia prestou um
agradecimento a todos os casais da comissão.
“Reitero em forma de gratidão tudo aquilo que vivenciamos
juntos até aqui: seja na graça duma boa convivência pastoral, seja também na
dimensão espiritual. Afinal, inúmeros assuntos tratamos; inúmeros testemunhos
partilhamos e, muitas famílias conseguimos restaurar. No Plano Pastoral
Missionário de três anos atrás passamos por uma pandemia, que parecia não ter
mais fim; é bem verdade que ainda estamos “ultrapassando”, mas, com muita
cautela e com fé. Porém, foram estas situações que nos fortaleceu. E não tenho
dúvida que, para aqueles que sentiram, com mais seriedade essa pandemia,
puderam ter sua família fortalecida, senão mais unida. Até porque, ainda
acreditamos na família!”, expressou.
Continuou seu agradecimento: “A nova evangelização depende em
grande parte da igreja doméstica. No nosso tempo, assim como em épocas
passadas, o eclipse de Deus, a difusão de ideologias contrárias à família e a
degradação da ética sexual parecem estar ligadas entre si. E assim como o
eclipse de Deus e a crise da família estão inter-relacionadas, do mesmo modo a
nova evangelização é inseparável da família cristã. Com efeito, a família é o
caminho da Igreja, porque é espaço humano do encontro com Cristo. Os cônjuges
não só “recebem” o amor de Cristo, tornando-se comunidade “salva”, mas também
são chamados a “transmitir” aos irmãos o mesmo amor de Cristo, tornando-se
assim comunidade “salvadora”. A família fundada sobre o sacramento do
Matrimônio é realização particular da Igreja, comunidade salva e salvadora,
evangelizada e evangelizadora”.
“Existem âmbitos em que é particularmente urgente o
protagonismo das famílias cristãs, em colaboração com os presbíteros e sob a
orientação dos Bispos: a educação de crianças, adolescentes e jovens para o
amor, entendido como dom de si e comunhão; a preparação dos noivos para a vida
matrimonial, com um itinerário de fé; a formação dos cônjuges, especialmente
dos casais jovens; as experiências associativas, com finalidades caritativas,
educativas e de compromisso civil; a pastoral das famílias para as famílias,
dirigida a todo o arco da vida, e tenho certeza que estes passos foram dados
por nós, primeiro por mim e segundo, por vocês, em consonância comigo e com a
Igreja”, pontuou.
E terminou: “Obrigado pelas visitas e pelo trabalho que
realizamos a favor das famílias e ao serviço do Evangelho. Certifico-vos que me
recordo de vós na oração e concedo-vos de coração, bem como aos vossos entes
queridos, uma especial Bênção Apostólica!”
Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral








