No primeiro Domingo da Quaresma, Bispo celebra na Catedral e na Paróquia de São Cristóvão

Postado em 26/02/23 às 23:237 minutos de leitura674 views


Neste I Domingo da Quaresma, a Igreja apresenta o Evangelho que narra as tentações sofridas por Jesus Cristo no decorrer dos 40 dias no deserto: “o grande deserto para o qual o Espírito Santo moveu Jesus é o mundo”, referenciou o bispo Diocesano, Dom Dulcênio, na Missa presidida na manhã desse domingo (26) na Catedral de Campina Grande.

Mais à frente, o bispo explicou que da mesma forma que Jesus foi enviado ao deserto pelo Espírito Santo, todos somos impelidos a mesma experiência neste período marcado pelas práticas do jejum, da penitência e da caridade.

“É Deus quem nos envia ao deserto, conduz-nos, acompanha-nos, protege-nos, sana-nos, alimenta-nos e espera-nos. Neste processo, sentimos a Sua indizível e imensa solidariedade para conosco. No deserto, movido pelo Espírito Santo, diante das tentações, o Senhor passa os Seus quarenta dias em oração como ocupação, no jejum como penitência, para manifestar, pela Sua solidariedade em nos salvar, o amor que nos tem”, pregou.

Ao pregar com sabedoria, Dom Dulcênio, explicou as leituras afirmando que Cristo habitou entre nós para tornar o mundo frutífero, torna-lo um lugar cheio de vida: “Jesus veio ao deserto do mundo para frutificá-lo em jardim E o Cristo, a Graça encarnada, veio ao nosso deserto porque "o dom da graça frutifica em justificação" (Rm 5,16).

Por fim, o bispo pregou que o deserto, embora apresenta ideias de um lugar inóspito, um lugar de ilusões, é também um lugar de reflexão, por meio do qual, o cristão peregrina pensando em Deus e decidindo-se por Ele.

“Estar no deserto, não obstante os perigos, é um dom divino. Honestamente, demonstremos a Deus (que já o sabe, na Sua onisciência, de antemão) e a nós mesmos o que carregamos de bagagem em nosso interior. E que, como transeuntes que somos nesta árdua caminhada rumo ao Céu, portemos conosco somente o necessário”, pregou.

Missa na Paróquia de São Cristóvão

À noite, Dom Dulcênio esteve na Paróquia de São Cristóvão que fica no bairro do Centenário, lá foi acolhido pelo Padre Van Victor, o Diácono Marcelo e toda a comunidade paroquial para um momento importante, a investidura de novos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão; ao todo foram investidos 25 novos ministros e 24 renovaram o ministério.

A reflexão trazida para os fiéis da paróquia do Centenário, o Senhor bispo trabalhou a temática de que junto a Jesus, o cristão é capaz de suportar as tentações; conforme ensinou, o Mestre foi tentado no deserto e como os nossos primeiros pais no Éden, no deserto do mundo travestido em jardim de ilusões, todos sofrem tentações.

“Das tentações não somos isentos, o próprio Jesus, ao ensinar-nos o Pai-Nosso, ensina-nos a dizer: "Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal". Percebam que o Senhor não põe em nossos lábios o pedido para que nos sejam afastadas as tentações; e sim que, nelas, não caiamos, visto que nem Jesus foi isentado de enfrentar o diabo e as suas propostas indecorosas à vontade de Deus”, pregou.

Ao citar Santo Tomás de Aquino, o bispo de Campina Grande perguntou o porquê de Jesus ter sido tentado, e pautando-se em Santo Tomás, respondeu: “Existem quatro motivos: o primeiro: para que Ele pudesse assistir-nos em nossas tentações; segundo: para alertar-nos que nenhum homem, não importa quão santo for, deve pensar que está salvo e livre de tentações; terceiro: para nos dar um exemplo de como nós devemos vencer as tentações do demônio; quarto: para preencher e impregnar nosso espírito com a confiança em Sua misericórdia”.

Dom Dulcênio concluiu sua homilia, lembrando que o cristão católico tem todos os meios necessários para se livrar das tentações, por meio da vivência sacramental; ademais, conclamou os fiéis a procurarem o sacramento da reconciliação e alcançarem de Deus o perdão dos pecados, para então seguirem firmes na caminhada quaresmal.

“Se permitam abraçar e revestir pela graça de Cristo restituída pelo Sacramento da Confissão. Sempre é oportuno receber o perdão de Deus, sobretudo pela Quaresma. A Confissão, ao habilitar-nos na graça divina, não apenas perdoa o que de errado fizemos, como previne-nos do pecado, fortalecendo-nos na resistência aos embutes do mal. E assim, com uma vida agradável ao Senhor, preparar-nos-emos com maior dignidade para a celebração da Santa Páscoa de Cristo, bem como para a nossa páscoa eterna”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Pascom de São Cristóvão.

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