III Domingo do Tempo Comum: Conversão, seguimento e Fé

Postado em 22/01/23 às 22:317 minutos de leitura815 views


Conversão, seguimento e Fé, essas palavras norteiam este III domingo do Tempo ordinário, o Tempo comum. Na Catedral, pela manhã, às 10h, o Bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio, presidiu a tradicional Missa que reuniu dezenas de fiéis. À tarde, esteve na cidade Amparo, para celebrar a São Sebastião.

Homilia na Catedral

Ao refletir na Liturgia da Palavra deste III Domingo, o bispo relacionou à Luz, que é Jesus, com a fé, explicando que, é a partir da fé em Cristo que o todo e qualquer ser humano é dirigido para a salvação, enxergando o caminho certo que leva ao pai, segundo Dom Dulcênio, a fé é uma vocação, um chamado.

“Se a fé não incomodar, constantemente, o cristão a um crescente ‘vir-a-ser’ Cristo, do que nos adianta possuí-la? A este tornar-se como o Senhor, denominamos conversão. A fé é uma virtude posta por Deus no interior humano, e, por isso, a chamamos "virtude teologal"; é um grandíssimo dom, portanto, que contracena com a vida e frutifica à razão. A fé não é obscurantismo, como diziam os que se autorotulavam ‘iluministas’, no século XVIII, ou como afirmam, imbecilmente, os que se julgam ‘racionais’ hoje”, disse.

Destacou ainda que a fé não é fanatismo; antes, é geratriz da razão, da reta razão, que faz conhecer tudo - Deus, a si mesmo e as coisas -, inclusive, com um olhar crítico de quem deseja a verdade em profundidade. Caso não se prime nisto, é um sentimentalismo vazio e perigoso, não esclarecedor.

“Há uma só fé verdadeira, capaz de iluminar totalmente o espírito humano, e esta é a doutrina católica, a única que, autorizada a interpretar o Evangelho, é capaz de responder ao homem nos seus anseios mais profundos. Não é um código doutrinário ou moral inventado por homem algum. Iluminados pela vocação à fé, convertidos ao Senhor, frutifiquemos em Seu amor pela vivência de sentimentos conformes ao que acreditamos”, pregou.

Missa em Amparo-PB

Amparo, é uma das três cidades que estão no território paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, com sede na Prata-PB, forania Cariri II. A comunidade esteve celebrando ao seu padroeiro desde o último dia 13, e neste domingo (22), realizou o encerramento dos festejos sob a presidência do Bispo Diocesano de Campina Grande-PB, Dom Dulcênio Fontes de Matos.

O povo amparense, e os demais fiéis católicos da região participaram da Santa Missa na Igreja da cidade; concelebrou com o bispo, o Pároco, Padre Gustavo, com a presença do diácono Mércio e de Seminaristas.

Na homilia pregada aos fiéis desta comunidade, o bispo falou sobre o legado de São Sebastião, nascido em Narbona, sul da França, mas viveu em Milão, sendo educado por sua mãe com muito esmero e zelo. Sebastião, entrou para o militarismo e galgou grandes passos na carreira chegando ao posto de Comandante do Primeiro Tribunal da guarda Petroriana no reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos.

Conforme ensinou o bispo, o soldado, era cristão e à época foi acusado de traição; naquele período o Imperador tinha abolido os direitos civis dos cristãos. O militar convicto da fé em Jesus Cristo, não o negou e por essa razão foi condenado à morte, sendo posto numa árvore e flechado. Ele não morreu ali, foi socorrido por uma mulher; adiante, revigorado, foi levado de novo ao imperador, e por mais uma vez, não negou Jesus.

“Uma nova sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no circo. Sebastião foi executado, então, a pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20 de janeiro”.

O bispo destacou que o martírio é um sinal da missão e da fé, da doação de vida, e como a diocese está no ano pastoral das missões, pediu aos fiéis que resgatem a alegria do anúncio do Reino e encontrem os esquecidos da sociedade.

Quando digo que precisamos ir ao encontro dos afastados marginalizados, pecadores... talvez alguns não compreendam, sobretudo os que estão acostumados, até acomodados nos seus grupos, pastorais e movimentos. Jesus veio para todos! E como disse o Papa Francisco ‘É preciso ir às periferias existenciais’. Que ninguém fique de fora!”.

Terminou a sua homilia lembrando que São Sebastião foi um autêntico cristão, conhecedor e praticante da palavra Deus, um grande benfeitor dos cristãos encarcerados, aos quais com palavras e dádivas, consolava e animava os candidatos ao martírio.

“Eis, o grande exemplo para todos nós, que nos tornemos animadores com a Palavra e exemplo a tantos que perderam o sentido da vida, os esquecidos pela sociedade”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e Pascom de Amparo

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